O que é MVP e como utilizar essa metodologia no dia a dia?

Se a máxima americana “Time is Money” (tempo é dinheiro) sempre se aplicou ao mercado, ela é ainda mais verdadeira no meio digital, em que a dinâmica de desenvolvimento, consumo e abandono de produtos pode durar poucas horas.

Por isso, diretores e gerentes de startups têm de lidar cotidianamente com um dilema complexo: como desenvolver produtos minimamente interessantes e vendáveis no menor tempo possível e com os maiores lucros alcançáveis?

Se esse é o seu caso, saiba que existem respostas para as suas questões. E um dos conceitos que você deve dominar é o do MVP.

O que é MVP?

MVP é a sigla de Minimum Viable Product, ou Produto Viável Mínimo, uma metodologia de desenvolvimento de negócios para startups popularizada pelo empresário americano do Vale do Silício, Eric Ries. A estratégia pretende tornar essas empresas inovadoras mais eficientes na hora de encontrar seu nicho de mercado e mais capazes para produzir em escala suas ideias e seus produtos.

Trata-se exatamente disso: colocar no mercado a versão mais básica de um dado produto ou mesmo um protótipo e testar como os consumidores se comportam diante dele, quais são os potenciais de lucro de vendê-lo em seu escopo mínimo e as possíveis vantagens de investir na melhoria da ideia.

Na definição de Steve Blank, outro empreendedor americano que ajudou a desenvolver a ideia, “você está vendendo uma visão e entregando o conjunto mínimo de características do produto para visionários, não para todos”.

O que o MVP pode fazer pela sua empresa?

A estratégia possui uma série de vantagens em relação a outros métodos de desenvolvimento e lançamento de produtos na web. Vamos a elas:

• A chance de testar uma ideia aplicando o mínimo de recursos nela: milhares de ideias surgem diariamente em ambientes inovadores como companhias startups. Mas poucas são ideias boas e rentáveis. Em um cenário como esse, é preciso ser capaz de testar sem arruinar os negócios ao investir um capital muito alto em tentativas que podem não trazer qualquer retorno.
• Redução do desperdício de horas de trabalho: se você não quer que seu time gaste dias ou meses no desenvolvimento de um produto que mais tarde será abortado, o MVP é o caminho.
• Acelere o entendimento do mercado: colocar um protótipo ou produto mínimo no mercado e permitir a interação com usuários lhe trará informações preciosas sobre quais são as virtudes e os defeitos da ideia e como melhorá-la.
• Velocidade em oferecer um produto: na acelerada competição pelo mercado de consumidores, entregar ao público uma versão básica de uma ideia é melhor do que esperar o desenvolvimento total para então fazer o lançamento. Alguém pode ter a mesma ideia e passar na sua frente.

Quem já adotou a estratégia com sucesso?

O MVP compreende o espírito do tempo e dos negócios de startups de uma maneira tão perfeita que tornou-se um mantra entre os empreendedores da área. A estratégia é parte da receita de sucesso de grandes negócios.

A rede social Twitter, por exemplo, foi criada a partir de um MVP. Quando o formato de microblog foi inventado, ele era destinado à interação dos funcionários do buscador Odeo. A ideia era tão boa que se converteu em um produto bilionário.

Algo semelhante aconteceu com a plataforma Groupon, lançada originalmente como um despretensioso site para reunir pessoas que tinham problemas ou que poderiam solucionar problemas.

O armazenador Dropbox também foi lançado com tecnologia MVP. Os desenvolvedores do fizeram um vídeo explicando em linhas básicas o que era o produto para testar o interesse do público. Receberam mais de 75 mil e-mails de consumidores de tecnologia com análises afiadas que se traduziram em melhorias do produto lançado mais tarde com estrondoso sucesso.

Investir no MVP vale a pena. Inspire-se nesse post e mão à obra. Quer saber mais sobre estratégias de mercado para startups? Então, assine a nossa newsletter e mantenha-se atualizado!