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Febraban Tech 2023: terceiro dia tem FCamara no Palco Febraban Cases

Dados inéditos da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária são divulgados no último dia do evento

O último dia do Febraban Tech iniciou divulgando dados inéditos da 2ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. Nessa segunda etapa da pesquisa, foram analisadas transações bancárias e o comportamento do consumidor.

Sergio Biagini, sócio-líder da indústria de serviços financeiros da Deloitte Brasil, iniciou a apresentação dizendo que os investimentos dos bancos em tecnologia em 2023 devem chegar a R$45,1 bilhões, um avanço de 29% em relação ao ano passado.

Algumas das tecnologias que se destacam no aumento do orçamento em CRM (70%), IA, Analytics e Big Data (28%) e Cloud (20%). Outro dado interessante é que 1,6 bilhão vai ser investido na infraestrutura tecnológica para melhorar a experiência do cliente.

Mobile banking alavanca transações bancárias

Isso é um reflexo do aumento de transações bancárias no mobile banking: praticamente 8 em cada 10 transações são digitais, sendo 55% em pessoa física e 47% em pessoa jurídica, indicando um aumento gigantesco no número de heavy users de mobile.

Dentre as transações no mobile banking, o PIX é o principal e chega a 96% das transações. Um número impressionante é que houve um crescimento de 24% no número de usuários cadastrados no Pix, chegando a 88.7 milhões de novos usuários.

Outro dado interessante é que 56.2 milhões de transações foram feitas pelo WhatsApp, indicando um aumento de 531%, em relação ao ano anterior.

Por fim, foram registrados 55.2 milhões novos contratos de seguros, sendo que 25% das contas ativas contrataram pelo menos um produto. Do total, 64% dessas transações aconteceram pelo mobile banking.

Rodrigo Mulinari, diretor de tecnologia do Banco do Brasil, reforçou que o sistema bancário é o que mais investe em tecnologia, especialmente em Inteligência Artificial, que auxilia em todos os processos, do onboarding ao BackOffice.

Raphael Vilela Wahrendorff, superintendente de soluções de TI da Caixa, reforçou a importância das soluções em multicloud. O executivo também mencionou que uma das grandes preocupações do mercado neste cenário é a falta de mão de obra qualificada, pois no Brasil não são formados profissionais em um número suficiente para atender a demanda do setor.

Banco Pan é exemplo de atuação no Open Finance

Destaque no palco Febraban Cases, os participantes puderam conhecer a história de sucesso do Banco Pan, no painel Do Regulatório à Inovação e Oportunidades do Open Finance no Banco Pan.

Renato Murakami, head de Analytics e Open Finance do Banco Pan, compartilhou que um dos segredos do sucesso do Banco Pan, que utiliza os dados dos clientes não apenas para trabalhar a comunicação, mas também para mostrar todo o potencial do ecossistema, que vai muito além da oferta de crédito.

Ou seja, o Banco Pan usa os dados do Open Finance para desenvolver novas frentes estratégicas e rentabilizar suas operações.

Contudo, a operação estruturada com base em dados só pode ser viabilizada com os parceiros certos, que no caso do Banco Pan confiou no nosso time de especialistas  FCamara e na klavi.

Processo de aceleração do Open Finance do Banco Pan

Atualmente o Pan recebe consentimentos de outras contas de seus clientes e tem utilizado esses dados em sua esteira de avaliação de crédito, gerando uma jornada de aceleração do Open Finance. E, para interpretar os dados brutos que chegam, nosso parceiro de inteligência de dados em Open Finance, a klavi, recebe todos os dados brutos e consentimento, que permitem ao Pan compreender hábitos financeiros, de consumo, bem como recebe um Score Open Finance, apoiando na redução de inadimplência.

Bruno Chan, cofundador e CEO da klavi explica que ao acompanhar as transações bancárias e entender os hábitos de consumo de cada cliente é possível encontrar a oferta certa e o momento ideal para fazê-la.

Lorain Pazzetto, head de Open Finance da FCamara, complementa que com a customização da tecnologia de inteligência analítica, é possível garantir que a instituição tenha acesso a insights que ultrapassam as costumeiras aplicações de crédito.

Com uma abordagem como a do Banco Pan, será mais fácil reverter o cenário atual, em que apenas 4% dos consentimentos para o compartilhamento de dados são renovados. Afinal, ao demonstrar pouca habilidade em gerar valor para o usuário, a instituição financeira perde a oportunidade de este cliente concordar em renovar seu consentimento.

Economia tokenizada e a adoção de meios de pagamento que envolvem a confiança

O painel Economia Tokenizada: casos de uso no varejo e no atacado, começou com um dado interessante: 84% da população tem conta bancária, mas apenas 60% a movimenta. Sabe por quê? Porque 67% dos desbancarizados acham caro ter uma conta. Isso prejudica não apenas a inclusão financeira, como a inclusão digital.

Segundo Solange Parisoto, consultora digital da Sicredi, a melhor maneira de reverter esse cenário é levar ao mercado um novo meio de pagamento digital, que seja sustentável e seguro para o consumidor e para as instituições financeiras.

Uma dessas soluções é a tokenização, que pode ampliar as formas de consumo, melhorar a experiência dos usuários e diminuir os riscos de fraudes.

“O token traz rastreabilidade e confiança entre as partes em uma transação financeira. O potencial existe, agora é preciso avançar no desenvolvimento de infraestrutura tecnológica e educar o público”, analisa Fernando Amaral, VP Produtos & Inovação da Visa.

Foto de três homens sentados no palco do Febraban Tech

Jayme Chataque, Digital Assets & Blockchain no Santander, complementa dizendo que a tokenização também traz o benefício do fracionamento de ativos que pode levar ao aumento e diversidade de investidores, beneficiando os casos de uso no atacado.

João Gianvecchio, strategy and Innovation manager no BV, finaliza explicando que a economia tokenizada precisa ser trabalhada em pilares: 

  • regulação dos assets digitais; 
  • simplificar a infraestrutura para o consumidor final; 
  • aplicação dessa tecnologia no modelo de negócios. 

A economia tokenizada é um caminho sem volta da digitalização da economia, isso porque oferece uma série de benefícios, principalmente de segurança e controle.

Tendências, desafios e oportunidades da economia tokenizada 

Em todas as agendas de inovação, se fala sobre token, afinal, esse é o futuro da economia. Um token representa um ativo digital e qualquer asset pode ser tokenizado. Segundo Rita Casolato, chefe de compliance da Liqi, com a economia tokenizada, o mercado financeiro e o de tecnologia andam juntos, desmistificando o conceito de que tech e economia são conceitos distintos.

Guto Antunes, head de digital assets do Itaú, brinca que: “os clientes da nova geração já vêm tokenizados”, ou seja, essa geração mais nova resolve tudo pelo mobile, inclusive as transações financeiras. O interessante é que o mercado brasileiro é um dos mais robustos e modernos do mundo, então a migração para ambiente digital é uma realidade.

Contudo, a nova infraestrutura que está emergindo vai conviver com a existente. Jimmy Lui, superintendente de Inovação e Open Finance do BV, argumenta que a tokenização da economia, intensificada pelo Real Digital, vai gerar ondas de inovação e atuar como habilitador para outras áreas do negócio.

O desafio no momento, além de testar e regular o projeto piloto do Real digital, é facilitar a compra e operação por meio de token para todos, especialmente para aqueles que não têm tanta afinidade com tecnologia, visto que nessa revolução digital as finanças descentralizadas vão ceder lugar a uma vida financeira centralizada e ao alcance de um click.

Os especialistas arrematam a discussão dizendo que o objetivo até março de 2024 com a economia tokenizada é buscar segurança, privacidade e escalabilidade. O projeto piloto deve ajudar a entender onde é possível agregar valor para operações do consumidor e do mercado.

Mas na prática, chegar a uma interoperabilidade para o token, como funciona o mercado cripto hoje, 24/7 e 365 dias ao ano, ainda é uma utopia.

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