Skip to content
conceito de retailtech representado na tela do celular

Retailtech: a revolução do varejo e da gestão de estoque com IA, IoT e Omnichannel

Nos últimos anos, o varejo tem vivido uma verdadeira corrida pela atenção do consumidor. As lojas físicas seguem sendo importantes pontos de contato, mas o comportamento de compra mudou radicalmente: o cliente pesquisa no digital, compara preços em tempo real, espera conveniência e quer uma experiência que una o melhor dos dois mundos: físico e online.

Para os líderes de inovação do setor, essa transformação traz um desafio diário: como manter a operação eficiente e rentável, enquanto se busca novas formas de encantar o consumidor e criar diferenciais competitivos?

É nesse cenário que as retailtechs, ou, se preferir, startups e soluções tecnológicas voltadas ao varejo, ganham protagonismo. Elas conectam dados, canais e jornadas, ajudando empresas a entender melhor o cliente, otimizar processos e tomar decisões mais estratégicas.

Neste artigo, você vai entender o papel dessas empresas no ecossistema varejista e descobrir quatro motivos pelos quais investir em inovação agora pode definir quem continuará competitivo nos próximos anos.

Boa leitura! 

O que é retailtech?

Imagine o desafio de equilibrar margens cada vez mais apertadas com a necessidade constante de surpreender um consumidor que muda de comportamento a cada nova tendência digital. Esse é o cenário que muitos líderes de inovação no varejo enfrentam hoje — e é justamente aí que as retailtechs entram em cena.

O termo retailtech se refere tanto às soluções tecnológicas voltadas ao varejo quanto às startups especializadas em transformar a forma como consumidores e empresas interagem. Em outras palavras, são as tecnologias que ajudam o varejo a evoluir, conectando dados, canais e experiências para gerar valor, tanto para o negócio quanto para o cliente.

Pense em como o mercado se transformou nos últimos anos: e-commerces e marketplaces que oferecem jornadas de compra fluidas, pagamentos móveis, como Apple Pay e Google Pay, que tornaram o checkout quase invisível, e até assistentes de voz, como a Alexa, que já são capazes de concluir pedidos sozinhos. Tudo isso é resultado direto da atuação das retailtechs.

Na prática, elas aplicam tecnologias como inteligência artificial, análise de dados, internet das coisas (IoT), automação e realidade aumentada para resolver dores conhecidas do setor, da gestão de estoque à precificação dinâmica, passando por logística inteligente, atendimento personalizado e fidelização de clientes.

Ou seja, as retailtechs estão redesenhando o papel do varejo, ajudando as empresas a operar com mais eficiência, entregar experiências memoráveis e aumentar a competitividade em um mercado que já não tolera lentidão na inovação.

Não à toa, o ecossistema de retailtechs vem crescendo rapidamente, impulsionado pela aceleração digital pós-pandemia e pelas novas expectativas de consumo que “forçam” uma mudança de postura das corporações tradicionais. De acordo com o Panorama Tech América Latina 2023, da Distrito, elas representam cerca de 10,3% do total das startups brasileiras, o que mostra a relevância e o peso desse segmento no cenário de inovação do país.

Diferença entre e-commerce e retail tech

Embora caminhem lado a lado e tenham diversas características semelhantes, e-commerce e retail tech não são a mesma coisa. As principais diferenças estão no escopo e no papel exercido por cada uma dentro do varejo digital.

O e-commerce representa o canal de vendas online, a vitrine digital onde o cliente compra. Já a retailtech atua nos bastidores e na estratégia, trazendo tecnologia, automação e inteligência para aprimorar toda a operação, do estoque à experiência do consumidor.

Em outras palavras: enquanto o e-commerce conecta o cliente à compra, a retailtech conecta todo o ecossistema do varejo (online e offline) para tornar o negócio mais eficiente e competitivo.

Por que a tecnologia retailtech se tornou vital no varejo?

Nos últimos anos, o varejo passou por uma das transformações mais intensas de sua história. A pandemia foi o ponto de virada: de um dia para o outro, as lojas físicas fecharam e as empresas precisaram encontrar novas formas de vender, atender e se manter próximas do consumidor.

Esse momento acelerou uma mudança que já vinha acontecendo: a digitalização do varejo. Mas o que começou como uma resposta emergencial acabou se tornando um novo modelo de operação, em que a tecnologia deixou de ser apoio e passou a ser o eixo central da estratégia.

Hoje, o consumidor é digital por natureza. Ele pesquisa no TikTok, descobre produtos no Instagram, compara preços em marketplaces e espera ter a mesma experiência de compra (simples, fluida e personalizada) em qualquer canal. Para acompanhar esse novo comportamento, o varejo precisa ser mais inteligente, conectado e ágil.

É por isso que o número de retailtechs no Brasil mais que dobrou nos últimos anos. Elas surgem justamente para resolver as dores que o setor enfrenta diariamente: melhorar eficiência, integrar canais, reduzir perdas e transformar dados em decisões rápidas.

A influência das redes sociais, o avanço dos e-commerces e as melhorias na malha logística e na conectividade do país só reforçam o movimento.  

Dados sobre a mudança no comércio eletrônico

O comércio eletrônico no Brasil segue em crescimento acelerado, com dados demonstrando um cenário bastante favorável para 2025. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro movimentou R$ 100,5 bilhões no primeiro semestre de 2025, com mais de 41 milhões de compradores virtuais, e um total de 191 milhões de pedidos realizados, com ticket médio de R$ 540. 

 

Essa expansão é impulsionada pela digitalização crescente e pela diversificação dos meios de pagamento, assim como pela maior confiança dos consumidores nas compras online. Estratégias de marketing digital, automações inteligentes e integração de CRMs têm sido fundamentais para aumentar as vendas e a fidelização.

 

Além do aspecto financeiro, o crescimento do comércio eletrônico está alinhado com as mudanças no comportamento dos consumidores brasileiros, que preferem cada vez mais comprar pela internet devido a preços competitivos, comodidade e promoções exclusivas. 

 

A inovação tecnológica, especialmente com uso de inteligência artificial para personalização, também tem sido importante para o sucesso das lojas virtuais, ajudando as empresas a superar desafios de mercado e a se destacar diante de uma concorrência crescente.

Pilares da tecnologia retailtech

Por trás das soluções que estão redefinindo o varejo, existem alguns pilares tecnológicos que sustentam a atuação das retailtechs. São eles que permitem às empresas operar com mais eficiência, inovar com agilidade e se preparar para o futuro, superando gargalos comuns que ainda limitam boa parte do varejo tradicional, como integrações falhas entre canais, baixa visibilidade de estoque e pouca personalização na experiência do cliente.

Esses pilares funcionam como base para conectar todo o ecossistema varejista, da operação à experiência do cliente, e criar modelos de negócio mais inteligentes, integrados e escaláveis.

Entre os principais pilares tecnológicos estão:

  • Inteligência artificial e dados: personaliza ofertas, prevê demandas, automatiza o pricing dinâmico de acordo com a concorrência e analisa grandes volumes de compra.
  • Automação e eficiência de operação: processa pedidos de forma automática, atualiza estoques entre lojas e centros de distribuição, reduz erros humanos e integra canais físicos e digitais com fluidez.
  • Cloud computing e arquitetura escalável: cria plataformas modulares e flexíveis, conecta parceiros, marketplaces e ERPs (Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial) em tempo real e reduz custos de infraestrutura.
  • Experiência do cliente: desenvolve plataformas omnichannel e jornadas integradas, implementa ferramentas de atendimento automatizado, utiliza realidade aumentada e virtual para experimentação de produtos e oferece programas de fidelidade baseados em dados comportamentais.
  • Segurança e confiabilidade digital: aplica criptografia avançada, autenticação multifator, conformidade com a LGPD e sistemas antifraude baseados em inteligência artificial.

Funcionamento das retailtechs

No dia a dia do varejo, onde decisões precisam ser tomadas com rapidez e base em dados, as retailtechs atuam como uma camada inteligente de gestão e inovação.

Essas soluções conectam dados, processos e canais em um fluxo integrado, permitindo que as empresas tomem decisões mais assertivas, ganhem eficiência operacional e melhorem a experiência do cliente.

Na prática, isso significa operar com informações em tempo real, desde o controle de estoque até o comportamento de compra, e automatizar etapas que antes dependiam de tarefas manuais. 

Exemplos como o self-checkout em supermercados ou a recomendação personalizada de produtos mostram como a tecnologia vem tornando a jornada de compra mais fluida e produtiva.

As retailtechs, portanto, ajudam o varejo a funcionar com mais agilidade, precisão e foco no consumidor, fortalecendo a operação para responder rapidamente às mudanças do mercado, aumentar a rentabilidade e gerar diferenciais competitivos a longo prazo.

 

4 vantagens da adoção de retail tech

A seguir, veja quatro vantagens que demonstram por que investir em soluções retailtech passou a ser um passo determinante para o futuro do varejo.

  1. Expectativa por uma nova experiência do cliente;
  2. Potencial de otimização operacional;
  3. Geração de insights e ações baseadas em dados;
  4. Aumento da concorrência.

1. A expectativa por uma nova experiência do cliente

Quem está à frente da inovação no varejo sabe: o comportamento do consumidor mudou, e rápido. Hoje, não são apenas as gerações Z e Alpha que impulsionam essa mudança, mas também as anteriores, que passaram a adotar as mesmas expectativas de conveniência, agilidade e personalização trazidas pelos nativos digitais.

O cliente quer comprar quando, como e onde quiser. Ele compara preços em tempo real, espera recomendações certeiras e não tolera fricções na jornada. Nesse cenário, as retailtechs entram como um braço estratégico para os times de inovação, entregando inteligência de dados, automação e personalização em escala.

Com tecnologias como IA, IoT e machine learning, o varejo passa a entender o cliente de forma granular, identificando preferências, padrões de navegação e até o humor do consumidor durante a compra. O resultado é uma experiência muito mais fluida e envolvente, que vai além da simples transação.

2. Potencial de otimização operacional

Inovação no varejo não se resume a lançar novas experiências; ela também passa por aprimorar os processos que sustentam o negócio todos os dias. Esse equilíbrio entre eficiência e experimentação, conhecido como ambidestria organizacional, tem se tornado um dos grandes desafios para os líderes de inovação.

Automatizar tarefas, gerenciar estoques de forma inteligente e usar dados para antecipar demandas são pontos decisivos para manter a competitividade. As retailtechs oferecem exatamente essa capacidade: eliminar gargalos, reduzir erros e acelerar decisões operacionais.

Com isso, as equipes ganham tempo e clareza para focar em iniciativas estratégicas que impulsionam o crescimento e criam valor real para o negócio, sem perder agilidade no dia a dia.

 

3. Geração de insights e ações baseadas em dados

No varejo atual, a intuição deu lugar à inteligência. Os dados se tornaram um ativo estratégico não apenas para entender o que o cliente faz, mas por que ele faz.

Da mesma forma que a Amazon utiliza o Big Data para personalizar recomendações e otimizar preços, o varejo brasileiro começa a explorar essas possibilidades para transformar informação em ação. Isso significa prever tendências de consumo, ajustar mix de produtos, testar novos formatos de loja e até antecipar comportamentos de compra antes que o cliente perceba essa necessidade.

4. Aumento da concorrência e novos modelos de negócio

O aumento da concorrência e o surgimento de novas marcas digitais criam um ambiente onde se destacar exige mais do que bons produtos – é preciso inovação constante.

As DNVBs (Digital Native Vertical Brands) são um exemplo claro dessa transformação. Nascidas no digital, elas operam com estruturas enxutas, comunicação direta com o público e domínio total dos dados. O resultado? Constroem comunidades engajadas e transformam a audiência em receita.

Para o varejo tradicional, o recado é claro: é preciso adotar tecnologias e estratégias retailtech que conectem o negócio à nova lógica do mercado orientada por dados, eficiência e experiência.

Exemplos de retailtechs

Quando olhamos para o varejo global, alguns exemplos demonstram como tecnologia e estratégia se combinam para gerar resultados reais.

A ClearSale, por exemplo, é uma das referências brasileiras nesse movimento. Com uma base de mais de 100 mil clientes em todo o mundo, a empresa desenvolveu uma tecnologia antifraude que reduz prejuízos em vendas on-line e aumenta a confiança nas transações. O impacto é direto: mais segurança para o consumidor e mais competitividade para os e-commerces.

Dica de leitura: Descubra como a IA está mudando o e-commerce e o varejo.

A varejista espanhola Zara, por sua vez, transformou dados em insumo criativo. Ela coleta informações em tempo real sobre o desempenho de suas peças e tendências emergentes, ajustando o design e a produção de acordo com o comportamento do consumidor. Essa agilidade deu origem a um novo modelo de atuação conhecido como “coleções data-driven”, tendência que também se estende a marcas como Shein, Ralph Lauren, H&M e Farfetch.

Nos Estados Unidos, o sucesso da Prime, marca de bebidas criada por Logan Paul e KSI, mostra outro caminho possível: o uso inteligente de influência digital e dados de engajamento para impulsionar vendas e construir uma marca global em tempo recorde. O resultado? Uma valuation que ultrapassa US$ 22 milhões e parcerias de peso, como o UFC.

Descubra soluções para o comércio eletrônico e o varejo com a FCamara

Como destacamos ao longo deste texto, o desafio de quem está à frente da inovação no varejo vai muito além de adotar novas tecnologias. Está em saber integrar sistemas, alinhar times e transformar a operação sem interromper o que já funciona.

É nesse ponto que a FCamara se posiciona como parceira estratégica. Com uma atuação que une estratégia, dados, produto e engenharia, ajudamos grandes marcas do varejo e do e-commerce a transformar seus ecossistemas digitais em plataformas inteligentes, escaláveis e preparadas para o futuro.

Da definição da arquitetura tecnológica à implementação de plataformas de e-commerce completas, passando pela integração de sistemas legados, ERPs, meios de pagamento e marketplaces, nossa abordagem garante fluidez e segurança em cada etapa da jornada.

Se a sua meta é acelerar a inovação sem perder o controle da operação, a FCamara pode ser o ponto de virada para o seu negócio. 

Fale com nosso time e descubra nossas soluções inovadoras para o varejo.

Comments (0)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top