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Equipe de inovação trabalhando para ilustrar go-to-market

Go to Market: estratégias eficazes para lançar produtos e serviços de tecnologia com sucesso

Levar uma inovação ao mercado é um jogo de alto risco. Não se trata apenas de colocar um produto ou serviço à disposição; é uma batalha estratégica pela relevância, pela atenção do consumidor e, em última análise, pela receita. Para líderes C-level, a questão não é “o que é Go-to-Market (GTM)?”, mas sim, “por que uma estratégia de GTM é o alicerce para a sustentabilidade e o crescimento do nosso negócio?”.

Uma abordagem de GTM superficial pode ser o ponto de falha de uma grande inovação. Sem ela, corre-se o risco de investir milhões em pesquisa e desenvolvimento para, no final, falhar em conectar o produto ao cliente certo, pelo canal certo e com a mensagem certa. Esse cenário não apenas gera perdas financeiras, mas também compromete a credibilidade da empresa, afeta a moral do time e abre espaço para a concorrência.

Ao longo deste conteúdo, vamos explorar os principais elementos de uma estratégia de Go-to-Market, das prioridades de negócio às ações de marketing e vendas. Continue a leitura e veja como aplicar esse conceito ao contexto da sua empresa.

O que é Go-to-Market (GTM)?

No universo da inovação, o Go-to-Market é o plano que define a jornada de entrada de um produto ou serviço no mercado. Ele conecta o que foi desenvolvido internamente às condições externas que permitem sua adoção e uso em escala.

Em sua essência, o GTM não é uma simples checklist de lançamento, mas a blueprint estratégica que traduz a inovação interna em valor percebido e sucesso comercial externo. Ele serve como a ponte crítica entre a invenção e a monetização em escala, garantindo que o produto não apenas chegue ao mercado, mas seja abraçado por ele.

Mais do que descrever etapas, esse modelo ajuda times a refletir sobre pontos críticos, como:

  • Que problema estamos resolvendo de maneira diferenciada?
  • Quem são os early adopters que podem validar nossa proposta desde o início?
  • Como demonstrar o valor e a viabilidade da solução de forma convincente?
  • Quais canais têm maior potencial para distribuição (parcerias, APIs, licenciamento)?
  • De que forma o feedback dos primeiros usuários pode orientar melhorias?

5 benefícios da estratégia de Go-to-Market

Uma estratégia Go-to-Market bem estruturada se baseia no alinhamento rigoroso entre os objetivos do negócio e a realidade do mercado e traz vantagens que contribuem para a consistência, o aprendizado e a escalabilidade dos produtos e serviços desenvolvidos. Confira os principais benefícios abaixo: 

  • Redução de riscos e uso eficiente de recursos: o planejamento evita desperdícios e concentra esforços nas oportunidades mais promissoras.
  • Coordenação do lançamento: alinhamento entre marketing, vendas e operações garante consistência nas frentes de execução.
  • Melhoria na experiência do cliente: comunicação objetiva e entrega adequada aumentam satisfação e retenção.
  • Aceleração da adoção: ações por segmento aproximam o produto do público certo no momento certo.
  • Crescimento e escala estruturados: métricas e ciclos de ajuste orientam expansão, priorização de mercados/canais e evolução do produto.

Exemplos da estratégia Go-to-Market aplicada a lançamentos de produtos

Um plano de Go-to-Market não segue uma receita única. Ele precisa ser adaptado ao tipo de produto, ao público-alvo e ao mercado em que será lançado.

A seguir, apresentamos exemplos de GTM para diferentes produtos, mostrando como a abordagem de lançamento se conecta à proposta de valor e ao público específico.

Exemplo 1: produto de tecnologia B2C (Business-to-Consumer)

Um aplicativo de meditação com recursos de inteligência artificial, voltado para pessoas de 25 a 45 anos interessadas em reduzir o estresse e melhorar o bem-estar mental.

Estratégia GTM:

  • Validação: lançamento de uma versão beta para um grupo seleto de influenciadores e usuários, com coleta de feedback sobre experiência e eficácia da IA.
  • Lançamento: etapas graduais com foco em redes sociais, anúncios direcionados e parcerias com influenciadores do nicho de bem-estar.
  • Monetização: modelo freemium, oferecendo funcionalidades básicas gratuitas e incentivando a atualização para a versão premium com testes gratuitos e promoções.
  • Canais: Instagram, TikTok, lojas de aplicativos, blogposts sobre saúde mental e SEO para termos relacionados.

Esse exemplo mostra como um lançamento B2C pode equilibrar a experimentação inicial com estratégias de marketing escaláveis, assegurando que a solução alcance os usuários certos e seja adotada gradualmente.

Exemplo 2: produto de tecnologia B2B (Business-to-Business)

Uma plataforma SaaS que utiliza inteligência artificial para automatizar o atendimento ao cliente em empresas de médio porte, direcionada a gestores e diretores de operações ou de atendimento em organizações com 50 a 500 funcionários.

 Estratégia GTM:

  • Validação: projetos-piloto com 3 a 5 empresas, oferecendo a plataforma gratuitamente em troca de dados de desempenho e depoimentos, demonstrando retorno sobre investimento.
  • Lançamento: foco na prova de valor, com equipe de vendas consultiva apresentando resultados dos pilotos e mensagens centradas em eficiência e dados.
  • Monetização: assinatura mensal, escalonada por volume de clientes ou agentes, mostrando valor antes da compra.
  • Canais: webinars, estudos de caso, publicações em blogs especializados, conferências e contatos diretos via LinkedIn e e-mail.

No caso B2B, o GTM demonstra o valor da solução de forma concreta, construindo confiança e facilitando a decisão de compra de clientes corporativos.

Exemplo 3: produto de hardware inovador

Um dispositivo vestível (wearable) de monitoramento de saúde para esportistas, capaz de medir métricas avançadas de desempenho em tempo real, direcionado a atletas profissionais, entusiastas de esportes e treinadores.

 Estratégia GTM:

  • Validação: testes com equipes esportivas e atletas renomados para avaliar a precisão dos dados e a durabilidade do dispositivo.
  • Lançamento: baseado em credibilidade, destacando a adoção do produto por atletas de elite e lançamentos em grandes eventos esportivos ou em parceria com marcas do setor.
  • Monetização: venda direta do hardware, com opção de assinatura mensal para análises avançadas e planos de treinamento.
  • Canais: site da empresa, revendedores especializados, conteúdo visual (vídeos e fotos), parcerias estratégicas e assessoria de imprensa esportiva.

Para produtos de hardware inovadores, o GTM integra comprovação técnica, credibilidade e canais de venda adequados para que o produto seja aceito e valorizado pelo público-alvo.

Como a fase de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) se conecta com o GTM?

A criação de um produto e a estratégia de Go-to-Market caminham lado a lado, já que as informações coletadas durante a sua concepção ajudam a definir como ele será percebido e adotado pelo mercado. A seguir, confira os principais pontos de conexão:

    • Coleta de dados sobre o produto: identificação de funcionalidades, limitações e oportunidades de diferenciação que orientam decisões sobre posicionamento e comunicação.
    • Definição de mensagens e canais: insights da P&D servem para escolher os canais de distribuição e elaborar mensagens que mostrem claramente o valor da solução.
    • Testes e protótipos: permitem ajustes antes do lançamento, alinhando expectativas técnicas e comerciais com a realidade do mercado.
    • Feedback contínuo: resultados de pilotos e testes ajudam a moldar ofertas, preços e estratégias de marketing, garantindo que o GTM seja realista e eficaz.
  • Decisões orientadas por dados: a fase de P&D fornece informações concretas que facilitam a segmentação, experimentação e planejamento para o lançamento em larga escala.

Qual a importância de um projeto-piloto na estratégia de GTM de uma inovação?

Um projeto-piloto funciona como um teste em pequena escala, geralmente baseado em um MVP (Produto Mínimo Viável), que viabiliza o acompanhamento do desempenho da solução em condições reais, a coleta de dados sobre aceitação e eficácia e a identificação de ajustes necessários antes do lançamento oficial.

Com base nesses resultados, é possível refinar mensagens, ajustar preços, definir processos de suporte e até adaptar funcionalidades, garantindo que a entrada no mercado esteja mais alinhada às expectativas dos usuários.

Além de validar o produto, essa etapa gera aprendizados para a equipe de marketing, vendas e operações, preparando a organização para uma entrada no mercado mais estruturada.

Elementos essenciais para um plano de GTM de Inovação

Entender os elementos que compõem a estratégia de Go-to-Market ajuda a transformar ideias em resultados concretos, orientando desde os testes iniciais até a adoção e escalabilidade da tecnologia.

1. Prova de Conceito (PoC) e Validação Técnica (Top of the Funnel)

Antes de qualquer coisa, é importante confirmar que a inovação funciona e oferece resultados esperados. Sendo assim:

  • Análise de patentes e estado da arte: avalie o cenário de propriedade intelectual e o que já existe no campo de pesquisa. 
  • Prototipagem e testes de viabilidade: construa um protótipo ou uma prova de conceito para validar a viabilidade técnica da solução em um ambiente controlado.
  • Identificação de early adopters: busque empresas ou indivíduos dispostos a testar a tecnologia e fornecer feedback sobre sua aplicação inicial.

Essa etapa garante que o produto/serviço seja sólido antes de avançar para o mercado, oferecendo dados concretos que orientam decisões estratégicas e reduzem incertezas na fase de lançamento.

2. Definição da proposta de valor e posicionamento disruptivo (Top of the Funnel)

A proposta de valor deve deixar claro como a inovação se diferencia e quais problemas resolve de maneira nova ou mais eficiente.

  • Proposta de valor tecnológica: descreva de que forma a tecnologia transforma processos ou resultados. Exemplo: “Nosso algoritmo de IA reduz o tempo de análise de dados de meses para horas, permitindo decisões em tempo real”.
  • Posicionamento no mercado: destaque se a solução representa tecnologia de ponta, aumento de eficiência ou criação de novas oportunidades de negócio.

Definir a proposta de valor e o posicionamento ajuda a orientar comunicação, marketing e estratégias comerciais, fazendo com que o público entenda claramente o que a produto ou serviço entrega e por que ele se diferencia das alternativas existentes.

Estratégias para a Adoção e Escala da Inovação (Middle of the Funnel)

Após validar o valor técnico da solução, o próximo passo é facilitar sua adoção e preparar o caminho para o crescimento. Essa fase envolve demonstrar o impacto da tecnologia, engajar os primeiros usuários e estruturar meios de expansão que permitam a escala de forma planejada e sustentável.

1. Estratégias de demonstração e engajamento

Para que um novo produto ou serviço seja aceito, é preciso mostrar de forma prática como ela funciona e quais benefícios oferece.

  • Demonstrações técnicas: conduza apresentações detalhadas para clientes e parceiros potenciais, exibindo a tecnologia em ação e esclarecendo seu funcionamento.
  • Pilotos e projetos-piloto: aplique a solução em ambientes de clientes, coletando dados sobre desempenho, retornos esperados e desafios. Isso ajuda a construir casos de sucesso e validar o impacto do produto.
  • Publicações técnicas: compartilhe resultados e insights em artigos, blogs especializados e conferências, reforçando a credibilidade da tecnologia e atraindo atenção de interessados.

Essas iniciativas fazem com que clientes e parceiros compreendam de forma concreta o valor da inovação, gerando confiança e criando um ambiente favorável para adoção inicial e expansão gradual.

2. Estratégias de distribuição e escalabilidade

Depois de engajar os primeiros usuários, é hora de estruturar a entrega do produto/serviço para alcançar mais clientes e mercados. Confira algumas dicas abaixo:

  • Parcerias estratégicas: forme alianças com empresas que possam facilitar a distribuição, integração ou promoção da tecnologia em diferentes mercados.
  • Criação de ecossistemas: incentive o desenvolvimento de soluções complementares por meio de redes de desenvolvedores, integradores ou parceiros, ampliando o alcance da inovação.
  • Modelos de licenciamento: defina a forma de comercialização da tecnologia, seja por licenciamento de propriedade intelectual, modelos SaaS ou venda de hardware, de modo a suportar a escalabilidade.

Estruturar canais, parcerias e modelos de distribuição ajuda a tecnologia a crescer de maneira organizada, permitindo que mais clientes tenham acesso ao que foi desenvolvido e que a empresa consiga manter a consistência na entrega do valor.

Como colocar uma estratégia Go-To-Market em prática

Implementar um GTM eficaz garante que a inovação seja bem recebida, seguindo etapas que vão do entendimento do produto à execução de ações de engajamento e expansão.

A seguir, apresentamos um passo a passo para auxiliar nesse processo.

1. Para quem é o meu produto?

Identificar claramente seu público-alvo é o primeiro passo. Isso envolve:

  • Pesquisa de mercado: compreender as necessidades, comportamentos e preferências do seu público.
  • Segmentação: dividir o mercado em segmentos específicos para direcionar melhor suas ações.
  • Criação de personas: desenvolver perfis detalhados que representem seus clientes ideais.

2. O que o produto oferece?

Defina claramente a proposta de valor do seu produto:

  • Benefícios: destaque as vantagens que o produto oferece aos usuários.
  • Diferenciação: mostre como seu produto se distingue da concorrência.
  • Solução de problemas: explique como o produto resolve as dores ou necessidades do público-alvo.

Uma proposta de valor bem definida facilita a comunicação com os clientes e fortalece o posicionamento da marca.

3. Como o produto será apresentado ao público?

Elabore uma estratégia de apresentação que envolva:

  • Mensagem clara: desenvolva uma comunicação que destaque os principais benefícios do produto. 
  • Canais de divulgação: escolha os meios digitais para alcançar o público-alvo (ex.: redes sociais, e-mail marketing, eventos).
  • Material de apoio: crie conteúdos como vídeos, apresentações e demonstrações para facilitar o entendimento do produto.

Uma apresentação bem estruturada aumenta o interesse e a confiança dos potenciais clientes.

4. Como o produto será entregue?

Determine os métodos de entrega do produto:

  • Canais de distribuição: defina se será venda direta, parcerias, e-commerce, entre outros.
  • Logística: planeje a distribuição física ou digital, considerando prazos e custos.
  • Suporte ao cliente: estabeleça canais de atendimento para resolver dúvidas e problemas pós-venda.

Uma entrega eficiente garante a satisfação do cliente e fortalece a reputação da empresa.

5. Quais serão as métricas, OKRs e KPIs do Go-To-Market?

Estabeleça indicadores para medir o sucesso da estratégia:

  • Métricas de desempenho: como taxa de conversão, aquisição de clientes, retenção, etc.
  • OKRs (Objectives and Key Results): defina objetivos claros e mensuráveis.
  • KPIs (Key Performance Indicators): selecione indicadores-chave que reflitam o progresso em direção aos objetivos.

O acompanhamento dessas métricas possibilita a realização de ajustes rápidos e eficazes na estratégia, o que facilita como um todo a gestão da inovação.

6. Qual será o cronograma do GTM?

Planeje as ações com um cronograma detalhado:

  • Fases do lançamento: divida o lançamento em etapas, como pré-lançamento, lançamento e pós-lançamento.
  • Prazos: estabeleça datas para cada atividade, de modo que todas as ações sejam realizadas no tempo adequado.
  • Responsáveis: atribua responsabilidades para cada tarefa, facilitando a execução.

Um cronograma bem estruturado assegura que todas as etapas sejam cumpridas de forma organizada e eficiente, contribuindo para reduzir atrasos e acelerar o Time to Market.

O que é a curva de adoção de inovações e como ela influencia o Go-to-Market?

A curva de adoção de inovações, apresentada por Everett Rogers em Diffusion of Innovations, é um modelo que mostra como novas tecnologias ou ideias são adotadas por diferentes grupos de pessoas ao longo do tempo. Ela divide os adotantes em cinco categorias, de acordo com a rapidez com que aceitam a novidade.

Para o Go-to-Market, a curva oferece um guia para segmentar o público e ajustar a abordagem de lançamento. Em vez de tentar alcançar todos simultaneamente, a estratégia se concentra em cada grupo em momentos específicos, adaptando mensagens, canais e formas de engajamento conforme o perfil dos adotantes. Isso ajuda a organizar a introdução da nova solução de maneira progressiva e mais alinhada ao comportamento do mercado.

As 5 categorias de adotantes e sua relação com o GTM

Cada grupo de adotantes apresenta características próprias que determinam como a tecnologia deve ser apresentada, comunicada e aplicada. Entender essas diferenças, portanto, é o que torna a estratégia de GTM mais eficiente e precisa.

1. Inovadores (Innovators – 2,5%)

São os primeiros a experimentar a tecnologia. Curiosos e dispostos a correr riscos, não dependem de prova social para se interessar por novidades. 

No contexto do GTM, a estratégia nessa fase inicial deve concentrar esforços em canais especializados, como publicações técnicas, conferências e comunidades de desenvolvedores. 

A comunicação deve destacar a novidade e o potencial da tecnologia, com o objetivo de validar conceitos e obter feedback direto.

2. Adotantes Iniciais (Early Adopters – 13,5%)

São visionários e líderes de opinião, que aceitam riscos calculados e buscam vantagem competitiva. Muitas vezes, tornam-se embaixadores da tecnologia. 

No GTM, o foco muda da inovação para a solução prática, destacando o valor de negócio da tecnologia e apresentando casos de sucesso dos inovadores. Projetos-piloto e depoimentos ajudam a gerar prova social para os grupos seguintes.

3. Maioria Inicial (Early Majority – 34%)

É caracterizada pelo pragmatismo e cautela. Esse grupo espera evidências concretas de que o novo produto ou serviço funciona e de que outros já obtiveram resultados positivos. No GTM, essa etapa é crítica, muitas vezes chamada de “abismo”. 

A estratégia deve mostrar resultados tangíveis, facilitar o uso da tecnologia e oferecer suporte adequado, utilizando webinars, whitepapers e demonstrações detalhadas para transmitir confiabilidade e praticidade.

4. Maioria Tardia (Late Majority – 34%)

É mais conservadora e adota a inovação apenas quando ela já é amplamente utilizada, preferindo soluções simples e seguras. 

No GTM, a comunicação deve enfatizar conveniência, baixo risco e custo reduzido. Nesse ponto, a tecnologia já não é percebida como novidade, mas como um padrão de mercado, e parcerias e canais tradicionais ajudam a alcançar esse grupo.

5. Retardatários (Laggards – 16%)

São tradicionais e resistentes, adotando uma novidade apenas quando não há alternativas. 

No GTM, normalmente não são o foco do lançamento inicial, e as estratégias para esse grupo envolvem demonstrar a necessidade de atualização ou a conformidade com novos padrões do mercado.

De forma geral, ao compreender a Curva de Adoção de Inovações, uma equipe de GTM consegue:

  • Priorizar personas: focar nos grupos certos em cada fase do lançamento.
  • Ajustar a mensagem: adaptar a comunicação de acordo com o perfil de cada segmento.
  • Selecionar canais: usar meios de comunicação adequados para cada grupo.
  • Planejar recursos: distribuir esforços de desenvolvimento e suporte conforme a demanda e necessidades específicas.

Como o Go-to-Market pode ser adaptado para inovações em diferentes setores (fintech, saúde, Indústria 4.0)?

O Go-to-Market para inovações precisa considerar as particularidades de cada setor, como regulamentação, ciclos de venda, comportamento do cliente e canais de distribuição. 

Uma abordagem que funciona para fintechs, por exemplo, pode não ser adequada para healthtechs ou empresas que passam pela transformação digital da Indústria 4.0, exigindo ajustes na estratégia de lançamento, comunicação e escalabilidade. Confira mais detalhes abaixo: 

1. Fintech (tecnologia financeira)

O setor de fintech combina alta regulamentação com a necessidade de gerar confiança rapidamente.

O Nubank, por exemplo, um dos maiores bancos digitais do Brasil, precisou desde o início atender às exigências do Banco Central e, ao mesmo tempo, criar uma experiência simples e transparente para conquistar a confiança dos clientes em um serviço totalmente digital.

Validação da tecnologia

A prova de conceito deve priorizar a segurança dos dados, conformidade com normas como LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e Open Banking, e a escalabilidade para lidar com volumes crescentes de transações.

Adoção e engajamento

Demonstrações técnicas devem ser direcionadas a CTOs e líderes de risco. Parcerias com bancos tradicionais e incubadoras ajudam a construir credibilidade, enquanto eventos do setor e publicações sobre segurança e eficiência reforçam a reputação da solução.

Canais de distribuição

O foco está em APIs e SDKs (Software Development Kit ou Kit de Desenvolvimento de Software), que promovem a integração com sistemas de bancos, plataformas de e-commerce e outras fintechs. O modelo de vendas tende a se basear em licenças de uso ou taxas por transação.

No setor financeiro, o GTM deve equilibrar inovação e confiança para que a tecnologia seja percebida como segura e escalável, antes de alcançar uma base maior de clientes.

2. Saúde (Healthtech)

O setor de saúde tem um perfil mais cauteloso, com ciclos de venda longos e forte dependência de regulamentações como  ANVISA e HIPAA (Health Insurance Portability and Accountability Act ou Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde).

Validação da tecnologia

A inovação precisa ser validada por estudos clínicos e aprovações regulatórias, demonstrando eficácia, segurança e privacidade dos dados do paciente.

Adoção e engajamento

A estratégia deve focar em educar médicos, gestores hospitalares e operadoras de planos de saúde. Participar de congressos, publicar pesquisas em revistas científicas e apresentar casos de sucesso robustos ajuda a demonstrar valor clínico e operacional.

Canais de distribuição

As vendas são consultivas e complexas, exigindo equipes com conhecimento técnico e clínico. Parcerias com hospitais de referência, clínicas e distribuidores de equipamentos médicos são fundamentais para ganhar tração.

No setor de saúde, o GTM deve priorizar confiança e credibilidade, mostrando de forma os benefícios clínicos e operacionais da solução antes de expandir para um público maior.

3. Indústria 4.0 (Manufatura e Produção)

Soluções de Indústria 4.0, como Internet das Coisas (IoT), IA e automação, lidam com processos em larga escala e exigem comprovação do retorno sobre investimento (ROI).

Validação da tecnologia

A prova de conceito deve ocorrer em ambientes de produção reais, demonstrando impacto na eficiência operacional, redução de custos e melhoria da segurança. A compatibilidade com sistemas legados e a robustez do produto são pontos críticos.

Adoção e engajamento

Projetos-piloto com grandes fabricantes são essenciais. Demonstrações presenciais e apresentação de dados de otimização ajudam a mostrar o potencial transformador da tecnologia para equipes de engenharia e líderes de operação.

Canais de distribuição

Parcerias com integradores de sistemas, consultorias de engenharia e distribuidores de equipamentos industriais são essenciais. A venda é consultiva, orientada a projetos completos, não apenas ao produto isolado.

Para a Indústria 4.0, o GTM deve conectar resultados concretos a processos existentes, mostrando como a inovação traz eficiência e valor agregado antes de ser adotada em larga escala.

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