O que é e-commerce e como ter sucesso com esse canal

Saber o que é e-commerce vai muito além da compreensão de conceito. Entender a dinâmica de compra e venda de produtos ou serviços pela internet é indispensável para qualquer empresa que deseja se manter competitiva no mercado atual. 

Na prática, isso diz respeito ao uso de estratégias assertivas para aumentar a receita,  expandir a presença da marca e até mesmo alcançar novos públicos neste canal de vendas. 

Desde a redução de custos operacionais até a personalização da experiência do cliente, o e-commerce proporciona uma série de benefícios que impulsionam o crescimento e a lucratividade das organizações. 

Para se ter uma ideia da relevância deste canal de vendas, em 2023, o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento de 2% no ticket médio em relação ao ano anterior, registrando 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de clientes virtuais. Esses números são da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). 

O que é e-commerce?

E-commerce ou comércio digital é nome dado à loja virtual de uma empresa, independentemente do seu modelo de negócio, seja ele Business to Business (B2B), Consumer to Business (C2B), Consumer to Consumer (C2C) ou Business to Consumer (B2C). 

Este canal de vendas representa uma transformação significativa na maneira como as empresas conduzem seus processos e como os consumidores realizam suas compras. 

Em 2020, inclusive, houve um aumento de novas lojas online, impulsionado pela pandemia. Segundo dados divulgados pelo eDrone, neste ano, aproximadamente 70 mil negócios abriram seus e-commerces. 

A conveniência é um dos principais motivos que contribui para o crescimento do comércio eletrônico. Isso sem contar com a experiência de compra personalizada, já que as empresas conseguem coletar e analisar dados do comportamento do cliente. Assim, têm uma melhor compreensão de suas preferências e necessidades. 

Os preços competitivos também são outro atrativo, considerando que os custos de uma loja online são bem menores. Outra vantagem para as empresas é a oportunidade de aumentar o alcance da marca para novos clientes e públicos. 

Qual a diferença entre e-commerce e marketplace?

A principal diferença entre o e-commerce e o marketplace é a propriedade da plataforma de vendas: no primeiro caso, a empresa vende produtos ou serviços na sua própria loja online, enquanto o segundo abriga múltiplos vendedores, como um “shopping”, só que na internet.  

Geralmente, as empresas que operam no e-commerce são responsáveis por todo o processo de vendas, desde a aquisição de produtos até a entrega ao cliente final. Dessa forma, conseguem ter um maior controle sobre toda a experiência de compra. 

Já os marketplaces agem como intermediários entre compradores e vendedores, fornecendo uma infraestrutura digital para as transações. Neste formato, a responsabilidade pelo estoque e logística de entrega é unicamente de quem está vendendo. E, consequentemente, a experiência do cliente pode variar conforme o vendedor. 

Por outro lado, os marketplaces permitem que os consumidores tenham acesso a uma ampla variedade de produtos e serviços de diferentes marcas em um único local. Os custos também são menores, favorecendo uma precificação mais competitiva. 

E-commerce no Brasil em números

O e-commerce brasileiro vem crescendo ano após ano. Em 2023, o número de lojas online aumentou em 17%, o que representa mais de 1,9 milhão. Em contrapartida, as integrações entre canais de vendas físicos e online reduziram. 

Também foi registrado um aumento de 61% no número de e-commerces que também estão presentes em pelo menos um marketplace. Esses dados são do Perfil do E-Commerce Brasileiro, pesquisa realizada em 2024 com uma amostra de 20 milhões do país e divulgada pelo E-commerce Brasil. 

Eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia, casa e decoração foram as categorias mais procuradas em 2023. A região sudeste ainda se destaca, representando mais da metade das transações online (55%). 

Para os próximos anos, as projeções continuam positivas. Em 2024, acredita-se que o e-commerce cresça em torno de 10%, segundo a ABCOMM. Já  pesquisa da Boston Consulting Group (BCG), espera-se que até 2027 41% das vendas totais do varejo sejam realizadas de maneira online. 

Todos esses números reforçam a importância de investir no comércio eletrônico, tanto para um incremento na receita quanto para o fortalecimento da marca. 

Conheça os principais tipos de e-commerce

Os tipos de e-commerce variam conforme os produtos e serviços oferecidos. Os principais são: 

• E-commerce B2C (Business to Consumer): empresas vendem produtos ou serviços diretamente aos consumidores finais. É o modelo mais comum de e-commerce. Amazon, Submarino, Magazine Luiza são alguns exemplos;
• E-commerce B2B (Business to Business): empresas vendem produtos ou serviços para outras empresas. Geralmente envolve grandes volumes e transações recorrentes.
• E-commerce C2C (Consumer to Consumer): consumidores que vendem produtos ou serviços diretamente para outros consumidores. Um exemplo é a plataforma OLX;
• E-commerce C2B (Consumer to Business): consumidores oferecem produtos ou serviços para empresas, invertendo o modelo tradicional de comércio. Plataformas de freelancers são alguns exemplos; 
• E-commerce D2C (Direct to Consumer): fabricantes ou produtores vendem diretamente aos consumidores, eliminando intermediários para reduzir custos e aumentar o controle sobre a marca.
• E-commerce Social (S-commerce): transações de e-commerce que ocorrem nas redes sociais.

Quais as vantagens de adotar um e-commerce?

Conquistar novos mercados, coletar dados sobre o comportamento de compra e contar com menos custos operacionais: essas são apenas algumas das vantagens de adotar um e-commerce. Listamos outros benefícios que favorecem uma experiência diferenciada aos seus clientes e promovem um incremento na receita. 

Aumento do alcance de mercado

O e-commerce permite que empresas alcancem um público ao nível global, superando as limitações geográficas das lojas físicas. Com uma boa logística, é possível garantir uma expansão internacional, vendendo para clientes em qualquer lugar do mundo. 

A presença online também viabiliza a chegada em novos segmentos de mercado que antes não eram viváveis. O maior alcance também favorece um melhor acesso aos próprios mercados locais, já que toda uma estrutura será criada para isso. 

Disponibilidade 24/7

Além da qualidade, outro gargalo no atendimento é a disponibilidade. No e-commerce, a empresa fica disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, ao contrário das lojas físicas, que têm horários de funcionamento limitados. 

Dessa forma, os clientes podem comprar em qualquer hora. De um lado, isso gera maior conveniência para os consumidores e, de outro, mais vendas para as empresas, já que estarão abertas sem interrupções. 

Possibilidade de coleta de dados para personalização

Coleta e análise de dados em tempo real é mais uma vantagem de adotar um e-commerce. Por meio de ferramentas, como Google Analytics, é possível rastrear todo o histórico de compras, hábitos de navegação e interações dos clientes com o site. 

Assim, a empresa consegue oferecer uma experiência de compra mais personalizada, com recomendações de produtos, ofertas atrativas e uma comunicação mais assertiva. 

Redução de custos operacionais

O e-commerce contribui para a redução e até eliminação de vários custos operacionais, como aluguel, manutenção e folha de pagamento. 

Além disso, as operações online permitem uma gestão de estoque mais eficiente, reduzindo o desperdício e melhorando a rotação de produtos. O que contribui também para o aumento da margem de lucro. 

Vale ressaltar também que, apesar de demandar uma operação mais enxuta, a empresa precisa ter uma boa logística de entrega e controle financeiro para escalar no digital.  

Integração de sistemas e eficiência

Uma gestão centralizada das vendas e demais etapas comerciais é outro benefício do e-commerce. Afinal, as plataformas podem ser integradas com outros sistemas já utilizados pela empresa, como ERPs, CRMs e softwares de logística.

Essa conexão otimiza a comunicação entre os demais setores, reduz as tarefas manuais, erros e retrabalhos, gerando ganhos na produtividade. O acompanhamento em tempo real de toda operação também permite a identificação de gargalos antes que se tornem prejuízos maiores, tomadas de decisões mais assertivas e com maior agilidade. 

Oportunidades de marketing direto

Guiado pela análise de dados, o e-commerce permite que as empresas utilizem uma várias ferramentas de marketing digital. Dessa forma, podem identificar e direcionar as campanhas com base em informações reais, além de criar planejamentos mais precisos. 

Esses recursos também podem ser usados para fortalecer o relacionamento com os clientes e aumentar o engajamento. Técnicas de SEO, marketing de conteúdo, e-mail marketing, e publicidade pay-per-click (PPC) são alguns deles. 

Com a criação de campanhas mais direcionadas, a empresa consegue otimizar os seus esforços, focando em públicos e aspectos que podem trazer resultados satisfatórios. 

Melhoria na experiência do cliente

Todas as vantagens que citamos até agora convergem para uma experiência de compra conveniente e personalizada. O resultado: clientes mais satisfeitos, fieis e defensores da marca. 

A análise de dados proporciona recomendações personalizadas, que ajudam os consumidores a encontrar produtos e serviços de seu interesse mais rapidamente, melhorando a experiência de navegação.

As plataformas de e-commerce também oferecem suporte ao cliente em tempo real, através do atendimento online, esclarecendo dúvidas e resolvendo problemas de forma rápida. Tudo isso sem contar com a conveniência de comprar de qualquer lugar e hora. 

Estratégias de marketing para e-commerce

Para aumentar a atração e conversão de clientes para o e-commerce, é indispensável apostar em estratégias de marketing que sejam coerentes com a realidade e objetivos da organização. 

Tais abordagens são, necessariamente, digitais, considerando o formato do canal de vendas. Contudo, é importante ressaltar também que, nos últimos anos, as empresas de modo geral (e-commerces ou físicas) estão direcionando mais esforços para o marketing digital.

É o que mostra a pesquisa Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil, realizada com mais de 1.300 empresas, que apontou que 94% delas escolheram o marketing digital como estratégia de crescimento. 

Esse número ilustra a importância de focar em estratégias digitais efetivas, que gerem resultados com a otimização dos recursos destinados para tal. Uma das vantagens dessas abordagens é o acesso e cruzamento dos dados, que favorecem a criação de campanhas personalizadas. 

Inbound Marketing

O Inbound Marketing é uma estratégia de atração e nutrição de clientes por meio de conteúdos relevantes em blogs, que podem ser de vários formatos, como texto escrito, vídeo e materiais para download. 

Essa abordagem consiste na criação de um “caminho”, também chamado funil de vendas, que um lead percorre ao longo do relacionamento com a marca. O foco do inbound marketing é atrair possíveis clientes de maneira orgânica, “educá-los” sobre o mercado e como suas dores podem ser resolvidas para só então oferecer um produto ou serviço. 

Google Ads e Facebook Ads

Google Ads e Facebook Ads são ferramentas de publicidade paga no Google, importantes para alcançar leads e aumentar a visibilidade do e-commerce. Para aumentar as chances de conquistar a efetividade com essas estratégias é essencial contar com outras, como o próprio inbound marketing, e-mail e gestão de redes sociais. 

Automação de e-mail marketing

A automação de e-mail marketing compreende a criação de um planejamento para envio de e-mails aos clientes cadastrados. Pode incluir mensagens de boas-vindas, ofertas especiais e lembretes de carrinho abandonado.

Fortalecer a marca e estimular a conversão são os principais objetivos dessa estratégia, no entanto, é possível utilizá-la como canal informativo, por meio de mensagens sobre compras finalizadas e prazos de entrega. 

Co-marketing

O co-marketing acontece quando empresas parceiras e não concorrentes se unem para promoção simultânea de seus produtos ou serviços. Essa estratégia permite que ambas se beneficiem e alcancem um público maior. 

Ter um bom planejamento e analisar os dados de cada uma são cruciais para o sucesso do co-marketing. Afinal, por mais que sejam produtos ou serviços complementares, às vezes o público de uma pode não ser o da outra. 

Cross-selling e Upselling

Cross-selling e Upselling são estratégias para aumentar o ticket médio. O primeiro sugere produtos ou serviços complementares, enquanto o segundo oferece versões superiores.

Para implementá-las, é essencial conhecer a jornada de compra e o perfil de cliente ideal, considerando sempre possíveis adaptações conforme os movimentos do mercado.     

SEO

Search Engine Optimization (SEO) ou Otimização para Motores de Busca compreende um conjunto de técnicas aplicadas em conteúdos na internet para melhorar o seu alcance e visibilidade. 

Tais ações também tornam os conteúdos mais atrativos para os usuários. Para aplicar o SEO, é importante contar com profissionais especializados e que trabalhem junto ao inbound marketing. 

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Conclusão 

Apostar no e-commerce oferece inúmeras vantagens, como maior alcance, aumento nas possibilidades de vender mais e otimização da experiência dos clientes. Afinal, sem sair de casa, eles conseguem realizar compras com poucos cliques, a empresa reduz custos operacionais e tem acesso a dados importantes sobre o comportamento de compra dos consumidores. 

Quando o assunto é tecnologia, “voltar para trás” deixa de ser uma opção: muito mais do que uma tendência, o digital já faz parte da vida humana. Portanto, para que uma empresa se mantenha competitiva no mercado, deve obrigatoriamente seguir em paralelo com as novidades. 

Falando em atualizações, continue acompanhando o blog da FCamara e fique por dentro do que há de mais recente na tecnologia!