Sobre o que estamos falando? O Open Banking inaugura um novo ecossistema de soluções para…
Meios de pagamentos digitais e varejo. Qual a relação?
Os meios de pagamentos digitais e o varejo estão ficando cada vez mais interligados e as inovações na área estão se movimentando cada vez mais rapidamente no Brasil e não é para menos.
Cada grande varejista que abre sua própria carteira digital para oferecer aos clientes um modo facilitado de checkout vê no horizonte a possibilidade não só de proporcionar uma experiência de pagamento mais rápida, mas também uma fonte de dados de consumidores a que antes não tinham acesso.
História dos meios de pagamentos no varejo
Viemos do longínquo “crediário da loja”, depois passamos ao “cartão da loja”, e hoje chegamos à era do pagamento que independe de meio físico, em que aplicativos e códigos tornam a experiência de pagar, muitas vezes, quase imperceptível. Afinal de contas, quem nunca tomou um susto por ter esbarrado no “comprar com um clique”?
E o “comprar com um clique” é um exemplo de carteira digital fechada, que só pode ser usada dentro da própria aplicação da varejista. Ainda existem outros tipos, como Google Pay e Apple Pay, que realizam parcerias com outras lojas, e basta o usuário logar naquela em que já tem cadastro para finalizar a compra.
Outras grandes varejistas estão indo além e se tornando “bancos” nos quais é possível manter um saldo, fazer transações entre pessoas físicas e pagar outros estabelecimentos cadastrados na plataforma.
Democratização de acesso a serviços bancários
E não é só no varejo on-line que as carteiras digitais estão ganhando espaço. Por causa da pandemia, o uso de pagamentos sem contato e por meio de QR code foi impulsionado nas lojas físicas. Dados de uma pesquisa feita pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) apontam que as contas pagas por contactless subiram para 21% nos últimos dois anos.
Assim, as fronteiras entre meio de pagamento e marketplace vão se confundir cada vez mais, num cenário em que aparecem superapps – aplicativos em que é possível contratar diversos serviços ou adquirir produtos, desde a diarista até a entrega do mercado – e marketplaces que lançam seus próprios bancos e meios de pagamento como uma forma a mais de fidelização dos clientes.
Carteiras digitais para varejistas
Os bancos digitais já criaram um grande movimento de democratização de acesso a serviços bancários no nosso país, e esse processo tende a se espalhar ainda mais com a chegada do Pix, do open banking e a popularização dos meios de pagamento oferecidos pelas varejistas.
Nesse contexto competitivo, ainda surgem as carteiras digitais White Label, que oferecem às pequenas empresas a possibilidade de que tenham meios de pagamento personalizados por meio de APIs que facilitam e barateiam a implementação do recurso.
Por todos esses motivos, estamos vendo agora uma grande corrida pela atenção e confiança do consumidor. Num segundo momento, provavelmente, veremos a consolidação de algumas plataformas de serviços financeiros e o desaparecimento de outras, levando ao amadurecimento do mercado.
Claro que esse cenário ainda está se modificando e inovações não param de chegar no varejo, mas o certo é que cada vez mais o acesso a serviços que antes eram inacessíveis a uma parte da população ganhará escala e modificará o modo como lidamos com o dinheiro.
Por isso também precisamos refletir sobre como um contexto pós pandemia pode influenciar os negócios? E ver se estáa preparado para implementar soluções de tecnologia para ser mais competitivo.
Por: Orlando Ovigli – Sócio e VP de OmniCommerce
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