A pressão por eficiência, segurança e escalabilidade levou a nuvem ao centro das decisões de…

Consultoria AWS: os riscos de migrar errado para a nuvem e as vantagens de contar com apoio especializado
Uma empresa decide migrar seus sistemas para a nuvem imaginando que mover os servidores será suficiente para reduzir custos e ganhar eficiência. Meses depois, a conta da AWS (Amazon Web Services), a plataforma de computação em nuvem mais adotada do mundo, estoura 40% do previsto, a performance oscila e os times gastam mais tempo apagando incêndios do que evoluindo o produto. Permissões fragmentadas, instâncias mal dimensionadas e integrações improvisadas começam a travar entregas.
Esse cenário não é novidade para muitos CIOs, CTOs ou CISOs. Afinal, ele se repete em empresas de todos os portes, e pelos mesmos motivos: encantamento com o potencial da nuvem, pouca estrutura para operá-la e decisões de arquitetura desconectadas de custos.
O Boston Consulting Group (BCG) estima que cerca de 30% do gasto em cloud é desperdiçado por uso ineficiente. E quando a nuvem já consome algo em torno de 17% do orçamento de TI, esse descontrole vira assunto de board.
A migração para AWS já não pode ser tratada como uma decisão restrita ao time técnico. Cada etapa desse movimento pressiona o modelo operacional, impacta o orçamento, altera práticas de segurança e muda o ritmo de entrega. Sem alinhamento entre arquitetura, governança e finanças, a elasticidade que deveria impulsionar o negócio acaba criando imprevisibilidade. E imprevisibilidade, nesse contexto, vira obstáculo para ganhar escala.
É nesse cenário que uma consultoria especializada em AWS se torna relevante. Não como executora de tarefas ou configuradora de recursos, mas, como uma parceira capaz de traduzir a estratégia da empresa em arquitetura prática, amarrar cada decisão ao impacto financeiro, definir regras de consumo, organizar a governança e trazer previsibilidade para a operação em cloud.
Neste artigo, você vai entender como estruturar essa jornada de forma sólida, cobrindo FinOps, governança, segurança, modernização, landing zone e os pilares que tornam o uso da AWS previsível, escalável e estrategicamente alinhado ao negócio.
Boa leitura!
A armadilha da migração rápida na computação em nuvem
Migrar para a nuvem tornou-se parte do roteiro de modernização de praticamente toda grande empresa. Afinal, nenhum líder quer manter sua operação presa a sistemas legados ou a ciclos lentos de atualização. Porém, quando a transição ocorre sem uma definição clara de arquitetura, segurança e monitoramento, o custo (financeiro e operacional) aparece rápido.
Um exemplo disso é o da Capital One, um dos maiores bancos e empresas de serviços financeiros dos Estados Unidos (e pioneira no uso de AWS em larga escala). Em 2019, a organização sofreu uma violação que expôs dados de mais de 100 milhões de clientes, em um dos maiores incidentes de segurança em cloud da história recente. O caso não foi apenas uma falha técnica: expôs os riscos de operar em nuvem sem governança madura e sem uma arquitetura capaz de blindar o ambiente contra configurações incorretas.
Relatórios do IDC (International Data Corporation) reforçam esse alerta ao mostrar que nove em cada dez organizações reconhecem desperdiçar ou subutilizar parte de seus investimentos em nuvem. Apenas 4% dizem ter controle efetivo sobre os gastos, e mais da metade admite perdas superiores a 15% do orçamento, um sinal de lacunas de planejamento e governança.
A questão, portanto, não está na tecnologia, mas na forma como ela é implementada e gerida. Quando a migração ocorre sem uma estratégia bem estabelecida, os sintomas se repetem: aumento de custos, maior complexidade operacional e perda de visibilidade sobre o que está sendo rodado. E é exatamente esse conjunto que transforma a promessa de eficiência em um ambiente difícil de administrar.
O papel estratégico da consultoria em AWS Cloud
Operar na AWS envolve muito mais do que criar instâncias ou ativar serviços. À medida que o ambiente cresce, decisões isoladas de arquitetura, segurança e custos começam a se acumular e, quando não há uma lógica que una tudo isso, a nuvem deixa de ser aceleradora e passa a gerar imprevisibilidade. É nesse ponto que a consultoria AWS entra em cena para ajudar a criar coerência, padronizar decisões e transformar o uso da AWS em um sistema governado, eficiente e alinhado ao negócio.
Na prática, esse tipo de suporte agrega valor quando:
- Desenha a base arquitetural que orienta todas as decisões futuras, evitando improvisos e retrabalho.
- Estabelece práticas de governança, definindo limites, padrões e processos que mantêm o ambiente sob controle.
- Cria modelos financeiros sustentáveis (FinOps), conectando decisões técnicas ao impacto no orçamento e trazendo previsibilidade de consumo.
- Garante segurança integrada, com políticas, controles e monitoramentos alinhados à realidade da empresa e às exigências do setor.
- Moderniza aplicações e workloads, aproveitando os serviços nativos da AWS para reduzir complexidade e acelerar entregas.
- Implementa mecanismos de observabilidade, que permitem enxergar comportamento, custo e performance em tempo real.
- Suporta a evolução contínua, revisando arquitetura, ajustando consumo e acompanhando o crescimento da operação.
O resultado é uma operação de nuvem consistente e governada, na qual tecnologia, custos e segurança caminham na mesma direção.
Leia também: O que é transformação digital e quais seus impactos para os negócios.
Como transformar o uso da Amazon Web Services em vantagem competitiva
Transformar o uso da Amazon Services em força competitiva não acontece com mais instâncias, mais automações ou mais ferramentas, e sim com decisões estruturais que evitam desperdício, gargalos e risco operacional.
Quando uma consultoria AWS assume o protagonismo, ela atua onde realmente dói para quem lidera a tecnologia. A seguir, separamos cinco frentes onde esse impacto pode aparecer:
1. Diagnóstico e planejamento
Antes de mover qualquer workload, é preciso entender o que está por trás da infraestrutura atual: dependências antigas, integrações frágeis, bancos legados, workloads que não escalam e custos distribuídos entre múltiplos times.
Uma consultoria realiza um assessment que não olha apenas para o ambiente técnico, mas também para “como a empresa opera hoje”, onde existem gargalos, onde a nuvem realmente traria ganho e onde pode gerar risco.
É nesse estágio que muitos erros comuns são evitados, como:
- Migrar aplicações monolíticas sem refatoração mínima;
- Mover tudo “as is” e depois descobrir que o custo quadruplicou;
- Criar múltiplas contas sem estratégia de segregação ou governança;
- Não prever o impacto financeiro de workloads elásticos.
Como consequência, chega-se a um roadmap baseado no que a empresa pode fazer agora e no que ela consegue sustentar no médio prazo.
2. Arquitetura e migração sob medida
Quando se fala em AWS Well-Architected Framework, não há um modelo único que sirva para todas as empresas. Organizações em expansão precisam de automação e resiliência para sustentar o crescimento. Operações submetidas a requisitos regulatórios demandam rastreabilidade e controles rígidos. Já ambientes baseados em sistemas legados exigem uma modernização gradual, que preserve a continuidade enquanto avança para a nuvem.
A consultoria AWS projeta a arquitetura considerando:
- Maturidade da equipe;
- Ritmo de entrega;
- Modelo de negócio;
- Restrições do setor;
- Tolerância a risco.
Em vez de simplesmente migrar servidores, o trabalho envolve redesenhar o ecossistema digital para que cada componente opere de maneira previsível, do pipeline de CI/CD às bases de dados, da gestão de identidades às integrações que sustentam o funcionamento diário.
Essa abordagem evita que a nuvem se transforme em um conjunto de soluções dispersas, mantidas por times desconectados e sem uma visão unificada do ambiente. É a base que possibilita que o uso da AWS evolua de forma consistente.
3. Governança e controle de custos
Praticamente todo líder de TI já passou por situações em que o gasto na AWS sobe de forma inesperada depois de um deploy, um cluster permanece ativo além do necessário ou uma nova funcionalidade escala mais rápido do que o orçamento previsto. Esses episódios costumam ser atribuídos ao uso intenso da nuvem, mas a raiz do problema é outra: falta de governança.
Uma consultoria AWS trabalha para criar mecanismos de controle, como:
- Políticas automáticas de desligamento e rightsizing;
- Limites de consumo por time ou projeto;
- Alertas configurados por tipo de workload;
- Dashboards que mostram custo por feature, squad ou ambiente;
- Revisão periódica de reservas, savings plans e instâncias ociosas.
Esse modelo dá visibilidade para decisões. Os times param de discutir “quem estourou a conta” e passam a discorrer sobre “qual é o custo da entrega que queremos fazer”.
Para operações multicloud, essa camada é ainda mais crítica. Sem ela, cada ambiente segue uma lógica própria e a TI perde previsibilidade financeira.
Segurança e compliance
Nenhuma liderança precisa ser convencida de que segurança é prioridade, mas todas sabem o desafio de manter controles consistentes em um ambiente que muda todos os dias.
A consultoria AWS atua criando uma camada de segurança que acompanha a evolução do ambiente:
- Policies padronizadas de acesso (IAM);
- Automação de detecção de desvios;
- Criptografia ponta a ponta;
- Segmentação adequada de redes;
- Rastreabilidade completa para auditorias;
- Adequação à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), ISO 27001 (referência internacional para a gestão da segurança da informação), PCI-DSS (Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento), HIPAA (Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde) e exigências setoriais.
No ambiente AWS, segurança implica em assegurar a continuidade operacional frente a ataques, falhas humanas ou configurações incorretas.
Otimização contínua da cloud AWS
A nuvem não termina quando os workloads entram em produção, muito pelo contrário: ela exige revisão constante. Afinal, é justamente essa otimização contínua que ajuda a tornar dados operacionais em decisões que reduzem custo, melhoram a performance e aumentam a velocidade de entrega.
Na prática, estamos falando de ações, como:
- Monitorar e agir sobre sinais reais: analisar custo por feature, latência por serviço e padrões de uso para priorizar intervenções (ex.: identificar instâncias ociosas, cargas que podem migrar para instâncias spot ou workloads que precisam de cache).
- Rightsizing e automação de ciclo de vida: aplicar regras automáticas de desligamento, autoscaling (dimensionamento automático) bem calibrado e políticas de tiering para dados (arquivos quentes x frios) para evitar desperdício sem comprometer SLAs.
- Otimização de arquitetura: migrar componentes críticos para serviços gerenciados quando isso reduzir complexidade operacional e custo total de propriedade; revisar padrões de integração para eliminar chamadas sincrônicas desnecessárias.
- FinOps operacionalizado: implementar rotinas mensais de revisão de reservas, savings plans e otimização de storage, com dashboards que mostrem impacto por squad ou produto, não apenas por conta AWS.
- Melhoria contínua orientada a dados: rodar experiments (por exemplo, testes A/B de configurações), revisar pós-mortems (análise pós-incidente) e incorporar lições no pipeline de entrega para evitar regressões.
Como a FCamara ajuda empresas a acelerar na AWS
Para quem está à frente da área de tecnologia, a migração para a nuvem costuma marcar apenas o início do trabalho. O que vem depois é, de fato, o que determina se a AWS será um motor de crescimento ou uma fonte constante de surpresas. Custos que oscilam sem explicação, serviços que se multiplicam sem padrão e times pressionados a entregar mais rápido enquanto lidam com uma operação cada vez mais complexa fazem parte da rotina de muitas empresas.
É nesse ponto que o ecossistema de tecnologia e inovação da FCamara atua como parceira oficial da Amazon Web Services (AWS). O foco não está apenas na construção técnica, mas na capacidade de transformar necessidades do negócio em arquitetura funcional, segura e sustentável. O trabalho combina engenharia, dados e governança para que cada ajuste no ambiente tenha impacto em eficiência, disponibilidade e velocidade.
O case do Grupo Elfa mostra o que acontece quando essa lógica é aplicada de ponta a ponta. A distribuidora precisava lidar com mais de 800 mil pedidos de cotação por mês, um volume difícil de sustentar manualmente. Em conjunto com a AWS, a FCamara desenvolveu o CotAI, solução de IA generativa que automatiza o processamento dessas cotações. O resultado foi direto: 99% de acurácia, ganho expressivo de velocidade e mais de R$ 100 milhões em novas vendas em oito meses. Uma mudança que não dependeu apenas de tecnologia, mas de alinhamento entre estratégia, arquitetura e operação.
No dia a dia, esse é o tipo de valor que a FCamara busca gerar: ambientes AWS que crescem sem perder controle, decisões de arquitetura que evitam retrabalho, governança que traz previsibilidade e uso de dados que orienta tanto ajustes técnicos quanto decisões de negócio. Não se trata de “rodar na nuvem”, mas de usar a nuvem de maneira madura, conectada às metas da organização.
E aí, pronto para dar o próximo passo no seu negócio? Converse com um especialista da FCamara e entenda como aplicar essa abordagem no seu ambiente.


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