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FinOps: o que é, benefícios, princípios e quem pode utilizá-lo
Sobre o que estamos falando?
- FinOps é essencial para empresas de todos os tamanhos que utilizam serviços de computação em nuvem;
- O FinOps é estruturado em três fases que guiam a gestão eficiente de custos na nuvem;
- A prática de FinOps não se limita a ferramentas e processos; ela também depende de pessoas.
Com o avanço da tecnologia e a adoção massiva da computação em nuvem, as organizações estão, portanto, descobrindo novos desafios relacionados à gestão de custos e recursos.
Além disso, a transição para a nuvem trouxe flexibilidade e escalabilidade. No entanto, essa mudança também exige um novo nível de responsabilidade financeira e estratégica.
É nesse cenário que entra o FinOps, uma metodologia que une equipes para melhorar a gestão de custos na nuvem de forma colaborativa e eficiente.
Neste artigo, você descobrirá o conceito do FinOps, entenderá sua importância, saberá quem pode se beneficiar dessa prática e encontrará outros insights.
O que é Cloud FinOps?
Financial Operations (FinOps), ou Operações Financeiras na Nuvem, é uma prática colaborativa que combina as áreas de finanças, tecnologia e negócios para otimizar o uso de recursos em ambientes de nuvem.
Mais do que uma simples ferramenta de controle de custos, o FinOps é uma filosofia que promove transparência, responsabilidade e governança no consumo da nuvem.
Ele baseia-se em três pilares principais:
- Informação e análise: coleta dados em tempo real sobre o consumo da nuvem para tomada de decisões baseadas em dados;
- Otimização contínua: identifica oportunidades de redução de custos, como instâncias reservadas, escalabilidade automática e políticas de desligamento.
- Colaboração interdepartamental: envolve todos os stakeholders – equipes de TI, finanças e negócios – para alinhar estratégias de uso da nuvem aos objetivos organizacionais.
Por que FinOps é importante?
Com o aumento exponencial dos investimentos em computação em nuvem, muitas empresas estão descobrindo que a flexibilidade e escalabilidade oferecidas por esses serviços trazem também desafios em termos de previsibilidade e controle de custos.
Os modelos tradicionais de gestão financeira não foram projetados para lidar com a natureza dinâmica e sob demanda da nuvem, o que frequentemente resulta em desperdícios, orçamentos ultrapassados e falta de alinhamento estratégico.
Logo, sem um gerenciamento assertivo, os gastos com nuvem podem rapidamente sair de controle e impactar o equilíbrio financeiro da organização.
Instâncias ociosas, dimensionamento inadequado de recursos e falta de visibilidade são apenas alguns exemplos de como a ausência de uma abordagem estruturada pode gerar desperdícios.
Além disso, sem práticas adequadas, é comum que as organizações enfrentem dificuldades para alinhar os investimentos em tecnologia às prioridades do negócio, comprometendo tanto a eficiência operacional quanto a competitividade no mercado.
É aqui que o FinOps se torna indispensável. Essa prática vai além de um simples controle financeiro. Ao implementar FinOps, as empresas conseguem integrar equipes de TI, finanças e negócios para assegurar que cada decisão sobre a nuvem seja embasada em dados e contribua para os objetivos organizacionais.
Em resumo, o FinOps é importante porque proporciona controle, clareza e eficiência na gestão da nuvem. Dessa forma, o FinOps ajuda a superar desafios relacionados à nuvem e a impulsionar resultados que agregam valor às operações.
Quem deve utilizar FinOps?
Embora muitas vezes associado a grandes corporações, o FinOps é essencial para empresas de todos os tamanhos que utilizam serviços de computação em nuvem. Abaixo estão os principais perfis que podem se beneficiar:
1. Empresas que utilizam serviços de nuvem
Primeiramente, qualquer organização que usa provedores como AWS, Azure ou Google Cloud pode implementar FinOps para obter maior controle sobre os custos e otimizar os recursos.
Startups e scale-ups, por exemplo, frequentemente escalam suas operações na nuvem rapidamente, o que pode levar a custos descontrolados. O FinOps ajuda a manter os gastos alinhados ao crescimento.
2. Equipes de TI
Os profissionais de tecnologia são responsáveis pela configuração e uso da infraestrutura de nuvem. Com FinOps, eles ganham ferramentas para identificar ineficiências e propor melhorias.
3. Departamentos financeiros
A prática de FinOps facilita o trabalho dos profissionais de finanças e a previsão mais precisa de custos, bem como o alinhamento dos investimentos com os objetivos da empresa.
4. Liderança executiva
Gestores e diretores têm uma responsabilidade na implementação do FinOps, pois precisam assegurar que os gastos com tecnologia estejam alinhados às prioridades estratégicas do negócio.
Para alcançar esse objetivo, o FinOps disponibiliza métricas que viabilizem a avaliação do retorno sobre o investimento, permitindo uma tomada de decisão mais estratégica.
Além disso, os líderes organizacionais garantem que o uso da nuvem esteja contribuindo diretamente para a geração de valor. Dessa forma, a companhia pode otimizar seus resultados e se manter competitiva no mercado.
Conheça as 3 fases do FinOps
O FinOps é estruturado em três fases principais que, juntos, guiam a gestão eficiente de custos na nuvem: informar, otimizar e operar. Em primeiro lugar, essas etapas formam um ciclo contínuo que, além de promover transparência, também fomenta eficiência e sustentabilidade financeira.
1. Informar
A fase de informar é a base de todo o processo. Nessa etapa, o foco está na coleta e análise de dados sobre o consumo e os custos da nuvem.
Nesse sentido, o objetivo é fornecer informações detalhadas para que todos os envolvidos tenham visibilidade sobre os recursos utilizados. A alocação de custos também é uma parte importante dessa fase, pois garante que as despesas sejam atribuídas corretamente a projetos, departamentos ou produtos.
2. Otimizar
Com os dados em mãos, a fase de otimizar entra em cena. A princípio, essa etapa concentra-se em identificar oportunidades claras de redução de custos. Além disso, ela elimina desperdícios e ajusta recursos para garantir que estejam totalmente alinhados às necessidades reais da companhia.
Por exemplo, a otimização envolve ações práticas como dimensionar os recursos corretamente, adotar políticas automatizadas para desligar instâncias ociosas e, por fim, negociar contratos mais vantajosos com os provedores. Ou seja, o foco é diminuir gastos sem, no entanto, comprometer o desempenho ou a qualidade dos serviços.
3. Operar
Em seguida, a fase de operar assegura que a gestão de custos na nuvem seja contínua e sustentável. Nessa etapa, as práticas otimizadas são monitoradas regularmente para garantir sua eficácia ao longo do tempo.
O alinhamento entre equipes, como TI, finanças e negócios, é primordial para manter as estratégias em sincronia com os objetivos organizacionais. Essa fase também engloba a adoção de uma abordagem ágil para que a organização se adapte rapidamente a mudanças nos padrões de uso.
Quais são os princípios do FinOps?
O FinOps não se limita a uma metodologia ou ferramenta. Ele é fundamentado em princípios que orientam a prática e garantem sua eficácia na gestão de custos em nuvem.
Desse modo, esses princípios criam um alicerce para promover uma abordagem orientada por resultados. Entre os mais importantes estão a colaboração entre equipes, o monitoramento contínuo e a otimização baseada em dados.
Colaboração entre equipes
No modelo tradicional, as equipes de TI focam na entrega de soluções, enquanto as finanças lidam com orçamentos e relatórios. No FinOps, essas áreas trabalham juntas para compreender o impacto financeiro das decisões tecnológicas.
Como resultado, isso promove uma cultura de responsabilidade compartilhada e acelera a resolução de problemas, já que todos os stakeholders têm um papel ativo no gerenciamento de custos.
Monitoramento contínuo
Outro princípio do FinOps é o monitoramento contínuo. Em um ambiente de nuvem, onde os custos são variáveis e dependem do uso, é indispensável acompanhar as despesas em tempo real.
Isso possibilita identificar gargalos, oportunidades de economia e desvios orçamentários rapidamente. O monitoramento contínuo fornece uma visão atualizada sobre os recursos consumidos e como eles estão sendo utilizados.
Além disso, ajuda a detectar instâncias ociosas e outros fatores que contribuem para o desperdício. Essa prática garante que a organização mantenha o controle sobre os custos e evite surpresas no final do mês.
Otimização baseada em dados
No FinOps, decisões informadas são tomadas com base em dados confiáveis e detalhados. Esse princípio assegura que a gestão de custos seja fundamentada em fatos e não em suposições.
Portanto, ao analisar os padrões de uso e os relatórios financeiros, as empresas conseguem identificar as áreas de maior impacto e aplicar ajustes que gerem resultados reais.
Principais benefícios do FinOps
Atualmente, com o FinOps, as empresas podem equilibrar o crescimento tecnológico com a responsabilidade financeira, extraindo o máximo valor dos seus investimentos em nuvem.
Entre os principais benefícios dessa abordagem estão o controle de gastos, a otimização na alocação de recursos e a transparência financeira. Vamos explorar como esses ganhos se traduzem na prática.
1. Controle de gastos em nuvem
Um dos benefícios mais imediatos do FinOps é o controle rigoroso sobre os gastos em nuvem. Como os custos da nuvem são variáveis e muitas vezes difíceis de prever, o FinOps auxilia que as organizações monitorem, inclusive, os gastos e implementem ações corretivas de forma rápida.
Por exemplo, uma companhia que utiliza serviços de nuvem para hospedagem de aplicações pode perceber, por meio do FinOps, ociosidade nas instâncias de servidores.
Isso costuma ocorrer durante períodos de baixa demanda, como à noite ou nos finais de semana. Ao automatizar o desligamento dessas instâncias, é possível reduzir custos, sem impactar a operação.
Além disso, ao utilizar ferramentas de monitoramento como o AWS Cost Explorer ou o Azure Cost Management, as equipes conseguem acompanhar os gastos por projeto, departamento ou equipe.
Assim, podem ter maior precisão no planejamento financeiro e evitar surpresas desagradáveis no final do mês.
2. Melhor alocação de recursos
Muitas organizações acabam pagando por recursos superdimensionados ou subutilizados, sobretudo porque não têm visibilidade sobre o uso real.
Com o FinOps, as empresas conseguem ajustar o dimensionamento de recursos, sem desperdiçar dinheiro. Por exemplo, uma startup que precisa de grande capacidade computacional durante horários comerciais, mas pouca demanda fora desse período, pode usar práticas do FinOps para adotar soluções de escalabilidade automática.
Logo, os recursos aumentam ou diminuem conforme necessário, garantindo que a empresa pague apenas pelo que realmente usa. Essa melhor alocação não se limita a tecnologia; também beneficia outras áreas do negócio. Em suma, quando os recursos são utilizados de forma otimizada, a organização tem mais margem para investir em inovações, novos projetos ou expansão estratégica.
3. Maior transparência financeira
Outro benefício do FinOps é a transparência financeira que ele proporciona. Com dados claros e detalhados sobre o consumo e os custos da nuvem, as companhias conseguem justificar os gastos de maneira objetiva para stakeholders internos e externos.
Na prática, uma empresa que desenvolve produtos digitais pode usar o FinOps para detalhar os custos exatos de cada projeto, vinculando despesas diretamente aos resultados gerados.
Portanto, ao entender exatamente onde os recursos estão sendo consumidos e quais áreas oferecem maior retorno sobre o investimento, as organizações podem priorizar iniciativas que gerem mais valor para o negócio.
Boas práticas para implementar FinOps na sua empresa
Para garantir que os princípios do FinOps sejam bem aplicados e tragam resultados, é recomendável adotar algumas boas práticas. Entre elas, destacam-se a criação de indicadores financeiros, a educação e conscientização interna e a realização de revisões regulares de gastos.
Criação de indicadores financeiros
O primeiro passo deve ser estabelecer indicadores financeiros claros. Esses indicadores ajudam a medir o desempenho e fornecem informações para a tomada de decisões. Eles podem incluir métricas como:
- Custo por unidade de trabalho: quanto cada operação ou projeto custa para ser executado na nuvem;
- Utilização por recurso: percentual de uso das instâncias contratadas, ajudando a identificar subutilização;
- Orçamento versus gastos reais: comparação constante entre o orçamento planejado e os valores efetivamente consumidos.
Por exemplo, uma empresa que usa métricas como “custo por transação processada” pode identificar gargalos em suas operações e ajustar os recursos para aumentar a eficiência.
Além disso, esses indicadores facilitam a comunicação com stakeholders, demonstrando o impacto direto dos custos da nuvem nos resultados do negócio.
Educação e conscientização interna
A prática de FinOps não se limita a ferramentas e processos; ela também depende de pessoas. Por isso, educar e conscientizar os times sobre a importância do gerenciamento de custos na nuvem é uma etapa importante.
Em outras palavras, todos os colaboradores envolvidos precisam entender como suas decisões afetam os gastos da organização. Workshops, treinamentos e a criação de manuais de boas práticas são boas formas de promover essa conscientização.
Revisões regulares de gastos
Por fim, a revisão periódica dos gastos também deve ser prioridade. Isso porque por meio de análises frequentes, é possível identificar rapidamente desvios e oportunidades de economia.
Essas revisões devem ser realizadas com base em dados atualizados, utilizando ferramentas específicas para monitoramento de custos.
Uma empresa pode realizar reuniões mensais para revisar os relatórios de custos da nuvem, comparando o consumo real com o planejado. Além disso, revisões regulares ajudam a manter todos os envolvidos informados sobre a situação financeira.
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O diferencial está no controle detalhado dos custos da nuvem, com monitoramento em tempo real para identificar excessos e ajustar o consumo às reais necessidades do negócio. Essa abordagem reduz, inclusive, desperdícios e aumenta a eficiência, permitindo decisões ágeis e baseadas em dados.
Além disso, ajudamos a criar previsões financeiras precisas, baseadas no uso histórico e nas tendências de consumo. Como resultado, evitamos surpresas orçamentárias e tornamos o planejamento estratégico mais equilibrado.
Já com a automação de processos financeiros eliminamos tarefas manuais, reduzimos erros e liberamos sua equipe para focar em atividades de maior impacto.
Com uma visão centralizada e análises em tempo real fornecidas pela Apptio Cloudability, entregamos recomendações práticas para otimização contínua. Nossos profissionais certificados pela FinOps Foundation garantem uma gestão eficiente e resultados que colocam sua empresa no caminho da inovação.
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