Sua empresa ainda depende de planilhas manuais, anotações em papel ou processos que travam toda…
O que são squads? Entenda como funcionam e as vantagens de adotar esse modelo
Na era da transformação digital, onde a inovação não pode esperar, empresas de todos os portes têm buscado formas mais ágeis e colaborativas de atuar.
Nesse contexto, o modelo de trabalho em squads tem ganhado protagonismo, unindo times multidisciplinares, foco em objetivos estratégicos e autonomia para entregar com mais velocidade e qualidade.
Mas o que realmente são as squads? Como elas funcionam na prática? E por que essa metodologia tem sido adotada por organizações que querem escalar com eficiência?
Ao longo deste conteúdo, você vai entender tudo isso — e descobrir como essa estrutura pode mudar o jogo e a forma como sua empresa entrega valor.
Boa leitura!
O que é Squad? (E o que não é)
Uma squad é muito mais do que um grupo de profissionais reunidos para desenvolver um projeto.
Trata-se de uma equipe multidisciplinar, autônoma e orientada a objetivos claros, que atua com agilidade e foco em entregar valor contínuo ao negócio.
Em vez de depender de comandos externos para cada decisão, uma squad tem liberdade e responsabilidade para tomar decisões táticas no dia a dia, o que acelera a entrega e aumenta a qualidade das soluções.
Cada squad costuma ser composta por profissionais com diferentes especialidades — como desenvolvedores, designers, analistas de dados, POs, entre outros — colaborando de forma integrada em torno de um mesmo propósito. Essa configuração permite que o time pense não apenas na execução técnica, mas também na estratégia do produto, na experiência do usuário e nos resultados do negócio.
E o que não é uma squad?
- Não é apenas um grupo de pessoas alocadas
Uma squad não se resume a profissionais reunidos sem alinhamento estratégico ou visão de produto. - Não é uma fábrica de software
Squads não trabalham apenas com escopos fechados e entregas operacionais. Elas têm autonomia e foco em gerar valor contínuo. - Não é uma equipe sem direção
Apesar de autônoma, uma squad atua com governança, metas claras e conexão com os objetivos do negócio. - Não é uma estrutura isolada
Squads devem estar integradas ao ecossistema da empresa, colaborando com outras áreas e alinhadas às estratégias da organização.
Spotify e a origem do conceito de squads
O modelo de squads ganhou notoriedade a partir de uma experiência real e bem-sucedida: o Spotify.
Em 2008, quando o serviço de streaming foi lançado, a empresa adotou o framework Scrum para organizar suas equipes — prática comum em ambientes ágeis.
No entanto, com o rápido crescimento da organização, o Spotify percebeu que o Scrum, por si só, já não atendia plenamente às demandas de escala, autonomia e velocidade que o negócio exigia.
Foi então que surgiu um movimento ousado: tornar as regras da metodologia scrum opcionais e valorizar a agilidade acima da rigidez do framework. Nessa transição, as equipes passaram a ser chamadas de squads — pequenos times multidisciplinares, autônomos e orientados por objetivos claros de negócio.
O papel de Scrum Master deu lugar aos Agile Coaches, e o modelo organizacional do Spotify tornou-se referência mundial em trabalho ágil e escalável.
Esse formato passou a inspirar empresas no mundo todo, interessadas em replicar sua eficiência, autonomia e foco em entregas de valor.
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Diferenças entre squad e time comum
Embora ambos sejam formados por profissionais trabalhando em conjunto, squads e times tradicionais possuem diferenças significativas na forma como se organizam, tomam decisões e entregam valor ao negócio.
Enquanto os times comuns tendem a seguir estruturas mais hierárquicas e processos lineares, squads adotam um modelo mais dinâmico, multidisciplinar e orientado a objetivos estratégicos.
A tabela abaixo resume as principais diferenças:
Formato | Time comum | Squad |
Composição | Profissionais de uma mesma área ou especialidade | Equipe multidisciplinar com perfis de tecnologia, produto, design, dados etc. |
Autonomia | Baixa – as decisões geralmente dependem de líderes ou gestão superior | Alta – a squad tem autonomia para decidir como alcançar os objetivos |
Foco | Execução de tarefas e entregas pontuais | Solução de problemas e geração de valor com foco em produto e negócio |
Gestão | Centralizada, com forte presença de chefias | Distribuída, com liderança horizontal e facilitadores, como Product Owner e Agile Coach |
Forma de trabalho | Hierárquica e sequencial | Ágil, com ciclos curtos de entrega, iteração e feedback contínuo |
Medição de sucesso | Volume de entregas ou cumprimento de prazos | Resultados estratégicos como satisfação do cliente, impacto no negócio e aprendizado rápido |
Adaptação a mudanças | Limitada, com dependência de aprovações formais | Alta, com capacidade de ajustar rota com agilidade |
Como uma squad funciona na prática?
Uma squad funciona como uma miniempresa dentro da empresa, com autonomia para tomar decisões, colaborar entre áreas e entregar valor de forma contínua.
Na prática, trata-se de uma equipe multidisciplinar — formada por profissionais de tecnologia, produto, design, dados, entre outros —, que trabalha de forma integrada em torno de um objetivo claro e mensurável, como desenvolver um novo produto, melhorar a experiência do usuário ou escalar uma solução já existente.
Cada squad é, geralmente, composta por:
- Product owner (PO): responsável por definir as prioridades e garantir que o time esteja focado nas necessidades do negócio.
- Tech lead / Desenvolvedores: lideram e executam a implementação técnica das soluções.
- UX/UI designer: traz a perspectiva do usuário e desenha experiências centradas no cliente.
- Analistas de dados / QA / DevOps: apoiam com testes, métricas, automação e performance.
- Engenheiro de dados: opera na definição e validação dos ambientes, segurança, deploys e teste do piloto.
Arquiteto tech: faz a ponte entre produto, negócios e tecnologia, conduzindo o alinhamento com os times e validando soluções.
Delivery manager: atua como ponto central para comunicação, liderança estratégica e execução eficiente.
Essas equipes trabalham com metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban, operando em ciclos curtos (sprints) com reuniões regulares de planejamento, revisão e retrospectiva. A cada ciclo, o time entrega algo tangível, aprende com os feedbacks e ajusta a rota rapidamente se necessário.
A grande vantagem é que, por terem autonomia e propósito bem definidos, as squads conseguem acelerar entregas, inovar com mais liberdade e responder rapidamente às mudanças do mercado — sem os gargalos e travas comuns em estruturas tradicionais.
Na prática, isso significa menos burocracia, mais alinhamento entre áreas e maior velocidade na geração de valor para o cliente e para o negócio.
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Como as squads revolucionaram a gestão de projetos?
Por muito tempo, a gestão de projetos seguiu uma lógica linear, rígida e altamente hierarquizada — marcada por etapas sequenciais, escopo fechado e entregas que demoravam meses (ou até anos) para sair do papel.
Com a chegada das squads, no entanto, esse cenário mudou completamente. Inspirado em metodologias ágeis, o modelo de squads trouxe uma nova forma de pensar e conduzir projetos: mais dinâmica, colaborativa, adaptável e centrada no valor entregue ao negócio.
Em vez de grandes times operando em silos, passaram a surgir as pequenas equipes multidisciplinares com autonomia para decidir, criar e evoluir seus próprios produtos ou funcionalidades.
Essa revolução acontece em três eixos principais:
- Velocidade e adaptabilidade: squads operam em ciclos curtos e iterativos, o que permite entregar valor continuamente, testar hipóteses mais rápido e se adaptar às mudanças do mercado ou da estratégia.
- Colaboração entre áreas: ao reunir profissionais de diferentes especialidades em um mesmo time, as decisões são mais rápidas e as soluções, mais completas.
- Foco no resultado, não apenas no escopo: o sucesso do projeto deixa de ser medido apenas por entregas no prazo. Passa a ser avaliado com base em métricas de negócio, experiência do usuário e impacto real gerado.
De forma geral, as squads transformaram a gestão de projetos em uma prática mais viva, orientada por propósito e alinhada às demandas da era digital — onde vencer o tempo e responder rapidamente ao cliente é essencial para manter a competitividade.
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7 vantagens das squads para a escalabilidade da inovação tecnológica
Conforme falamos, o modelo de squads se destaca como uma solução eficaz para escalar inovação e tecnologia com inteligência e consistência.
A seguir, destacamos 7 vantagens que fazem dessa abordagem um diferencial competitivo real.
- Autonomia com responsabilidade
- Foco em objetivos estratégicos
- Agilidade na entrega de valor
- Redução de silos organizacionais
- Cultura de experimentação
- Escalabilidade modular
- Retenção de conhecimento e melhoria contínua
1. Autonomia com responsabilidade
Squads operam com autonomia para tomar decisões rápidas, mas dentro de uma governança clara, o que agiliza processos sem comprometer a qualidade.
2. Foco em objetivos estratégicos
Cada squad é orientada por metas específicas ligadas ao negócio, o que garante entregas alinhadas com a visão de longo prazo da empresa.
3. Agilidade na entrega de valor
Ao trabalhar com ciclos curtos e iterativos, squads aceleram a entrega de funcionalidades e produtos com valor validado para o usuário.
4. Redução de silos organizacionais
O modelo promove colaboração entre áreas como tecnologia, produto, design e dados, diminuindo ruídos de comunicação e retrabalho.
5. Cultura de experimentação
Squads operam com mindset ágil e orientado a testes, promovendo uma cultura de inovação que estimula o desenvolvimento ágil de soluções criativas e a adaptação rápida frente a mudanças.
6. Escalabilidade modular
Como funcionam de forma independente, as squads permitem escalar a inovação nas empresas por módulos, sem comprometer ou travar toda a operação.
7. Retenção de conhecimento e melhoria contínua
A convivência contínua dos membros e a autonomia no processo promovem aprendizado constante, com ciclos de feedback e evolução técnica.
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8 elementos que fomentam uma squad de alta performance
Squads de alta performance não surgem por acaso: elas são resultado de um conjunto de fatores bem estruturados que vão desde a composição do time até a cultura organizacional que o sustenta.
Mas para que elas entreguem com excelência, inovação e consistência, é fundamental que alguns elementos-chave estejam presentes e bem integrados. A seguir, destacamos os principais:
1. Objetivos claros e alinhamento com o negócio
Squads de alta performance operam com metas bem definidas e conectadas diretamente aos objetivos estratégicos da empresa. Essa clareza de propósito orienta decisões, prioriza esforços e garante foco em resultados que geram valor real.
2. Composição multidisciplinar
Uma squad eficaz reúne profissionais de diferentes áreas – como desenvolvimento, design, produto, dados e QA – que colaboram de forma complementar. Essa diversidade de competências acelera a entrega de soluções mais completas e inovadoras.
3. Autonomia com responsabilidade
Autonomia operacional é um pilar essencial, mas ela deve vir acompanhada de responsabilidade sobre resultados. Squads de alta performance têm liberdade para testar, errar, aprender e ajustar, mas dentro de uma estrutura de governança e acompanhamento contínuo.
4. Cultura de colaboração e confiança
A base da performance está na qualidade das relações. Squads que operam com transparência, comunicação fluida e confiança mútua tendem a resolver conflitos com rapidez e manter o foco no que importa: a entrega de valor.
5. Liderança técnica e estratégica forte
Tech Leads, TDMs (Technical Development Manager) e POs experientes exercem papel fundamental, atuando como ponte entre tecnologia, produto e negócio. Eles garantem fluidez, clareza de direção e ajudam a remover obstáculos operacionais e estratégicos.
6. Uso inteligente de dados e indicadores
Squads de alta performance trabalham com métricas de desempenho, dashboards e insights baseados em dados. Isso permite monitoramento em tempo real, tomada de decisão ágil e melhoria contínua do processo.
7. Mentalidade ágil e foco na experimentação
Mais do que seguir um framework, as squads aplicam os princípios ágeis no dia a dia: adaptação, entregas iterativas, foco no cliente e aprendizado constante. Essa abordagem estimula a inovação organizacional com baixo risco.
8. Infraestrutura e ferramentas adequadas
Tecnologia, automação, integração com IA e ferramentas colaborativas garantem eficiência operacional e otimização de tempo para o time se concentrar no que realmente importa: criar soluções de impacto.
Dica de leitura: Sistemas automatizados e auto escaláveis com o DevOps e DevSecOps
Na prática: como a FCamara constrói o futuro da sua Digital Value Creation
Na FCamara, Digital Value Creation, ou Criação de Valor Digital, não é apenas um conceito; é uma diretriz estratégica que orienta como ajudamos nossos clientes a transformar tecnologia em resultado real para o negócio.
Combinamos inovação, inteligência operacional e eficiência para acelerar entregas digitais e gerar valor contínuo. Na prática, isso acontece por meio de squads gerenciadas, estruturadas com governança baseada em dados, liderança técnica de alta performance, uso estratégico de IA e uma arquitetura robusta e escalável.
Essa combinação de capacidades — alinhando visão de produto, tecnologia e negócio — permite construir jornadas digitais mais ágeis, escaláveis e orientadas ao impacto.
O futuro da sua Digital Value Creation começa com decisões inteligentes, governança sólida e um parceiro pronto para entregar valor desde o primeiro dia.
Fale agora mesmo com um especialista em Squad Gerenciada da FCamara e saiba como podemos acelerar seus resultados.
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