Sobre o que estamos falando? O Open Banking inaugura um novo ecossistema de soluções para…
Pix e Open Finance: como os sistemas se relacionam?
O Pix e o Open Finance, duas inovações no setor financeiro, estão se tornando temas familiares. Enquanto os pagamentos instantâneos, como o Pix, já consolidaram sua presença no mercado, o Open Finance, embora tenha conquistado mais visibilidade, ainda pode ser um conceito desafiador para muitas pessoas.
Essas inovações agora estão se integrando ao cenário financeiro, gerando interesse e, ao mesmo tempo, algumas dúvidas sobre as diferenças entre elas.
Neste artigo, vamos explorar mais a fundo essas transformações e esclarecer qualquer confusão, para que todos possam aproveitar ao máximo as vantagens do Open Finance.
O que é o Pix?
Em primeiro lugar, o Pix é um sistema de pagamento instantâneo, criado pelo Banco Central do Brasil. Por meio dele, é possível realizar transferências e pagamentos em até 10 segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados. Isso significa que as empresas podem receber os valores das vendas de forma mais rápida, melhorando, assim, sua liquidez e capacidade de investimento.
Para utilizar o Pix, basta ter uma conta corrente ou poupança em qualquer instituição financeira participante. O cadastro é gratuito e simples para pessoas físicas, podendo ser feito pelo aplicativo do banco ou no internet banking.
No entanto, é recomendável que as empresas verifiquem as condições e políticas específicas de suas instituições financeiras, pois algumas podem oferecer pacotes de serviços que incluem funcionalidades adicionais do Pix ou serviços relacionados com custos associados.
Atualmente, o Pix se destaca como um dos meios de pagamento mais adotados pelos consumidores. De acordo com o Banco Central, pelo menos 155,8 milhões de brasileiros utilizam essa modalidade de pagamento. Já para pessoas jurídicas, contabilizam-se 650 milhões de cadastros.
Desde o início de suas operações até 31 de outubro de 2023, o Pix realizou 66,5 bilhões de transações, movimentando um volume financeiro de R$ 29,7 trilhões. Além disso, um recorde foi atingido em outubro, com o Pix registrando 168 milhões de transações em um único dia.
Portanto, as empresas que oferecem o Pix como uma opção de pagamento ampliam sua competitividade e conseguem atrair novos clientes. Dessa forma, o Pix emerge como um dos principais impulsionadores da inclusão financeira, caracterizando-se pela simplicidade de uso, segurança e pela facilitação de pagamentos entre diferentes instituições.
O que é Open Finance?
Antes de nos aprofundarmos sobre Open Finance, precisamos explicar seu antecessor: o Open Banking. O Open Banking surge a partir do conceito de que os dados do usuário são de sua propriedade, não das instituições financeiras. Esse modelo traz consigo regras e tecnologias que viabilizam o compartilhamento de dados e serviços entre as instituições por meio da integração de sistemas ou APIs.
Com o sucesso da implementação no Reino Unido em 2018, o conceito do Open Banking transcendeu fronteiras. Como resultado, inspirou outros países, incluindo os Estados Unidos e Canadá, a considerarem sua adoção. No Brasil, os usuários podem solicitar o compartilhamento de seus dados através dos aplicativos de suas instituições.
Com o tempo, o Open Banking evoluiu para o que agora é conhecido como Open Finance. Essa evolução ampliou o escopo das operações e proporcionou inúmeros benefícios para as empresas. Primeiramente, as empresas expandiram a oferta de serviços financeiros, indo além das simples transações bancárias. Agora, elas podem integrar e utilizar serviços como investimentos, seguros e gestão de patrimônio.
O Open Finance também simplifica e agiliza as transações financeiras, permitindo que as empresas realizem pagamentos, transferências e outras operações. A interoperabilidade entre instituições financeiras promove uma fluidez nas transações, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência financeira.
Com a diversidade de dados disponíveis por meio do Open Finance, as organizações podem personalizar seus serviços e produtos de acordo com as necessidades dos clientes. Além disso, a abertura para a inovação permite que as empresas desenvolvam soluções financeiras personalizadas, promovendo uma maior fidelização do cliente.
Além disso, o Open Finance assegura que os dados dos usuários pertencem a eles próprios. Portanto, é essencial ressaltar que a obtenção do consentimento dos clientes para o compartilhamento de informações é uma obrigação. Essa medida reforça a confiança do cliente e evidencia a responsabilidade das empresas em proteger a privacidade e a segurança dos dados.
Pix e Open Finance são a mesma coisa?
Compreendida a diferença entre as inovações, é possível perceber que Pix e Open Finance são dois sistemas diferentes. Enquanto um é um meio de pagamento, o outro estabelece um ecossistema para compartilhamento de dados e segurança.
Em ambos os casos, entretanto, há uma característica em comum: o Pix e Open Finance são duas tecnologias fundamentais para a evolução do sistema financeiro como um todo. Através desses dois sistemas, diversas tecnologias e negócios podem surgir e serem acelerados.
Por exemplo, o Pix está sendo um grande vetor no crescimento e facilitação dos pagamentos tanto nos ambientes físicos quanto digitais. Simultaneamente, com a evolução do Open Banking para o Open Finance, novos negócios estão surgindo, como as fintechs de pagamentos e crédito.
Ambas as inovações compartilham outro impacto: a democratização do sistema financeiro. Juntos, desempenham um papel fundamental na aceleração da inclusão digital e financeira da população brasileira.
Segundo dados do Instituto Locomotiva, 3% dos brasileiros com mais de 18 anos encontram-se desbancarizados, ou seja, não têm acesso a serviços essenciais, como conta corrente e cartões. Nesse sentido, os dois sistemas são importantes para contemplar e integrar esses usuários em um cenário econômico cada vez mais digital e inclusivo.
Iniciadores de pagamento: alavancando os benefícios de ambos os sistemas
Embora Pix e Open Finance sejam sistemas distintos em termos de forma e objetivos, há espaço para uma colaboração que beneficie os usuários e as empresas. Essa sinergia é possível através da atuação dos iniciadores de pagamento, solução faz parte da terceira fase do Open Banking e tem como foco minimizar as fricções na jornada de pagamento Pix.
Logo, é por meio desses agentes que o Pix pode ser integrado às vantagens proporcionadas pelo Open Finance, oferecendo uma experiência mais eficiente, seja para os usuários ou as organizações.
Os iniciadores de transações de pagamento (ITP) constituem um tipo de instituição de pagamentos, sujeitas à regulação do Banco Central, dedicadas a facilitar transações de compra e venda, bem como a movimentação de recursos. Os ITPs funcionam da seguinte forma: eles solicitam à instituição financeira do pagador a liquidação de um pagamento Pix, com base nas informações fornecidas pelo usuário.
Isso permite que as empresas realizem pagamentos de forma mais eficiente, podendo, por exemplo, efetuar transferências para fornecedores diretamente de seus aplicativos internos, agilizando processos financeiros. Além disso, essa integração possibilita um controle mais preciso sobre as transações, proporcionando às empresas uma visão mais detalhada e em tempo real de suas operações financeiras.
Vale destacar que o ITP não participa da liquidação financeira e não possui a conta financeira do pagador, além de não ter autorização para conceder empréstimos e financiamentos. Portanto, essa interação entre Pix e Open Finance, mediada pelos iniciadores de pagamento, ajuda a facilitar as transações e oferecer uma solução integrada e segura para os usuários e as empresas.
5 benefícios da integração do Pix e Open Finance para as empresas
As mais recentes transformações do cenário financeiro abrem portas para oportunidades inovadoras voltadas às empresas. A seguir, destacamos cinco benefícios da integração entre o Pix e o Open Finance para as corporações.
1. Fluxo de caixa otimizado
A integração do Pix e Open Finance, por meio dos iniciadores de pagamento, contribui para a otimização do fluxo de caixa. Assim, as empresas conseguem realizar o pagamento imediato a fornecedores e, como resultado, fortalecer as relações comerciais.
2. Controle financeiro preciso
A combinação dessas tecnologias proporciona às empresas um controle mais preciso sobre suas transações. Os iniciadores de pagamento, ao facilitarem operações, oferecem uma visão detalhada das atividades financeiras. Esse controle permite uma análise mais profunda das despesas e receitas, capacitando as organizações a tomarem decisões financeiras mais informadas.
3. Eficiência operacional aprimorada
A capacidade de realizar transações diretamente por meio de iniciadores de pagamento reduz a dependência de processos intermediários. Isso agiliza as operações e diminui a probabilidade de erros e atrasos. Dessa forma, a eficiência operacional aprimorada resulta em ciclos mais rápidos de compra e venda, impulsionando a produtividade e a satisfação do cliente.
4. Maior segurança nas transações
A integração do Pix e Open Finance respeita padrões de segurança, garantindo transações confiáveis e protegidas. Assim, as empresas podem conduzir operações financeiras com a tranquilidade de saber que suas transações são seguras, promovendo a confiança tanto entre as partes envolvidas quanto junto aos clientes.
5. Inovação e adaptação
A dinâmica interação entre essas tecnologias estimula um ambiente propício para a inovação. Logo, empresas que adotam o Pix e Open Finance estão mais adaptadas às transformações digitais, estando melhor posicionadas para explorar novas oportunidades de negócios e se destacar em mercados competitivos.
Desafios e oportunidades de implementação em um futuro digitalizado
Em síntese, com o Pix se consolidando como um meio de pagamento ágil e amplamente adotado, vislumbramos um horizonte promissor para a integração do Open Finance.
As oportunidades para transformações tecnológicas e inovações no setor financeiro são evidentes, impulsionadas pela digitalização da população. No entanto, para que essa revolução seja plenamente aproveitada, é essencial superar desafios, sobretudo no que diz respeito à educação sobre as diferenças entre Pix e Open Finance.
Dessa forma, a colaboração entre essas tecnologias simplifica transações financeiras e também molda um futuro mais inclusivo e eficiente para empresas e consumidores, promovendo a evolução contínua do ecossistema financeiro no Brasil.
Para as empresas que querem aumentar a eficiência operacional, a FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação, tem uma solução de iniciação de pagamentos. A abordagem, que está sendo implementada em diversos e-commerces, tem como objetivo agilizar o processo de pagamento e tornar a experiência dos usuários mais fluida.
Um dos grandes diferenciais é que o pagamento pode ser feito em menos tempo do que o método tradicional. Logo, em períodos de alta demanda, como o Dia das Mães e a Black Friday, os varejistas devem conseguir aumentar as vendas. Se você tem uma empresa e deseja saber mais sobre o assunto, fale com um especialista clicando aqui.
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