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Jovem segurando lâmpada para ilustrar tipos de inovação

Domine os tipos de inovação e saiba como inovar e liderar no mercado

Sua empresa sabe qual tipo de inovação pode gerar mais resultado e, mais do que isso, como aplicá-la de forma prática para aumentar eficiência, conquistar clientes e se manter à frente da concorrência?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um negócio é considerado inovador quando lança produtos e implementa processos totalmente novos ou aprimorados.

Em outras palavras, inovação consiste tanto em criar algo inédito quanto em aperfeiçoar o que já existe.

Neste artigo, vamos detalhar os principais tipos de inovação, mostrar classificações consolidadas como o Manual de Oslo e os 10 tipos de inovação do renomado consultor de inovação Larry Keeley, além de apresentar formas práticas de aplicar cada abordagem, transformando estratégia em resultados.

Principais tipos de inovação

Nem toda inovação é igual. Para líderes que buscam resultados concretos, a escolha da abordagem certa é um ponto de atenção. O que sua empresa busca? Uma inovação que transforme o mercado, otimize processos internos, crie novas fontes de receita ou gere valor em colaboração com parceiros?

Entender a diferença entre essas abordagens é o primeiro passo para alinhar a estratégia com os objetivos de negócio. A seguir, detalhamos os modelos mais aplicados no mundo corporativo, para ajudar a responder essa pergunta.

Inovação radical

Quando se fala em inovação, a maioria pensa naquelas grandes ideias que mudam tudo. É a inovação radical, que não apenas melhora o que já existe, mas cria algo totalmente novo, capaz de redefinir um mercado inteiro ou, até mesmo, inaugurar um setor. 

Pense na internet, que transformou a comunicação, o comércio e os modelos de negócio globalmente. Ou, mais recentemente, nas vacinas de RNA mensageiro contra a COVID-19, um avanço em biotecnologia que abriu novas portas para a medicina. Essa abordagem é de alto risco, mas o retorno, quando vem, pode ser exponencial.

Inovação incremental

No pólo oposto está a inovação incremental, que foca em refinar e aprimorar o que já funciona. Esse é o tipo de inovação mais comum no ambiente corporativo, pois exige menos investimento e os riscos são mais controlados. 

Um exemplo é a evolução dos smartphones: a cada novo modelo, as câmeras ficam mais potentes, as baterias duram mais e o desempenho melhora. Não há uma ruptura, mas uma série de avanços que mantêm o produto competitivo e relevante no mercado, garantindo a sua sustentabilidade a longo prazo.

Inovação disruptiva

A inovação disruptiva surge quando uma solução mais acessível ou conveniente muda completamente a lógica de um setor, substituindo ofertas tradicionais.

Podemos citar como exemplos a Uber, que transformou o transporte urbano ao conectar motoristas e passageiros via aplicativo, assim como o Spotify, que tornou o streaming sob demanda mais atraente do que comprar álbuns físicos ou digitais.

Inovação arquitetural

A inovação arquitetural reorganiza componentes de uma tecnologia existente para criar uma nova configuração. Não se trata de inventar do zero, mas de repensar a arquitetura de sistemas para gerar valor.

Essa dobradinha de  inovação e tecnologia pode ser percebida no carro elétrico da Tesla. A empresa combinou baterias, software e design em um modelo de negócio diferenciado, redefinindo padrões para toda a indústria automotiva.

Inovação aberta

A inovação aberta (ou open innovation)  é baseada em colaboração. Em vez de depender apenas da própria equipe, a corporação busca ideias, tecnologias e soluções em um ecossistema amplo, incluindo startups, universidades, institutos de pesquisa e até concorrentes.

Um exemplo é a NASA, que fez parcerias com empresas privadas como a SpaceX para acelerar missões espaciais. 

O resultado: redução de custos, aumento da capacidade de inovação e novas oportunidades comerciais no setor espacial.

Os 4 tipos de inovação definidos pelo Manual de Oslo

A tomada de decisão sobre onde alocar recursos para inovação é um dos maiores desafios para a alta gestão. Sem uma diretriz clara, o risco de desperdiçar tempo e capital é grande. O Manual de Oslo, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), referência internacional em inovação, define quatro tipos: produto, processo, marketing e organizacional.

Não é teoria: pesquisas como a PINTEC do IBGE mostram como as empresas aplicam essas inovações para ganhar eficiência, abrir novos mercados e manter vantagem competitiva. Conhecer esses quatro tipos ajuda o C-level a priorizar esforços estratégicos e mudar a realidade da corporação.

Inovação de produto

 O que faz um produto realmente inovador? Não é apenas a novidade, mas a capacidade de criar algo que redefine a experiência do cliente e, com isso, abre novas fontes de receita. A inovação de produto é exatamente isso: um investimento no desenvolvimento de um bem ou serviço que não só é novo, mas que também eleva suas características, desempenho ou funcionalidades a um novo patamar.

Um exemplo são os veículos elétricos de nova geração. Eles não só respondem à demanda por sustentabilidade, como também oferecem novas experiências de uso, com maior autonomia de bateria, conectividade e atualizações remotas, transformando a forma como clientes interagem com o produto e abrindo oportunidades de receita adicionais.

Inovação de processo

Promover a inovação de processos nada mais é do que implementar métodos de produção, distribuição novos ou bem aprimorados, com foco em ganhar eficiência, reduzir custos e melhorar a qualidade.

Na indústria, a adoção de robôs colaborativos (cobots) aumenta a produtividade e reduz riscos ao trabalhar lado a lado com humanos. 

No varejo, empresas aplicam inteligência artificial na logística para otimizar rotas e acelerar entregas, favorecendo a operação.

Inovação de marketing

A inovação de marketing envolve novas formas de posicionar, comunicar ou vender produtos, incluindo mudanças em design, embalagem, promoção, precificação ou canais de venda. O objetivo é criar uma conexão mais forte com o cliente e, consequentemente, impulsionar as vendas.

Um ótimo exemplo é o e-commerce com estratégia omnichannel. Varejistas conectam lojas físicas e digitais para criar uma experiência de compra contínua, permitindo que o cliente compre online e retire na loja ou use aplicativos para personalizar promoções. Essa abordagem transforma a relação com o cliente e, como resultado, aumenta a receita e o engajamento.

Inovação organizacional

A inovação organizacional aplica novas práticas de gestão, estruturas de trabalho ou modelos de relacionamento para aumentar a eficiência e gerar valor.

 O modelo de trabalho híbrido e flexível, por exemplo, vai muito além de uma mudança operacional. É um modelo que repensa a cultura de inovação da empresa, melhora o engajamento dos colaboradores e ajuda a reter talentos. Ao impactar a maneira como as pessoas se relacionam com o trabalho, essa inovação influencia diretamente a performance da operação.

Os 10 tipos de inovação de Larry Keeley

Manter a empresa relevante enquanto o mercado se transforma não é tarefa fácil. Essa pressão, sentida diariamente por muitas lideranças, exige uma visão clara e um plano de ação.

É nesse cenário que o trabalho de Larry Keeley oferece um direcionamento. Como co-fundador da renomada consultoria de design e inovação Doblin, Keeley passou mais de 30 anos analisando milhares de casos de sucesso e fracasso para criar um modelo prático e estratégico.

O resultado foi um framework que mostra onde concentrar esforços para gerar retorno. Ele identifica 10 tipos de inovação, organizados em três áreas que um executivo deve dominar: configuração, oferta e experiência.

1. Modelo de lucro

O modelo de lucro refere-se a maneiras inovadoras de gerar receita. A Adobe, por exemplo, migrou da venda de softwares em caixas físicas para o modelo de assinatura na nuvem (Adobe Creative Cloud), garantindo receita recorrente e maior fidelização.

2. Rede

Trata da colaboração com parceiros externos para criar valor. O iFood, no Brasil, integra restaurantes, entregadores e clientes em uma única plataforma, o que transforma a logística e a experiência de compra.

3. Estrutura

Envolve mudanças na forma como a empresa organiza recursos e talentos. A Nubank apostou em times multidisciplinares ágeis para acelerar o desenvolvimento de novos produtos financeiros e ganhar escala rapidamente.

4. Processo

São métodos exclusivos de execução que garantem vantagem competitiva. A Toyota consolidou o sistema lean manufacturing, focado em eliminar desperdícios, otimizar recursos e aumentar a eficiência, que se tornou referência mundial em produção.

5. Performance de produto

A inovação de performance se concentra em elevar as funcionalidades, os atributos ou a qualidade de um produto já existente. É um jogo de aprimoramento contínuo que, quando bem-feito, pode manter uma empresa na liderança do mercado. A Apple constantemente eleva a performance de seus dispositivos, como os chips da linha M1 e M2, que aumentaram a velocidade e reduziram o consumo de energia nos computadores.

6. Sistema de produto

Ocorre quando produtos diferentes são integrados para criar mais valor. A Microsoft conecta softwares como Teams, Outlook e OneDrive em um ecossistema que facilita a produtividade corporativa.

7. Serviço

Diz respeito a inovações que ampliam a experiência de uso de um produto. A Amazon Prime agrega valor com benefícios como frete rápido, streaming de vídeo e música em uma assinatura.

8. Canal

Envolve novas formas de levar o produto ao cliente. A Amazon Brasil integrou marketplace, e-commerce e serviços de logística, oferecendo entrega rápida e uma experiência digital completa.

9. Marca

A inovação da marca está em criar conexões emocionais e significados diferenciados. A Patagonia, por exemplo, se posiciona como referência em sustentabilidade, reforçando seu propósito em cada campanha.

10. Engajamento do cliente

Por último, o engajamento do cliente aborda novas maneiras de interagir e criar experiências. A Nike, com o app Nike Run Club, construiu uma comunidade global de corredores, fortalecendo a relação entre a marca e seus consumidores. 

Como saber qual tipo de inovação aplicar na minha empresa?

Decidir onde investir em inovação é um dos maiores desafios para qualquer líder, que precisa equilibrar risco, retorno e velocidade de execução. A resposta, na verdade, não é única e depende de uma análise estratégica de três fatores: seus objetivos, a maturidade do seu negócio e as condições do mercado.

Primeiramente, defina seus objetivos estratégicos. Se a meta é, por exemplo, ganhar eficiência operacional, o foco deve ser na inovação de processo. Por outro lado, se a prioridade é conquistar novos clientes ou entrar em um novo segmento, então a inovação de produto ou serviço é o caminho a seguir.

Em seguida, considere a maturidade da sua empresa. Organizações em estágio inicial geralmente se beneficiam mais de inovações incrementais, que exigem menos investimento e risco. Já as empresas consolidadas, com mais recursos, podem se dar ao luxo de apostar em inovações radicais ou disruptivas para garantir seu futuro.

Por fim, o mercado dita as regras do jogo. Em setores saturados, a saída pode ser uma inovação aberta, buscando parcerias para se destacar. Em mercados emergentes, no entanto, a inovação disruptiva pode criar oportunidades de negócio únicas e dominar um segmento rapidamente.

Para tomar a decisão certa, combine análise de dados, escuta ativa de clientes e testes de prototipagem para validar suas hipóteses antes de escalar a inovação.

É possível aplicar mais de um tipo de inovação ao mesmo tempo?

A inovação raramente segue uma única via. As empresas mais bem-sucedidas no mercado atual sabem que a combinação estratégica de diferentes tipos de inovação em paralelo não apenas aumenta a resiliência do negócio, mas também multiplica as chances de gerar valor.

Ou seja, empresas de sucesso raramente se limitam a uma única abordagem.

A Apple, por exemplo, inova em produto com lançamentos de hardware, em processo com cadeias globais de produção altamente eficientes e em serviços com a oferta de pacotes digitais (Apple One). Essa combinação fortalece o ecossistema e garante a fidelização dos clientes.

A Natura , por sua vez, integra a inovação de marketing com um propósito de sustentabilidade, a inovação de produto com suas linhas veganas e a inovação organizacional com modelos de gestão mais colaborativos.

A dica, então, é gerenciar a inovação como um portfólio estratégico, onde cada iniciativa se complementa para construir uma vantagem competitiva.

Transforme os tipos de inovação em resultados concretos com a FCamara

No fim, o que realmente diferencia empresas no mercado é a capacidade de estruturar processos, alinhar a estratégia e transformar ideias em valor mensurável. A inovação só se sustenta quando deixa de ser iniciativa isolada e passa a fazer parte da governança corporativa, da cultura e das métricas de resultado.

É nesse ponto que a multinacional brasileira FCamara se posiciona: não apenas como consultoria ou fornecedora de tecnologia, mas como parceira de transformação. Ao unir estratégia, execução ágil e aprendizado contínuo, criamos as condições para que a inovação deixe de ser discurso e se torne crescimento sustentável.

Nossa abordagem combina alinhamento estratégico com execução prática. Isso significa definir, junto à liderança, quais são os horizontes de inovação mais relevantes, priorizar investimentos e estruturar portfólios capazes de gerar impacto mensurável. A partir daí, aplicamos metodologias proprietárias e soluções sob medida, que unem agilidade com segurança, permitindo testar hipóteses, aprender rápido e ajustar o rumo sem comprometer os resultados.

Por meio do método test & learn, ajudamos as organizações a transformar cada iniciativa em conhecimento, construindo uma base sólida que acelera decisões futuras. Ao mesmo tempo, estruturamos mecanismos de governança que permitem acompanhar indicadores.

Para executivos que querem clareza e resultados, compreender os tipos de inovação é só o primeiro passo. O próximo e mais transformador é contar com a FCamara para convertê-los em vantagem de mercado. Que tal saber mais?

Fale agora com nossos especialistas em Inovação!

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