O setor de saúde tem sido um dos grandes beneficiados pela transformação digital, com tecnologias que simplificam as rotinas médicas e aperfeiçoam serviços clínicos e hospitalares; o segmento vem conquistando seu lugar de destaque quando o assunto é tecnologia e inovação.
Mas, quando surge o assunto, vêm também as preocupações geradas pela franca expansão da Inteligência Artificial. Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro dos negócios, alivia categoricamente uma das grandes dúvidas dos profissionais: a presença humana não será substituída pela IA, ele defende.
“Embora existam diversas especulações ao integrar IA com a medicina, é importante esclarecer que a substituição de profissionais por máquinas está fora de cogitação. As inteligências artificiais não são autossuficientes; ao contrário, elas têm sido usadas para auxiliar os médicos, o que otimiza o tempo dedicado por esses profissionais. Isso resulta em diagnósticos mais precisos em um curto espaço de tempo, beneficiando as duas pontas, instituição e pacientes”, conta Marcos.
Um estudo do Precedente Research estima que o mercado de IA nos serviços de saúde deverá crescer US$ 187,9 bilhões até 2030, expandindo a uma média de 37% ao ano entre 2022 e 2030.
Mas, além da IA, outras tendências têm se destacado no segmento. O executivo da FCamara indica suas apostas para 2024:
Integração da jornada física com a digital
A tecnologia ganhou ainda mais notoriedade após a pandemia e, desde então, essa integração tem promovido uma comunicação mais efetiva entre pacientes e profissionais de saúde, facilitando o compartilhamento seguro de dados e o acesso simplificado às informações médicas essenciais. Aplicativos para centralizar prontuários digitais e marcar consultas, por exemplo, permitem que o corpo clínico tenha mais facilidade com as rotinas administrativas.
Há um amplo leque de serviços de saúde disponíveis em apps, como o rastreio de hábitos alimentares, monitoramento de atividade física, detecção de sintomas e até mesmo consultas online. Com eles, todas as informações ficam disponíveis à mão, com muito mais comodidade e de forma rápida, contribuindo para o aumento da produtividade nos atendimentos.
“Diversos softwares estão acessíveis para aprimorar a gestão, e as unidades de saúde já os incorporam em suas práticas diárias. Essas soluções desempenham um papel significativo na rotina de hospitais e clínicas, oferecendo uma ferramenta robusta para garantir a segurança de dados dos usuários. Importante ressaltar que a integração dos aplicativos com sistemas HIS consolidados, como o TASY e o MV, é crucial. Ela proporciona agilidade na tomada de decisão médica e melhora a experiência do paciente”, fala Moraes.