A Era da Inteligência Artificial Generativa: Transformação e Desafios no Cenário Corporativo
A conquista de 100 milhões de usuários em apenas dois meses não é um fenômeno que presenciamos com frequência, mas foi exatamente o que ocorreu com a OpenAI, dona do Chat GPT. Testemunhamos um movimento massificado, o qual, pessoalmente, não me recordo de ter visto anteriormente. Diante desse marco, enfatizo um ponto crucial: a acessibilidade imediata fez com que a IA generativa se destacasse de todas as IAs anteriores.
Descartou-se a necessidade de diplomas ou conhecimento prévio para interagir ou extrair valor dela. Praticamente qualquer pessoa capaz de formular perguntas pode utilizá-la.
Usar o diálogo, um dos métodos de interação humana mais comuns e simples, agregou um toque de elegância e sutileza inéditos à ferramenta. Contudo, temos ainda um fator tecnológico e, por consequência, científico que facilita essa adesão: os modelos de fundação.
Esse termo, no universo das IAs, se refere a redes neurais expansivas, treinadas com vastas quantidades de dados em diversos formatos, como texto e áudio, que são aplicáveis a uma ampla gama de tarefas, inclusive as mais cotidianas. É por isso que o Chat GPT, recurso tão complexo, foi tão cativante ao mesmo tempo.
Essa versatilidade é substancialmente diferente dos modelos de IA anteriores. Até aqui, IAs podiam realizar tarefas específicas e nichadas, como prever a rotatividade de clientes. Só que um modelo de fundação pode, por exemplo, criar um resumo executivo para um relatório técnico extenso sobre computação quântica, elaborar uma estratégia de mercado para um empreendimento de pizzarias e fornecer cinco receitas distintas para dez ingredientes encontrados na geladeira de alguém.
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