Você já parou para pensar como uma engrenagem pode parar toda uma máquina? Na gestão…
Como reduzir custos logísticos com tecnologia
Reduzir custos logísticos sem comprometer a eficiência pode ficar muito mais fácil se você tiver uma boa tecnologia avançada para chamar de sua.
Em um mercado onde cada segundo (e centavo!) conta, adotar soluções como Sistemas de Gerenciamento de Transporte e Armazém (TMS e WMS), Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Blockchain, entre outras, deixou de ser diferencial para se tornar estratégia fundamental.
Neste artigo, você vai descobrir como essas ferramentas estão fomentando a cultura de inovação nas empresas, impulsionando a Digital Value Creation e, acima de tudo, promovendo economia de forma inteligente e sustentável no dia a dia.
Continue a leitura!
Quais são os principais custos logísticos?
Antes de buscar formas de reduzir a conta, vamos entender quais são os principais custos logísticos que impactam diretamente as operações.
Transporte, armazenagem, gestão de estoque, tecnologia e processos administrativos estão entre os maiores responsáveis pelos gastos na cadeia de suprimentos e logística.
A seguir, você confere como cada uma dessas despesas se compõe — e o que observar para encontrar oportunidades de economia.
Custos de transporte
O transporte é, na maioria das vezes, o componente mais caro da logística. Seus custos são influenciados por uma série de fatores operacionais e externos, como a oscilação do preço dos combustíveis ou a necessidade de percorrer grandes distâncias.
Veja, a seguir, os principais pontos que compõem as despesas geradas:
- Combustível: um dos itens mais onerosos e instáveis, com impacto direto nos fretes e na rentabilidade das entregas.
- Mão de obra: envolve salários, encargos sociais e benefícios de motoristas, ajudantes e equipe de apoio.
- Manutenção da frota: inclui ações preventivas e corretivas, como troca de peças, revisões periódicas, pneus e serviços mecânicos.
- Depreciação da frota: perda de valor dos veículos ao longo do tempo, que deve ser considerada no planejamento financeiro.
- Pedágios: a cobrança de taxas em rodovias impacta diretamente o custo por rota e deve ser prevista.
- Seguros: proteção contra roubo, acidentes ou avarias da carga e dos veículos, que representam custos fixos mensais ou anuais.
- Licenciamento e impostos veiculares: incluem Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), licenciamento anual e outras taxas obrigatórias.
Horas extras: pagamentos adicionais quando há necessidade de estender a jornada de trabalho, especialmente em operações com prazos apertados ou imprevistos.
Custos de armazenagem
Armazenar produtos envolve muito mais do que apenas espaço físico. Diversos fatores compõem esse custo, que pode impactar significativamente o desempenho financeiro da operação logística.
- Aluguel ou depreciação do armazém: empresas que alugam galpões enfrentam custos fixos mensais, enquanto aquelas que possuem imóveis próprios lidam com a depreciação contábil do ativo.
- Mão de obra do armazém: operadores de empilhadeira, estoquistas, supervisores e auxiliares de logística fazem parte da rotina do armazém e representam um custo considerável com salários, benefícios e encargos trabalhistas.
- Serviços públicos: energia elétrica (para iluminação, equipamentos e refrigeração), água e gás são essenciais para manter a operação ativa, especialmente em centros de distribuição que funcionam 24/7.
- Equipamentos de movimentação: empilhadeiras, paleteiras e esteiras automáticas exigem investimentos em aquisição, manutenção, consumo energético e, eventualmente, substituição.
- Sistemas de gerenciamento de armazém (WMS): a implementação de um WMS pode exigir investimento inicial robusto, além de custos contínuos com licenças, atualizações e suporte técnico.
- Seguros do armazém e do estoque: servem para proteger o patrimônio contra incêndios, roubos, desastres naturais e outras perdas não operacionais.
- Perdas e avarias de estoque: incluem produtos danificados durante a movimentação ou armazenagem inadequada, exigindo reposição ou descarte.
- Impostos sobre o imóvel, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e outras taxas municipais que recaem sobre o imóvel onde a armazenagem é feita.
Custos de estoque
Como sabemos, manter o estoque parado gera custos invisíveis que afetam diretamente a lucratividade da operação. Essas despesas vão além do espaço ocupado e envolvem riscos financeiros e operacionais.
- Custo de capital: refere-se aos juros e ao retorno que o dinheiro investido em estoque poderia estar gerando em outra aplicação ou investimento.
- Obsolescência: produtos que perdem validade, tornam-se tecnicamente desatualizados ou saem de linha representam perdas diretas para a empresa.
- Deterioração e perdas: danos durante o armazenamento, furtos internos ou extravios logísticos são mais comuns do que se imagina — e impactam o resultado financeiro.
- Seguros do estoque: complementam os seguros do armazém, oferecendo cobertura contra perdas e danos à mercadoria.
- Custos de oportunidade: capital imobilizado em produtos que não estão girando impede a empresa de investir em outras áreas mais estratégicas ou rentáveis.
Custos administrativos e de gestão
Estão ligados à coordenação das operações logísticas e ao suporte necessário para manter a engrenagem funcionando com eficiência.
- Salários e encargos da equipe administrativa: incluem gestores de logística, analistas, planejadores, coordenadores e outros profissionais envolvidos no controle e planejamento das operações.
- Comunicação: custos com telefonia corporativa, internet e plataformas de videoconferência e mensagens.
- Suprimentos de escritório: papéis, impressoras, materiais de escritório e recursos básicos para manter a equipe administrativa funcional.
- Viagens e representação: custos com deslocamento de pessoal para visitas a fornecedores, centros de distribuição ou reuniões estratégicas.
- Treinamento da equipe: capacitações e atualizações constantes são fundamentais para garantir o bom uso das ferramentas e a eficiência dos processos.
Custos de embalagem
A embalagem não só protege o produto, como também influencia a experiência do cliente e as despesas totais da operação.
- Materiais de embalagem: caixas, filmes plásticos, fitas adesivas, plástico bolha e outros materiais são consumidos diariamente.
- Mão de obra para embalagem: envolve operadores que realizam a montagem, o acondicionamento e o fechamento das embalagens.
- Etiquetas e identificação: impressão de códigos de barras, QR Codes, etiquetas RFID e informações logísticas que garantem rastreabilidade e controle.
Custos de tecnologia
A digitalização da logística exige uma base tecnológica sólida — e isso, claro, implica em custos contínuos de investimento, operação e atualização.
- Softwares de gestão logística: incluem soluções como Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS), Sistema de Gerenciamento de Armazém (WMS), Sistema de Integração de Processos (ERP) e ferramentas de roteirização.
- Hardware: computadores, coletores de dados, leitores de código de barras, impressoras térmicas e servidores locais ou na nuvem.
- Infraestrutura de TI: redes internas, conectividade entre sistemas, roteadores, firewalls e medidas de cibersegurança.
- Manutenção e suporte técnico: equipes internas ou fornecedores terceirizados para garantir o funcionamento adequado e contínuo dos sistemas e equipamentos.
Desafios da logística e o impacto nos custos logísticos
Quando os processos não são bem estruturados, os custos logísticos tendem a aumentar significativamente. Isso impacta diretamente a margem de lucro e compromete a agilidade e a qualidade no atendimento às demandas do mercado.
Identificar os principais desafios da operação, portanto, é o primeiro passo para implementar melhorias que tragam eficiência e redução das despesas.
A seguir, veja as adversidades mais comuns e como elas impactam diretamente na gestão de custos logísticos:
Ineficiência no transporte
Rotas mal planejadas, veículos subutilizados, atrasos nas entregas e alto consumo de combustível são exemplos de ineficiências que aumentam os custos de transporte.
Além disso, a ausência de tecnologia em logística para roteirização e monitoramento em tempo real limita a capacidade de tomada de decisão rápida e precisa.
Gestão de estoque inadequada
Estoque em excesso representa capital parado e risco de obsolescência, enquanto a falta de produtos pode gerar rupturas e perda de vendas. Sem um controle eficiente, as empresas enfrentam desperdícios, perdas e dificuldades para atender às demandas com previsibilidade.
Falta de visibilidade da cadeia de suprimentos
A ausência de visibilidade em tempo real sobre o status dos pedidos, localização de cargas e níveis de estoque dificulta o planejamento e a resposta a imprevistos. Isso leva a decisões baseadas em suposições, o que gera atrasos, desperdícios e aumento de custos operacionais.
Processos manuais e burocráticos
A dependência de processos manuais, como preenchimento de planilhas, emissão de documentos físicos e conferência sem automação, gera lentidão, erros humanos e retrabalho. Tudo isso impacta diretamente o tempo de operação e as despesas administrativas.
Comunicação ineficaz
A ausência de integração entre áreas internas, fornecedores e parceiros logísticos compromete a comunicação, causando erros de entrega, desencontro de prazos e lentidão nas respostas.
Como resultado, a operação perde confiabilidade e ainda pode acumular custos adicionais com retrabalho e penalizações.
Como reduzir os custos logísticos com tecnologia
Como deu para perceber, fazer uma boa gestão de custos logísticos é um desafio constante para empresas que buscam eficiência e competitividade. Felizmente, com o advento da Indústria 4.0 e o avanço tecnológico, as organizações passaram a contar com soluções poderosas para isso.
Afinal, ao integrar ferramentas digitais avançadas em diversas frentes da gestão de suprimentos, é possível ganhar visibilidade, agilizar atividades e tomar decisões mais assertivas, impactando diretamente na redução de custos. Confira os detalhes abaixo.
Otimização de rotas e transporte
Tecnologias como sistemas de roteirização e Inteligência Artificial analisam dados como trânsito, condições climáticas e capacidade dos veículos em tempo real, ajudando a definir as rotas mais eficientes. Isso reduz o consumo de combustível e o tempo de entrega, evitando despesas extras com manutenção e horas extras.
Gestão de estoque inteligente
Com a ajuda de softwares que monitoram o estoque em tempo real e utilizam análises preditivas, é possível evitar excessos e faltas, reduzindo custos com armazenamento e perdas por obsolescência. A gestão inteligente garante um equilíbrio ideal entre oferta e demanda.
Automação de armazéns
Robôs, sistemas automatizados de picking e esteiras inteligentes aceleram a separação e expedição dos pedidos, diminuindo erros e custos com mão de obra. A automação também melhora a utilização do espaço e o fluxo interno, promovendo a otimização de tempo e recursos.
Visibilidade da cadeia de suprimentos
Tecnologias que promovem o monitoramento em tempo real de toda a cadeia, desde fornecedores até a entrega final, aumentam a transparência e a capacidade de resposta a imprevistos. Com maior visibilidade, é possível reduzir desperdícios, atrasos e gastos extras.
Comunicação e colaboração
Sistemas integrados de comunicação facilitam o alinhamento entre equipes, transportadoras, fornecedores e clientes. A colaboração eficiente evita retrabalhos, melhora o planejamento e reduz custos logísticos causados por falhas de comunicação.
Dica de leitura: Gestão da inovação e boas práticas essenciais para os negócios
O poder da tecnologia na redução de custos logísticos
Na busca constante por competitividade e eficiência, as empresas vêm descobrindo que a tecnologia é uma aliada essencial para reduzir custos logísticos sem comprometer a qualidade dos serviços.
A seguir, vamos explorar as principais áreas onde as ferramentas tecnológicas fazem a diferença e contribuem para a transformação digital da logística.
Sistemas de Gerenciamento de Transporte (TMS)
As plataformas TMS centralizam e automatizam todas as operações relacionadas ao transporte, oferecendo benefícios que impactam diretamente nos custos logísticos:
- Otimização de rotas: utilizando algoritmos inteligentes, o sistema calcula as rotas mais eficientes considerando tráfego, restrições e prazos, reduzindo o consumo de combustível e o tempo gasto nas entregas.
- Rastreamento em tempo real: acompanhamento contínuo da localização e status das cargas, possibilitando identificação rápida de problemas e comunicação precisa com os clientes.
- Gestão de fretes: automatiza a cotação, contratação e pagamento dos fretes, assegurando melhores negociações e evitando erros manuais.
- Análise de desempenho: gera relatórios detalhados sobre os custos logísticos, prazos e desempenho dos transportadores, auxiliando gestores a tomar decisões estratégicas embasadas em dados concretos.
Sistemas de Gerenciamento de Armazém (WMS)
O WMS é fundamental para otimizar operações internas e reduzir os custos logísticos de armazenagem e movimentação:
- Otimização do espaço: organização inteligente do layout do armazém, garantindo uso máximo da capacidade de armazenamento.
- Gerenciamento de estoque preciso: controle em tempo real das entradas, saídas e localização dos produtos, minimizando perdas, extravios e rupturas.
- Otimização do picking e packing: integra tecnologias como coletores de dados, voice picking e robótica para agilizar a separação e embalagem dos pedidos.
- Cross-docking: permite a transferência direta das mercadorias do recebimento para o envio, reduzindo o tempo e custo de armazenagem.
Internet das Coisas (IoT) e Sensores
A IoT (Internet das Coisas) revoluciona o setor ao possibilitar a coleta de dados em tempo real sobre diversos fatores críticos. Confira, a seguir, como a Internet das Coisas está impulsionando a logística.
- Monitoramento de condições: sensores acompanham temperatura, umidade e vibração de cargas sensíveis durante transporte e armazenagem, prevenindo danos.
- Rastreamento de ativos: localização em tempo real de veículos, contêineres e equipamentos, otimizando recursos e prevenindo roubos.
- Manutenção preditiva: sensores identificam falhas iminentes em veículos e equipamentos, permitindo manutenções preventivas e evitando custos logísticos elevados com reparos emergenciais.
Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML)
A Inteligência Artificial e o Machine Learning promovem a inovação nas empresas — e no setor de logística não é diferente. Na prática, eles transformam dados em inteligência aplicada para prever e otimizar os processos.
- Previsão de demanda: algoritmos capazes de antecipar variações na demanda para melhorar o planejamento e reduzir custos com estoques excessivos ou faltantes.
- Otimização dinâmica de rotas: ajuste em tempo real das rotas com base em condições variáveis, garantindo entregas mais rápidas e econômicas.
- Automação de tarefas: chatbots para a cadeia de suprimentos e logística e assistentes virtuais automatizam processos repetitivos como atendimento e agendamento, liberando equipe para tarefas estratégicas.
Blockchain
Apesar de ainda em fase inicial de adoção ampla, o blockchain apresenta soluções promissoras para a logística:
- Maior transparência e segurança: registros imutáveis aumentam a confiança na cadeia de suprimentos e reduzem fraudes.
- Rastreamento de ponta a ponta: permite monitorar toda a jornada do produto, facilitando a resolução de problemas e garantindo autenticidade.
- Contratos inteligentes: automatizam a execução de acordos comerciais baseados em condições predefinidas, acelerando processos e diminuindo despesas administrativas.
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Com a tecnologia, em até quanto tempo é possível reduzir custos logísticos?
Os benefícios da tecnologia na redução de custos logísticos costumam aparecer entre 6 e 12 meses após a implantação.
Esse prazo varia conforme a complexidade da operação, a qualidade dos dados e a integração com sistemas existentes.
Com uma implementação bem planejada, as ferramentas tecnológicas trazem ganhos rápidos em eficiência, otimizando rotas, previsão de demanda e manutenção, resultando em economia significativa no médio prazo.
Como implementar essas tecnologias sem interromper as operações existentes?
Como ficou claro ao longo deste conteúdo, a adoção de tecnologias é essencial para reduzir custos logísticos e aumentar a eficiência, mas muitos gestores temem que essa transformação cause interrupções nas operações diárias.
A boa notícia é que, com um planejamento cuidadoso, é possível integrar sistemas avançados de forma gradual, minimizando impactos e mantendo a continuidade do negócio. Confira, a seguir, o passo a passo.
1. Faça um diagnóstico detalhado
Avalie os processos logísticos atuais e identifique os pontos de maior ineficiência, onde a inovação e a tecnologia podem gerar mais valor e retorno.
2. Implemente projetos piloto
Comece por áreas específicas da operação para testar as soluções em menor escala. Isso permite ajustes e correções antes da ampliação para toda a cadeia.
3. Capacite sua equipe
Ofereça treinamentos práticos e mantenha uma comunicação transparente para reduzir resistências, garantir o engajamento e preparar o time para as mudanças.
4. Promova a integração gradual
Escolha tecnologias que sejam compatíveis com os sistemas já utilizados pela empresa e implemente-as de forma escalonada, evitando interrupções bruscas.
5. Conte com parceiros especializados
Trabalhar com fornecedores confiáveis e que ofereçam suporte técnico contínuo é essencial para garantir uma transição tranquila e a estabilidade das operações.
Como parceira estratégica, a FCamara combina tecnologia e conhecimento especializado para promover a inovação de processos logísticos, aumentar a eficiência e gerar uma redução significativa nos custos.
Além de desenvolver e implementar soluções tecnológicas sob medida, também atuamos com consultoria especializada, identificando oportunidades reais de economia e otimização em toda a cadeia logística.
A partir de um diagnóstico preciso, desenhamos uma estratégia digital eficaz para reduzir despesas e impulsionar os resultados operacionais do seu negócio.
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