Por Armindo Sgorlon, CEO da SGA, empresa do grupo FCamara
A computação em nuvem tem sido cada vez mais adotada por empresas devido à sua flexibilidade, escalabilidade e mobilidade. No entanto, essa migração também trouxe desafios financeiros significativos. Muitas organizações enfrentam custos com serviços de nuvem muito maiores do que o esperado, principalmente devido à falta de visibilidade e controle sobre os diversos serviços utilizados, como computação, bancos de dados, redes e serviços gerenciados. Nesse contexto, a prática de FinOps emerge como uma solução essencial para otimizar a gestão financeira na nuvem.
FinOps é uma disciplina estratégica que integra práticas financeiras, operacionais e técnicas para otimizar o uso e os custos da nuvem de forma contínua. Mais do que apenas monitorar gastos, o FinOps promove uma cultura colaborativa entre times de engenharia, finanças e negócios, garantindo transparência, previsibilidade e controle financeiro. A abordagem inclui a análise aprofundada do consumo, otimização de recursos, automação de processos, alocação eficiente de custos e governança financeira. Quando implementado corretamente, o FinOps permite que as empresas não apenas reduzam desperdícios e otimizem investimentos, mas também tomem decisões baseadas em dados para maximizar o valor estratégico da nuvem.
Executivos C-level estão cada vez mais preocupados com a previsibilidade de custos e o impacto no EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) do que com detalhes operacionais. O FinOps não é apenas sobre economia. Essa solução permite que as companhias façam planejamento financeiro estratégico, evitando surpresas nos custos e distribuindo melhor seus investimentos em tecnologia. Estudos mostram que aquelas que adotam FinOps conseguem controlar gastos inesperados e otimizar seus orçamentos, permitindo investimentos mais inteligentes na nuvem.