Web Summit Rio discute tendências de tecnologia e inovação

O Web Summit Rio continuou nesta quarta-feira com uma série de palestras sobre tecnologia e inovação. A cada dia, o evento tem sido uma excelente oportunidade para conhecer as tendências que estão movimentando o mercado tecnológico e entender como as empresas têm se adaptado para enfrentar os desafios desse cenário. Acompanhamos as principais palestras para contar os insights para você. Confira a seguir.

Palestra “Quão seguros são seus dados?”, com Jeff Shiner, CEO da 1Password, Brittany Kaiser, fundadora da Own Your Data, e JD Durkin, apresentador da TheStreet.

Na palestra sobre segurança dos dados que assistimos no Web Summit Rio, foi discutido o tema da cibersegurança e a crescente preocupação das empresas com o assunto. Isso porque com o avanço da inteligência artificial, a tendência é que as coisas se tornem ainda mais reais. E, por isso, a tecnologia precisa encontrar soluções para diminuir as recompensas financeiras que os hackers recebem ao cometer crimes virtuais.

Atualmente, com os altos números de ataques hackers, um dos maiores desafios da tecnologia é garantir que as empresas e as pessoas confiem na segurança do ambiente digital. Nesse sentido, os especialistas recomendam que é fundamental ser mais cuidadoso e ensinar as pessoas a se protegerem.

Sobre o futuro da Big Data, os especialistas são otimistas que haverá mudanças significativas para melhorar a proteção de dados. Mas, para isso, é necessário avançar em tecnologias de segurança, como a criptografia de ponta a ponta, para garantir que as informações sejam protegidas ao longo de toda a jornada.

Palestra “Enfrentando o grande varejo”, com Marcelo Cortes, co-fundador e CTO da Faire, e Leo Branco, editor da Exame.

O CTO da Faire, Marcelo Cortes, abordou o papel que a tecnologia, a aprendizagem de máquina e os dados têm desempenhado para ajudar os varejistas a terem sucesso em meio à pandemia, aos problemas de cadeia de suprimentos e às condições macroeconômicas atuais. 

Além disso, Cortes destacou a importância da inteligência artificial no mercado varejista e como ela pode ser uma ferramenta poderosa para impulsionar as vendas e melhorar a experiência do cliente. Apesar de reconhecer que o impacto da IA pode ser assustador, o CTO enfatizou que é essencial explorar novas maneiras de usar a tecnologia para transformar o cenário do varejo.

Na Faire, marketplace B2B que conecta retailers a marcas independentes de todo o mundo, a inteligência artificial é amplamente utilizada para otimizar processos e aprimorar a jornada do cliente. Um exemplo citado por Cortes foi o uso do Chat GPT para facilitar o contato com o consumidor e ajudá-lo de forma mais rápida e eficiente.

Palestra “O ChatGPT matará o jornalismo?”, com Laura Bonilla, editora-chefe da América Latina da AFP, Greg Williams, diretor editorial global da Wired, Paula Mageste, CEO da Edições Globo Condé Nast, e Steve Clemons, editor-geral da Semafor.

Desde o surgimento do ChatGPT, vários profissionais têm discutido se o ChatGPT vai acabar com o jornalismo. Para a editora-chefe da América Latina da AFP, Laura Bonilla, provavelmente não, pois a ferramenta pode ser usada como um assistente para complementar e agregar os textos jornalísticos, mas não é capaz de substituir completamente o jornalista humano. 

Enquanto a IA pode ajudar na criação de textos e reportagens, bem como na análise de dados, ela não tem a capacidade de exercer a criatividade ou de checar fatos como um jornalista de fato. O jornalista, por sua vez, tem a subjetividade, a criatividade e o relacionamento com as fontes para apurar e trazer notícias relevantes e de interesse público. 

Além disso, é importante destacar que a propriedade intelectual também é uma questão relevante nesse contexto. Embora a inteligência artificial possa auxiliar no trabalho jornalístico, é preciso ter cuidado para não infringir direitos autorais de terceiros. 

O uso de algoritmos de texto também deve ser considerado com cautela, a fim de garantir que não haja plágio ou uso indevido de informações protegidas por direitos autorais. Em suma, a inteligência artificial pode ser uma ferramenta útil para o jornalismo, mas o papel do jornalista é primordial para garantir a precisão e a qualidade das notícias. 

Palestra “O que os investidores de capital de risco estão procurando agora?”, com Tim Draper, fundador da Draper Associates, Jenny Fielding, co-fundadora da Managing Partner Everywhere Ventures, Mathias Schilling, co-fundador da Headline, e Stéphanie Fleury, apresentadora da CNN Brasil.

A palestra “O que os investidores de capital de risco estão procurando agora?” trouxe à tona a discussão sobre o atual cenário do mercado de investimentos em startups. Devido às mudanças na macroeconomia, as pessoas estão se sentindo mais resilientes e as startups, que antes buscavam financiamento a qualquer custo, precisaram se adaptar e focar em ser rentáveis. 

Como resultado, o capital disponível para investimento em startups tornou-se mais escasso e os investidores de capital de risco estão mais seletivos em relação aos projetos que investem. Portanto, eles estão buscando pessoas com perfis seniors para agregar valor às startups e garantir que elas possam crescer de forma sustentável. 

Por fim, os investidores buscam startups que tenham soluções originais. Nesse sentido, a palestra mostrou que, apesar da crise e da falta de recursos, ainda é possível levantar dinheiro para uma startup se ela tiver uma boa proposta e apresentar um plano de negócios sólido.

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