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imagem de uma pessoa com o notebook aberto olhando o sistema Open Banking

Open Banking: vantagens, protocolo de segurança, exemplos e mais

Sobre o que estamos falando?

  • O Open Banking inaugura um novo ecossistema de soluções para os usuários e gera mais liberdade para a vida financeira das pessoas;
  • O Open Banking propõe incentivar um ambiente de maior competição do sistema financeiro, melhorando os serviços e promovendo inovação e competitividade.
  • Entre as vantagens da inovação, estão o acesso de dados em tempo real e a personalização dos serviços financeiros.

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Lançado em fevereiro de 2021 pelo Banco Central do Brasil, o Open Banking representa uma transformação no sistema financeiro brasileiro. 

A iniciativa visa permitir que os clientes tenham mais controle sobre seus próprios dados e possam compartilhar essas informações com diferentes instituições financeiras. 

Com isso, a expectativa é de que o Open Banking promova mais concorrência no setor bancário, estimule a inovação e proporcione melhores produtos e serviços aos consumidores. 

Além disso, uma pesquisa da consultoria norte-americana Forrester destacou a importância de personalizar as ofertas financeiras. Segundo o estudo, 42% dos clientes bancários acreditam que os produtos são mais valiosos quando adaptados ao seu perfil.

Por outro lado, 38% dos entrevistados defendem que os bancos deveriam simplificar a descoberta de produtos financeiros, enquanto 31% esperam uma postura mais proativa por parte das instituições na entrega de informações relevantes.

Neste artigo, vamos entender o que é o Open Banking, como ele funciona e quais as principais mudanças e vantagens que traz para o mercado financeiro e para os consumidores brasileiros.

O que é Open Banking?

O Open Banking é um sistema que possibilita o compartilhamento de dados financeiros de forma segura, padronizada e sempre mediante o consentimento explícito do cliente.

Esse modelo coloca o controle das informações financeiras diretamente nas mãos do consumidor, bem como garante maior autonomia e poder de decisão.

Logo, o Open Banking muda a forma como bancos, fintechs e outras instituições financeiras interagem com seus clientes. Em vez de os dados estarem centralizados em uma única instituição, o Open Banking viabiliza que o cliente escolha quais empresas podem acessar suas informações e com qual finalidade, criando um ecossistema mais integrado.

Além disso, o Open Banking promove transparência e abertura, estimula a concorrência no setor e facilita que os consumidores tenham acesso a produtos e serviços mais personalizados e vantajosos.

Segundo dados da Febraban, atualmente já existem 50 milhões de consentimentos no Open Banking, um número que reflete a rápida adoção e o interesse dos brasileiros por esse novo sistema.

Sendo assim, o Open Banking inaugura uma nova era de inovação no mercado financeiro, facilitando o desenvolvimento de soluções tecnológicas mais eficientes e ampliando o leque de opções disponíveis para os consumidores.

O que mudou com o Open Banking no Brasil?

Antes da implementação do Open Banking, as informações financeiras de um cliente ficavam restritas às instituições onde ele mantinha suas contas ou contratava serviços. Com o Open Banking, esse cenário mudou radicalmente.

Agora, os consumidores podem autorizar o compartilhamento de seus dados financeiros entre diferentes instituições, de forma transparente. Essa mudança abriu espaço para mais concorrência, permitindo que fintechs e bancos menores ofereçam serviços personalizados e com condições mais atrativas, o que anteriormente era dominado pelas grandes instituições financeiras.

Entre os principais impactos, destacamos o aumento na oferta de crédito com taxas mais acessíveis, já que as instituições podem avaliar o histórico financeiro do cliente de maneira mais completa e precisa. Além disso, produtos e serviços financeiros passaram a ser mais customizados, atendendo às necessidades específicas de cada consumidor.

A implementação foi dividida em quatro fases, cada uma focada em aspectos distintos do compartilhamento de dados. Entre as mudanças, estão a facilidade de acesso a produtos personalizados, maior segurança nas transações e a possibilidade de integração com tecnologias mais inovadoras, como inteligência artificial.

imagem de uma pessoa com um celular na mão e o notebook aberto em alusão ao open banking

Quais são as vantagens do Open Banking?

A adoção do Open Banking traz inúmeras vantagens tanto para os consumidores quanto para o mercado financeiro como um todo. Isso porque as instituições financeiras podem aprimorar suas ofertas com base em dados precisos e atualizados, o que resulta em uma experiência mais alinhada. 

A seguir, vamos elencar os principais benefícios dessa inovação. 

1. Acesso a dados em tempo real

Primeiramente, com o Open Banking, as instituições financeiras podem acessar dados compartilhados pelos clientes de maneira instantânea. Esse acesso em tempo real facilita, por exemplo, a análise de informações financeiras, como a avaliação de crédito e a aprovação de transações.

Para os consumidores, isso significa maior agilidade em processos bancários que antes eram burocráticos, tornando toda a experiência mais prática e satisfatória.

Além disso, essa rapidez na troca de informações cria um ambiente mais dinâmico, no qual as instituições conseguem acompanhar as mudanças no comportamento financeiro dos clientes de forma imediata e oferecer soluções com maior precisão.

2. Personalização de serviços financeiros

Com a permissão dos clientes para acessar informações detalhadas sobre seus hábitos financeiros, as instituições financeiras podem criar produtos e serviços personalizados, ajustados às necessidades específicas de cada consumidor.

Na prática, essa personalização inclui desde taxas de juros adaptadas ao histórico e perfil do cliente até recomendações precisas de produtos, como investimentos, seguros ou contas, que façam mais sentido para o momento financeiro de cada indivíduo.

Assim, essa abordagem, aliada à dinâmica do Open Banking, oferece aos consumidores uma experiência de valor e reforça a fidelização.

3. Integração com novas tecnologias

Graças a essas inovações, é possível aprimorar a análise do perfil dos clientes e identificar padrões de comportamento de maneira mais precisa. Como resultado, as instituições conseguem criar ofertas mais assertivas.

Em outras palavras, essa integração tecnológica melhora a experiência do cliente, assim como contribui para o desenvolvimento de soluções financeiras mais inovadoras.

4. Fortalecimento da concorrência e benefícios para os consumidores

Outro impacto importante do Open Banking é o fortalecimento da concorrência no setor bancário. Com a abertura dos dados financeiros entre diferentes instituições, os consumidores encontram uma maior variedade de opções e ofertas.

Em consequência, isso proporciona mais liberdade para comparar serviços e escolher aqueles que oferecem as melhores condições, como taxas reduzidas e benefícios adicionais. Essa dinâmica também incentiva bancos e fintechs a se tornarem mais competitivos, inovando e ajustando suas estratégias para atrair clientes.

Dessa forma, o consumidor ganha mais poder de escolha e assume um papel ativo na seleção dos produtos financeiros que melhor atendem às suas demandas.

imagem de uma pessoa olhando para a tela de um celular

LGPD e Open Banking

Atualmente, uma das maiores preocupações no ambiente financeiro é a segurança e privacidade dos dados dos consumidores, sobretudo em um cenário de crescente digitalização.

Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) ajuda a assegurar que o compartilhamento de informações no Open Banking ocorra de forma ética e transparente.

A LGPD, que regulamenta o uso de dados pessoais no Brasil, é diretamente aplicável ao Open Banking porque coloca o consentimento informado e explícito do consumidor no centro de qualquer operação envolvendo dados pessoais.

Além disso, estabelece princípios como finalidade específica, necessidade e transparência, que orientam as instituições financeiras a tratar os dados dos clientes de maneira limitada ao que foi previamente autorizado.

Para operar dentro das diretrizes da LGPD, as instituições financeiras precisam adotar sistemas robustos de segurança da informação, que protejam os dados contra vazamentos, acessos não autorizados e uso indevido. Isso inclui tecnologias avançadas de criptografia, autenticação multifator e auditorias regulares para monitorar e garantir a conformidade.

O consentimento do usuário é, portanto, o elemento central no funcionamento do Open Banking. Não apenas deve ser obtido de maneira clara e sem ambiguidades, mas os consumidores também têm o direito de revogar esse consentimento a qualquer momento.

Dessa forma, a combinação entre Open Banking e LGPD cria um ecossistema financeiro mais confiável, onde o cliente não apenas tem controle total sobre suas informações, mas também pode se beneficiar de serviços mais personalizados e inovadores sem comprometer sua privacidade.

Protocolos de segurança no Open Banking

Para viabilizar um ambiente seguro e garantir que os dados dos usuários estejam sempre protegidos, o Open Banking utiliza protocolos de segurança rigorosos e padronizados. 

Esses protocolos estabelecem normas específicas para que as informações sejam transmitidas de forma confidencial e estejam protegidas contra acessos não autorizados. 

Abaixo, conheça dois dos principais protocolos de segurança adotados pelo Open Banking: o Protocolo FAPI e o Protocolo CIBA.

Protocolo FAPI

O Financial-grade API (FAPI) é um protocolo desenvolvido especificamente para o setor financeiro, com o objetivo de oferecer uma camada extra de segurança para as APIs que são utilizadas no Open Banking. 

Esse protocolo garante que os dados sejam transmitidos utilizando criptografia avançada para proteger as informações dos clientes durante o compartilhamento entre diferentes instituições.

Além disso, o FAPI possui mecanismos de autenticação e autorização robustos, que tornam mais difícil o acesso não autorizado aos dados dos consumidores. 

Em outras palavras, o Protocolo FAPI é essencial para que o Open Banking funcione de forma confiável, oferecendo um nível de segurança alinhado com as exigências do setor financeiro e com a proteção de dados da LGPD.

Protocolo CIBA

Outro protocolo importante para o Open Banking é o Client Initiated Backchannel Authentication (CIBA), que possibilita que o processo de autenticação aconteça sem comprometer a experiência do usuário. 

O CIBA é um protocolo que possibilita a autenticação do cliente em tempo real, através de notificações enviadas diretamente ao dispositivo do usuário, como um celular ou tablet.

Logo, com o CIBA, o usuário consegue aprovar transações e acessos a dados de maneira prática, mantendo sempre o controle sobre suas informações. 

Esse protocolo é indispensável para garantir que o consumidor autorize cada acesso ou compartilhamento de dados, fortalecendo o processo de consentimento e mantendo a experiência do Open Banking mais amigável.

imagem de um infográfico em alusão ao open banking

Casos de uso do Open Banking

O Open Banking traz possibilidades inéditas para o setor financeiro, oferecendo uma base tecnológica que facilita a criação de novos produtos e serviços. 

A seguir, vamos explorar algumas das principais áreas onde o Open Banking tem sido um grande diferencial.

Inovação do setor financeiro das empresas

O conhecimento mais aprofundado sobre o cliente facilita, por exemplo, a criação de linhas de crédito mais acessíveis, seguros personalizados e investimentos adaptados ao perfil de risco de cada usuário.

Além disso, as fintechs têm se destacado nesse cenário, proporcionando uma experiência digitalizada, com menos burocracia e mais eficiência. 

Esse tipo de inovação impulsiona a transformação digital no setor financeiro e torna o mercado mais competitivo, beneficiando diretamente o consumidor com serviços mais acessíveis.

Inovação nos meios de pagamentos e inclusão financeira

Outro caso de uso relevante do Open Banking é a inovação nos meios de pagamentos. Com o acesso a dados em tempo real, empresas conseguem oferecer soluções de pagamento mais rápidas e seguras, além de expandir o acesso a essas ferramentas para consumidores sem conta bancária.

A inclusão financeira é um dos objetivos principais desse avanço, pois permite que uma maior parcela da população tenha acesso a serviços financeiros básicos, como pagamentos digitais e transferências. 

Através do Open Banking, empresas são capazes de desenvolver sistemas de pagamento integrados com opções de baixo custo para pessoas que antes dependiam exclusivamente do dinheiro em espécie.

Gestão financeira e impacto socioambiental

Ferramentas como aplicativos de controle de finanças pessoais, gerenciadores de despesas e plataformas de investimentos agora podem acessar dados financeiros de forma segura. Dessa maneira, oferecem ao usuário uma visão mais completa de sua situação financeira.

Além disso, o Open Banking pode contribuir para o impacto socioambiental ao consentir que empresas identifiquem o consumo sustentável dos usuários e ofereçam produtos alinhados com esses valores. 

Por exemplo, bancos e fintechs podem sugerir investimentos em fundos sustentáveis ou criar incentivos para o consumo consciente, ampliando o impacto positivo das escolhas financeiras dos consumidores.

imagem de um homem com um celular colocando no braço de um cliente

O uso do Open Banking pelos governos e a evolução para Open Finance

Você sabia que os governos também têm explorado o Open Banking para melhorar seus serviços e aumentar a inclusão financeira? 

Com essa tecnologia, é possível integrar bancos de dados de instituições financeiras com os de órgãos públicos, criando uma visão mais detalhada do perfil econômico dos cidadãos.

Com essa integração, processos como a verificação de elegibilidade para programas sociais tornam-se mais precisos.

Por exemplo, ao acessar informações financeiras atualizadas, os governos conseguem identificar pessoas em situação de vulnerabilidade, agilizando a distribuição de recursos e minimizando erros ou fraudes. Ou seja, isso ajuda a reduzir a burocracia, economizar tempo e direcionar os benefícios para quem realmente precisa.

Outra evolução é a transição do Open Banking para o Open Finance, um conceito mais abrangente que amplia o escopo além das tradicionais transações bancárias. Agora, o ecossistema inclui serviços como investimentos, seguros e gestão de patrimônio, oferecendo soluções financeiras mais completas para os consumidores.

Essa expansão também apresenta oportunidades estratégicas para o setor público. Com acesso a uma base de dados mais diversificada, os governos podem desenvolver políticas públicas mais ajustadas às necessidades econômicas de diferentes regiões ou grupos sociais.

Por exemplo, programas de crédito para pequenos negócios podem ser projetados com maior precisão, considerando as características financeiras e demográficas de cada comunidade.

Além de facilitar o acesso ao crédito, o Open Finance incentiva o crescimento econômico de maneira equilibrada, promovendo a inclusão de empreendedores que antes enfrentavam barreiras no sistema financeiro.

Implementação Open Banking UK x Open Banking Brasil

A implementação do Open Banking no Reino Unido e no Brasil compartilha objetivos semelhantes, como incentivar a concorrência no setor financeiro. Além disso, ambos buscam dar aos consumidores mais controle sobre seus dados financeiros. No entanto, existem diferenças na abordagem e na estrutura regulatória adotadas por cada país.

No Reino Unido, o Open Banking foi lançado oficialmente em 2018, impulsionado pela Diretiva de Serviços de Pagamento (PSD2) da União Europeia. 

Essa regulamentação exigiu que os nove maiores bancos do Reino Unido adotassem padrões abertos para o compartilhamento de dados financeiros. Desde o início, o foco esteve em melhorar a experiência do consumidor, resultando em um mercado mais centrado no cliente. 

Por outro lado, o Open Banking no Brasil foi implementado de maneira gradual e estruturada em quatro fases, com uma visão mais ampla. A regulamentação brasileira foi além do escopo inicial de pagamentos e contas correntes, abrindo espaço para o que hoje evoluiu para o Open Finance. 

Dessa forma, o Brasil adotou um modelo de Open Banking que integra uma gama de serviços financeiros. Esse modelo inclui não apenas bancos, mas também seguradoras, corretoras de investimentos e empresas de câmbio.

No Reino Unido, o Open Banking é mais focado nos grandes bancos e em proporcionar uma experiência de cliente fluida. Em contraste, o Open Banking brasileiro priorizou a criação de um ecossistema robusto e inclusivo para promover a inclusão financeira.

Em ambos os países, a implementação do Open Banking tem gerado resultados positivos. No entanto, o modelo brasileiro, ao adotar a visão de Open Finance desde o início, destaca-se pela sua abrangência e pelo potencial de impacto social.

Conclusão

Em resumo, o Open Banking e sua evolução para o Open Finance oferecem aos consumidores, empresas e governos um ecossistema mais transparente e inclusivo. 

No Brasil, essa inovação tem sido adaptada para promover a democratização dos serviços financeiros. Produtos e soluções que antes eram restritos a grandes centros urbanos e a grupos com maior poder aquisitivo agora estão se tornando mais acessíveis, promovendo inclusão financeira e impulsionando o desenvolvimento econômico em diversas regiões do país.

Entre as empresas que lideram essa mudança, a multinacional brasileira de tecnologia e inovação FCamara destaca-se como pioneira na implementação de soluções voltadas ao Open Finance.

Com uma gama de serviços avançados, como o Iniciador de Pagamentos, consultorias estratégicas e o desenvolvimento de soluções sob medida, a empresa oferece suporte completo para instituições financeiras que desejam se adaptar a esse novo modelo.

A abordagem da FCamara, baseada em inteligência de dados e modularização, viabiliza implementar projetos com agilidade e eficiência, alcançando resultados até três vezes mais rápidos do que o padrão de mercado. Essa capacidade de entregar valor em menos tempo faz da FCamara uma parceira indispensável para empresas que desejam liderar a transformação digital no setor financeiro.

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