Sobre o que estamos falando? Melhores plataformas de e-commerce existentes no mercado para grandes empresas;…
Efeitos da Pandemia no Varejo
A pandemia global impulsionou milhões de empresas a acelerarem seu processo de Transformação Digital, o que envolveu uma estratégia híbrida de operação, a qual ficou conhecida como o “novo normal”.
Pesquisa recente publicada pela TechRepublic mostrou que o número de empresas com iniciativas no corrente ano de 2021 de Transformação Digital é de 62%. Ano passado esse número era de 60%.
Muitos dos setores que estão trabalhando no modelo híbrido, já vinham num processo de ganho de maturidade Digital, com investimentos em tecnologias de automação de processos e de Digitalização. A diferença foi a prioridade num primeiro momento para as tecnologias habilitantes para o processo de colaboração e um grande foco em treinamento online, o que repercutiu no sentido de habilitar o ganho de produtividade dos colaboradores no uso das ferramentas digitais de colaboração.
Para 2022, a mesma pesquisa mostrou que 69% das empresas planejam manter ou aumentar os investimento em Transformação Digital, sendo que as tecnologias que proporcionaram maior impacto positivo para os negócios foram 42% ferramentas de colaboração, 17% serviços de Cloud Computing e 8% de Data Analytics.
Importante ressaltar a importância dos investimentos crescentes por parte das empresas no processo de Transformação Digital, que permite uma maior resiliência das operações frente às mudanças do mercado, com o uso de Plataformas Digitais robustas que conseguem escalar sua capacidade conforme a demanda e que possibilitam a continuidade das operações mesmo que de forma remota.
A Digitalização da economia e o processo de Platformização
De acordo com notícia publicada pela TechRepublic, um estudo da IDC apontou que até 2023 metade das organizações perderá market share para os concorrentes por falta de investimentos em ofertas digitais, no qual o orçamento real para Transformação Digital aumentará de 36% para mais de 50% até 2023.
Segundo dados de um artigo do site Statista, em 2025 o valor dos investimentos em tecnologia e serviços para viabilizar a Transformação Digital irão quase dobrar com relação ao ano base de 2021, quando chegará a cerca de 2,8 trilhões de dólares americanos.
Nesse cenário, algumas empresas permaneceram céticas quanto aos custos e benefícios para promover a mudança em sua forma de fazer negócios em tempo hábil e, em decorrência da inação, estão pagando um preço muito alto – desde que, sua viabilidade como negócio deixou temporariamente de ser possível devido ao congelamento econômico global e a seguida quebra da cadeia de suprimentos globais que aumentou o preço dos fretes.
Segundo notícia da Agência Brasil, mais da metade das pequenas e médias empresas relataram diminuição das vendas comparado com o ano anterior e cerca de um quarto das pequenas e médias empresas fecharam durante o período recente da pandemia.
A adoção de novas tecnologias digitais por segmentos tradicionais de mercado nesta crise foi acelerada por agentes externos como regulamentações federais e estaduais de distanciamento social e políticas de bloqueio, uma vez que a forma como as empresas costumam fazer negócios parou de funcionar e as pessoas tiveram que pensar fora da caixa adotando novas formas de fazer trabalho.
Em algumas semanas, algumas das empresas que continuaram suas operações tiveram que se adaptar, com a criação de planos de contingência para poder sobreviver ao período de incertezas. Por exemplo, a maioria dos restaurantes que não tinham parceria com aplicativos de entrega de refeições foram forçados a se mover nessa direção por falta de alternativas para continuar operando de forma parcial com as restrições de circulação de pessoas em vigor.
Um outro grande setor que foi muito afetado foi o de Educação, onde a utilização de ferramentas virtuais de colaboração foi a forma encontrada para continuarem a ministrar as aulas para os alunos. Consequentemente, a tendência para uma Economia de Plataforma tem aumentado mais rápido do que nunca.
A reinvenção do Varejo
Essa mudança abrupta e adaptação no comportamento das pessoas foi possível devido ao uso de tecnologias digitais que foram criadas na última década ou mais. E a adoção de uma inovação geralmente ocorre quando o benefício percebido é maior do que o custo da mudança.
Quando ocorre uma adoção massiva de um novo comportamento com muitas pessoas, esse fenômeno é chamado de “efeito dominó”.
É o caso de quando um fator externo como o Coronavírus, acelera um processo que poderia levar uma década ou mais para ocorrer, relacionado à adoção em escala global de tecnologias da Indústria 4.0 como Telemedicina, Impressão 3D para ventiladores mecânicos nos hospitais, e o sequenciamento do genoma do vírus em questão de dias.
Diante disso, um esforço de colaboração internacional nunca antes visto nesta escala foi colocado em prática para perseguir o mesmo objetivo, descobrir como vencer a pandemia do coronavírus.
Este fenômeno criou uma ruptura nas expectativas das sociedades em todo o mundo e congelou cadeias de abastecimento inteiras que sustentam a cadeia de valor em todo o mundo, com a recuperação gradual ocorrendo ao longo da resolução dos gargalos acumulados pelo desencontro de oferta e demanda ocasionado.
Novas oportunidades emergentes em comércio eletrônico para o setor de varejo
Segundos dados recentes publicados pela Ebanx, o mercado de E-commerce na América Latina vai se expandir cerca de 37% em 2021, sendo 41% no Brasil, capitaneado por inovações na área de pagamentos relacionadas ao Pix e ao uso de carteiras digitais por diversos players do mercado, principalmente por Fintechs que tem conquistado cada vez mais os consumidores mais jovens. O Pix já representa cerca de 6% do volume transacionado no E-commerce brasileiro e a tendência é que aumente para cerca de 9% até 2024.
Dado publicado em outra reportagem publicado pela Ebanx aponta ainda que atualmente cerca de 59% dos pagamentos no e-commerce brasileiro são feitos por meio de smartphone no Brasil, um aumento de 15% frente ao ano de 2019.
E para corroborar essas informações, podemos destacar dados recentes contidos em artigo de pesquisa de consumo do site eMarketer que mostrou que durante a pandemia houve o aumento do interesse da população americana na utilização recorrente de serviços de Fintechs para gerirem suas finanças, passando de 58% para cerca de 88% do total, um aumento de 52%. Interessante destacar que o serviço mais utilizado para cerca de 70% dos entrevistados é o de pagamentos digitais, o que impacta diretamente o setor de Varejo como um todo, uma vez que aumenta a base de consumidores potenciais e ao mesmo tempo estimula um movimento para a oferta segmentada para públicos específicos como via de diferenciação.
O atual cenário de ruptura também mudou o comportamento do consumidor, onde o setor de e-commerce encontrou alguns nichos disparando suas vendas, principalmente aqueles ligados a coisas essenciais do nosso dia a dia e se encontrou oportunidades em alguns mercados de nicho como o de reformas residenciais na adaptação das residências para o Home-Office.
Dados recentes da McKinsey de Outubro de 2021 apontam que o cohort da geração Milênio apresentou um aumento de gastos de cerca de 18% frente ao período pré-pandemia. Aponta ainda que uma parcela de 60 a 70% dos consumidores estão preferindo os canais de compra Omnichannel, sendo que as redes sociais desempenham o papel de vitrine virtual que antes eram desempenhadas pelas lojas físicas. Para as festas de final do ano há a previsão de crescimento do gasto geral dos consumidores da ordem de 7%, segundo o mesmo estudo.
Para isso, uma estratégia que busque aliar conveniência, agilidade e ótima experiência de uso com entrega de valor tangível para o consumidor faz necessária a utilização de uma moderna plataforma de E-commerce, como as soluções Magento do Grupo FCamara, que seja ao mesmo tempo robusta, flexível, escalável e adaptável ao fluxo crescente de pedidos em períodos de pico de demanda, como pilar central dessa estratégia, de modo a promover a geração contínua de valor para a busca de resultados de alta performance.
Para 2022, podemos prever o crescimento de tendências como o LiveCommerce que une a interação ao vivo com um apresentador com um cenário de fundo, integrado a um mostruário virtual que permite a exibição de ofertas de ocasião para o consumidor, e assim despertar a curiosidade e promover maior engajamento por chat ao vivo com a loja virtual. Na China, essa modalidade de e-commerce já é responsável por cerca de 10% de todo o faturamento do varejo, com aproximadamente 30% da população chinesa consumindo esse tipo de conteúdo de forma recorrente.
A adaptação a uma nova realidade não é mais uma opção, e as iniciativas e ofertas digitais devem ser uma prioridade para as empresas no cenário atual para que se mantenham competitivas nos próximos anos.
Co-autores:
Gustavo Pisani – Diretor de Varejo do Grupo FCamara
Renato Azevedo Sant Anna – Consultor de Transformação Digital & Insights no Grupo FCamara
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