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Febraban Tech 2023: confira os destaques do primeiro dia

O maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro começou com o tema A Bioeconomia e as Oportunidades em uma Sociedade Digital, que reuniu os presidentes e CEOs dos maiores bancos brasileiros, que foram recebidos pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney para uma discussão sobre o cenário financeiro conectado com o que há de mais inovador em termos de tecnologia, regulação e sustentabilidade.

Com problemas de agenda Geraldo Alckmin, atual vice presidente do Brasil, não conseguiu comparecer ao evento, mas enviou um vídeo agradecendo as iniciativas da Febraban:

“Foi o diálogo qualificado entre o Banco Central e instituições financeiras que permitiu, por exemplo, o desenvolvimento do PIX, uma tecnologia que hoje é referência no mundo.

O setor financeiro tem sido um grande parceiro para difundirmos na sociedade brasileira a importância do novo regime fiscal e de uma reforma tributária que estimule a produção, que desonere completamente o investimento e também desonere completamente as exportações no nosso país.

Mais recentemente o BNDES se juntou à Febraban, uma aproximação que permitirá ao governo e a iniciativa privada conceber uma política de crédito equilibrada, consistente com as necessidades de consumo e de investimento no Brasil.”

Isaac Sidney iniciou o falando sobre a importância das instituições bancárias para o desenvolvimento da economia e social de modo sustentável, salientando sobre a importância do barateamento do crédito como alavanca de desenvolvimento no Brasil.

“Vamos aqui no FEBRABAN TECH, escrever mais um capítulo de um livro que continuaremos a ler”

Foto de um telão com fotos dos presidentes de bancos.
Palestra: A Bioeconomia e as Oportunidades em uma Sociedade Digital.

Sustentabilidade como papel estratégico

Os executivos discutiram sobre o papel dos bancos na transição para uma economia de baixo carbono, oportunidades da sociedade digital e bioeconomia em um painel com os presidentes dos principais bancos: Milton Maluhy Filho do Itaú Unibanco, Octavio de Lazari do Bradesco, Roberto Sallouti do BTG Pactual, Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal e Mario Leão, CEO do Santander.

Maria Rita Serrano, presidente da Caixa iniciou dizendo que a sustentabilidade ocupa um papel estratégico para o Banco, especialmente pela importância social da Caixa para os programas sociais do Governo que visam estabelecer a inclusão.

Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco falou que para avançarmos na iniciativa de descarbonização, é preciso que todos os bancos atuem juntos. Maluhy também falou sobre a Carbon Place, plataforma de negociação de crédito de carbono com os maiores bancos do mundo.

Em seguida, Mario Leão do Santander reforçou que cada instituição tem sua relevância na agenda da sustentabilidade como advisor, ou seja, compartilhando a experiência com a descarbonização e transição energética na prática, visto que este é um desafio para os próximos 10 a 20 anos.

O presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti, complementou  dizendo que os bancos brasileiros já usam os mais altos parâmetros de políticas ambientais, sociais e de governança, seja no onboarding, concessão de crédito e monitorar o escopo 3 de carbono. O grande desafio, segundo o executivo, será como usar esses valores para ajudar mais a sociedade.

Sallouti finalizou dizendo que se os bancos utilizarem suas capacidades de originação e distribuição de ideias para alocar recursos, é possível combinar a rentabilidade para os investidores com uma atividade que ajuda o Brasil e o mundo.

Outro tema discutido no painel foi a segurança cibernética. Octavio de Lazari, do Bradesco, ressaltou que as novas tecnologias provenientes de Inteligência Artificial podem acelerar as transformações para o segmento bancário sem precedentes.

O tema da inclusão digital também foi mencionado, especialmente por Maria Rita Serrano, da Caixa, que mencionou a inclusão bancária de 40 milhões de brasileiros por meio da poupança Caixa Tem para o pagamento do auxílio-emergencial e outros benefícios sociais.

Soluções tecnológicas que vão além do regulatório.

Esqueça a ideia que Open Finance é só sobre crédito

A FCamara, em parceria com a klavi, promoveu em seu estande a palestra Desafios do Open Finance e suas Oportunidades para além do Crédito, com a presença de Bruno Moura, Business Director da Klavi, e Lorain Pazzetto, Head de Open Finance e Estrategista Digital da FCamara.

Os especialistas explicam que, embora o mercado priorize o consentimento do uso de dados para o desenvolvimento de ofertas de crédito, no atual cenário macroeconômico, em que existe um elevado índice de inadimplência, as instituições financeiras precisam buscar novas oportunidades e incluir todos os outros produtos financeiros.

Contudo, para o desenvolvimento de ofertas hiperpersonalizadas, baseadas nos dados do Open Finance, surgem novos desafios como atuar na frente regulatória, em jornadas de consentimento e meios de pagamento.

Foto de dois homens palestrando.
Bruno Moura (Business Director da Klavi), e Lorain Pazzetto (Head de Open Finance e Estrategista Digital da FCamara) palestrando sobre Desafios do Open Finance e suas Oportunidades para além do Crédito

Bancos não devem oferecer só serviços financeiros, mas segurança

Ainda no primeiro dia da Febraban Tech 23, a FCamara promoveu um bate-papo sobre o Panorama dos bancos 2023, com base na Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. Quem conduziu a conversa foi Cida Vasconcelos, líder de inovação e transformação digital no Cantarino Brasileiro.

Foto de um homem e uma mulher palestrando.
Lorain Pazzetto (Head de Open Finance e Estrategista Digital da FCamara) e Cida Vasconcelos (líder de inovação e transformação digital no Cantarino Brasileiro) no bate papo sobre o Panorama dos bancos 2023.

Com base nos dados da pesquisa, feita para o Anuário de Bancos, observa-se que as prioridades do setor bancário para este ano são: análise e exploração dos dados obtidos via Open Finance; transformação cultural do banco e moedas e ativos digitais.

Para viabilizar essas mudanças, ocorre uma perspectiva de transformação digital com a otimização do legado e priorização de cloud (67%), modernização de sistemas não-core como ERP (36%), CRM (44%), Analytics e Business Intelligence (29%); bem como IA aplicada a segurança cibernética inteligente, automação e CRM, a partir da percepção que o banco não é apenas um provedor de serviços financeiros, mas também de segurança.

Como construir  uma Hiperpersonalização, ter um fácil Onboarding Digital e ainda fidelizar clientes?

O painel Hiperpersonalização, Onboarding Digital e Fidelização do Cliente, reuniu Daniel Santiago, Head de UX do BTG Pactual, Fernando Morales, Superintende Nacional de Manutenção de Operações Bancárias da Caixa, Guilherme Horn, head do WhatsApp América Latina e Tiffany Bigio, head Brazil Operations & Technology do Citi.

O primeiro conceito que os especialistas levantaram é que a fidelização do cliente envolve entregar uma experiência digital verdadeira. Contudo, segundo Fernando Morales, não se deve esquecer da humanização.

Daniel Santiago, head de UX do BTG Pactual, complementa dizendo que “A personalização pode ser entendida como uma conversa, que pode ser boa ou ruim”, e que não basta apenas iniciar um diálogo, é preciso mantê-lo.

Tiffany Bigio, head do Citi, finaliza dizendo que além de oferecer uma boa experiência, é essencial  repensar  a utilização dos dados e garantir uma comunicação padronizada. 

Guilherme Horn explica que quando as instituições financeiras começaram a usar o WhatsApp, houve uma migração do estilo de comunicação com o cliente. Em um segundo momento, a ferramenta passou a ser usada para enviar ofertas de acordo com o perfil do cliente. E agora é utilizada como um canal de compras, no core business.

Como encantar e fidelizar esse cliente?

Os especialistas concordam que o uso do WhatsApp só se torna relevante quando se utiliza o mindset de um negócio conversacional. Ou seja, não basta migrar o atendimento convencional como o de um call center para um canal digital como WhatsApp, pois isso não funciona.

O que fica de lição é que embora seja um desafio, para estabelecer um negócio conversacional que envolva o uso de WhatsApp, é preciso oferecer ao cliente a opção de receber uma comunicação digital, humanizada ou híbrida

Pagamentos digitais levam ao cashless economy

O painel Pagamentos Digitais e Pix ampliam Fronteiras da cashless Economy, reuniu grandes mulheres do mercado financeiro nacional: Cristina Gouveia, diretora de TI do Itaú Unibanco, Graziela Pellecchia, head de pagamento instantâneo do Bradesco, Mayara Yano, assessora sênior do Banco Central do Brasil, e Patrícia Sousa, diretora digital Platforms & Commercial Cards do Citi.

A moderadora Carolina Sansão, diretora de inovação, tecnologia e segurança cibernética da Febraban introduziu o tema com o dado que 7 em cada 10 transações são feitas por canais digitais do Brasil, que são muito importantes para o país, fortalecendo o sistema financeiro e impulsionando a bancarização e a inclusão digital da população, como salienta Mayara Yano. Essa percepção faz com que o mercado volte sua atenção para a melhoria do Pix, como é o caso do Pix Crédito, Pix Garantido e Pix Internacional.

Mas para garantir a segurança no ambiente de pagamentos digitais, Graziela Pellecchia afirma que é preciso pensar em uma jornada online baseada em inteligência artificial.

Cristina Gouveia chama atenção para a biometria como forma de autenticar essa transação. A diretora de TI do Itaú também menciona a jornada por QR Code e, é claro, o uso da moeda digital. O futuro bancário é cashless.

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