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Inteligência artificial na saúde: vale a pena investir?
A inteligência artificial na saúde representa uma das transformações mais importantes na medicina contemporânea porque revoluciona não apenas o diagnóstico e tratamento de doenças, mas também a gestão e operacionalização dos serviços.
Segundo pesquisa da consultoria McKinsey, mais de 70% das organizações de saúde nos Estados Unidos, incluindo operadoras de saúde/planos de saúde, prestadores de serviço (hospitais e clínicas) e empresas de serviços e tecnologia em saúde, já testam ou implementam soluções baseadas em IA generativa (genAI), o que evidencia a velocidade e abrangência dessa adoção no setor.
Neste artigo, vamos explorar como a inteligência artificial está transformando a saúde, trazendo ganhos que vão desde o aumento da precisão diagnóstica até a redução de custos e a diminuição de erros médicos.
Panorama geral da inteligência artificial na área da saúde no Brasil
No Brasil, a adoção da inteligência artificial na saúde é uma realidade. A Associação Nacional de Hospitais Privados e Associação Brasileira de Startups de Saúde (Anahp) revelou em um estudo com 45 hospitais privados que 62,5% deles utilizavam a tecnologia.
Entre as aplicações mais comuns estavam chatbots de atendimento, reforço da segurança da informação, apoio à decisão clínica e análise avançada de imagens médicas. O levantamento mostrou ainda que mais da metade dessas instituições (51%) havia alcançado resultados práticos com a aplicação da IA.
Um estudo de 2025 da PwC reforça essa tendência, mostrando que mais de 58% dos executivos do setor de saúde no Brasil reconhecem ganhos de eficiência com o uso da IA generativa. Entre os benefícios relatados, 35% destacam aumento de receita, 32% apontam crescimento da lucratividade e 53% demonstram elevada confiança na integração da inteligência artificial aos processos centrais de suas organizações.

Exemplos do uso da inteligência artificial na saúde
Desde a telemedicina até procedimentos cirúrgicos assistidos por computador, a IA está abrindo novos caminhos para diagnósticos mais rápidos e tratamentos mais eficazes. Confira algumas das principais aplicações a seguir.
Potencialização da telemedicina
A telemedicina potencializada pela IA possibilita que médicos e pacientes se comuniquem em tempo real, usando plataformas de vídeo para consultas a distância. A IA também auxilia em triagens iniciais, ajudando a identificar casos urgentes.
Esse ganho de eficiência agiliza o acesso a médicos especialistas, independentemente da localização geográfica, e ainda reduz os custos associados às consultas presenciais.
Agendamento e confirmação de serviços de saúde
Sistemas de IA são utilizados para automatizar o agendamento e a confirmação de consultas e exames. Com isso, os profissionais de saúde podem se dedicar a funções mais estratégicas e os pacientes têm uma experiência mais fluida.
Cirurgias assistidas por robôs
Robôs inteligentes são cada vez mais utilizados em cirurgias para realizar movimentos extremamente precisos que ajudam os cirurgiões em procedimentos complexos.
Até 2023, o número de cirurgias assistidas por robôs no Brasil alcançou 88 mil procedimentos, representando um crescimento de 417% em relação aos cinco anos anteriores.
Vigilância epidemiológica na saúde pública
A inteligência artificial também tem grande potencial para otimizar sistemas de saúde e fortalecer a resposta a emergências sanitárias.
Por meio da análise avançada de dados, é possível detectar e prever surtos de doenças, permitindo que autoridades deem respostas mais rápidas para mitigar potenciais crises de saúde pública.
Leia também: Healthtechs e como a tecnologia influencia o setor da saúde.
Chatbots para atendimento clínico
A integração de Modelos de Linguagem de Grande Escala (Large Language Models – LLMs) na área da saúde, como o Generative Pre-trained Transformer (GPT), é um avanço que está redefinindo a gestão em saúde.
LLMs podem ser utilizados, por exemplo, para criar chatbots de IA que interagem com pacientes de maneira natural. Dessa forma, eles respondem perguntas e fornecem informações preliminares de saúde baseadas nos sintomas que os pacientes descrevem.
Apoio à tomada de decisão médica
A capacidade dos LLMs de analisar e sintetizar grandes quantidades de literatura médica e registros de pacientes permite que eles apoiem os profissionais de saúde na tomada de decisões.
Por exemplo, um LLM é capaz de revisar rapidamente as informações mais recentes sobre tratamentos e procedimentos, sugerindo opções baseadas nas condições específicas de um paciente e nos últimos avanços científicos.
Análise precisa de imagens
A IA consegue analisar mamografias e tomografias para detectar nódulos minúsculos ou padrões sutis que podem indicar a presença de câncer em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de tratamento bem-sucedido.
Alguns estudos indicam ainda que o uso da tecnologia ajuda a identificar câncer de mama com até cinco anos de antecedência.
Outro exemplo ocorre em oftalmologia. A inteligência artificial torna possível a análise de imagens da retina para identificar sinais precoces de retinopatia diabética ou degeneração macular, condições que, se não forem tratadas, tendem a levar à cegueira.
Monitoramento remoto
Dispositivos vestíveis (ou “wearables”) e sensores conectados à IA são capazes de monitorar continuamente sinais vitais, níveis de glicose ou padrões de sono de pacientes crônicos em casa. Se houver alguma alteração preocupante, o sistema gera um alerta para o médico, possibilitando uma intervenção rápida.
Essa possibilidade de coletar dados sobre o paciente remotamente evita hospitalizações desnecessárias e reduz desperdícios decorrentes de longas permanências no hospital.
Educação e treinamento médico
LLMs também são programados para simular cenários clínicos para treinamento médico, oferecer suporte na análise de casos do dia a dia e na tomada de decisões clínicas, além de ajudar na preparação para procedimentos.
Desenvolvimento de medicamentos
A IA pode simular e prever a interação de milhões de moléculas com alvos biológicos, identificando as mais promissoras em questão de dias. Isso economiza anos de pesquisa e investimentos financeiros.
Além disso, antes mesmo de um novo medicamento ir para testes em humanos, a inteligência artificial ajuda a prever potenciais efeitos colaterais e interações medicamentosas com base em sua estrutura molecular e dados de medicamentos já existentes. Isso torna os testes clínicos mais seguros e eficientes.
Tratamento sob medida
Para pacientes com câncer, a IA é treinada para analisar perfil genético do tumor, histórico e dados de tratamentos anteriores para sugerir quimioterapia ou outro tratamento mais eficaz, minimizando efeitos colaterais e aumentando a resposta ao tratamento.
A tecnologia também analisa dados de glicemia, dieta e atividade física de um paciente diabético para recomendar ajustes em sua medicação, insulina ou plano alimentar em tempo real, ajudando a manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.
Gestão de recursos de saúde
Algoritmos de inteligência artificial conseguem antecipar a demanda por leitos hospitalares com base em padrões históricos de internações e em eventos sazonais, permitindo que os hospitais gerenciem recursos de forma mais eficiente, reduzam o tempo de espera e evitem superlotação.
Além disso, a IA tem capacidade de prever a necessidade de suprimentos médicos, como medicamentos, luvas e seringas, otimizando estoques e minimizando desperdícios ou faltas de materiais essenciais.
Outra aplicação importante é na auditoria de contas médicas, onde a inteligência artificial identifica erros e inconsistências na faturação, contribuindo para maior precisão e economia nos processos administrativos.

Jogo rápido: 5 benefícios da IA na saúde
Como deu para perceber, a inteligência artificial vem se consolidando como um agente de inovação na área da saúde, gerando impactos para os negócios do setor.
A seguir, resumimos as principais vantagens que a tecnologia proporciona para o segmento.
1. Oferece diagnóstico mais preciso e precoce
O sistema é capaz de identificar e analisar doenças como câncer e doenças cardiovasculares, por exemplo, além de auxiliar em procedimentos médicos. Isso gera mais confiança para o paciente e faz com que o médico tome decisões com maior rapidez e segurança.
2. Agiliza o desenvolvimento de medicamentos
O desenvolvimento tradicional de medicamentos é um processo longo e custoso, levando em média de 8 a 12 anos e cerca de US$ 2,5 bilhões para trazer um novo fármaco ao mercado. Mas com a aplicação da inteligência artificial, esse cenário vem mudando. Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, a GenAI aumenta a eficiência em etapas críticas, especialmente na estruturação dos ensaios clínicos.
Enquanto os métodos tradicionais são manuais e sujeitos a erros que geram atrasos e custos extras, a IA utiliza dados não estruturados, evidências do mundo real e diretrizes regulatórias para criar projetos mais precisos, econômicos e ágeis.
3. Ajuda a personalizar os tratamentos
A IA possibilita a customização dos tratamentos de acordo com as características individuais de cada paciente, promovendo uma abordagem mais precisa e direcionada.
4. Torna a gestão hospitalar mais eficiente
A inteligência artificial pode otimizar processos internos, como o agendamento de consultas, a gestão de prontuários eletrônicos e o controle de estoque de insumos médicos. Isso resulta em melhor alocação de recursos, redução de custos, maior confiança por parte dos pacientes e mais eficiência para a equipe de saúde.
5. Melhora a experiência do paciente
Com a IA, os serviços de saúde ficam mais acessíveis e centrados nas necessidades dos pacientes. Isso porque a tecnologia tem a capacidade de acelerar o atendimento, reduzindo o tempo de espera que antes podia levar horas, apoiar diagnósticos com maior precisão, diminuir erros médicos e oferecer recomendações personalizadas de cuidados.

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Implementar a inteligência artificial com sucesso requer um parceiro estratégico, que conduza a integração da tecnologia de forma segura e totalmente alinhada aos objetivos do seu negócio.
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