Você já parou para pensar como uma engrenagem pode parar toda uma máquina? Na gestão…
Processamento logístico: etapas essenciais e estratégias de otimização para maximizar a eficiência logística
Na corrida por eficiência, não basta entregar rápido — é preciso entregar com inteligência. E mais: ter o total controle total do processamento logístico em vez de apenas apagar incêndios.
Mais do que mover produtos de um ponto a outro, esse conjunto de atividades envolve uma cadeia complexa de etapas que precisam funcionar com precisão — da separação ao envio, do rastreamento à entrega.
Justamente por isso, quando mal gerenciado, o impacto aparece rápido: custos altos, atrasos, retrabalhos e clientes insatisfeitos.
Neste artigo, você vai entender por que o processamento logístico é o coração da eficiência operacional e como otimizá-lo com inovação e tecnologia. Confira!
O que é processamento logístico?
O processamento logístico é o conjunto de atividades operacionais e administrativas que garantem o fluxo eficiente de produtos, informações e serviços ao longo da cadeia de suprimentos.
Ele envolve desde o recebimento de mercadorias até sua armazenagem, separação de pedidos (picking), embalagem, expedição e transporte ao destino final.
Na prática, essas operações asseguram que os pedidos dos clientes sejam atendidos de forma precisa e no prazo estabelecido, com o menor custo possível.
Para isso, são utilizadas tecnologias como Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS), códigos de barras, leitores RFID e soluções de automação que permitem rastrear e controlar os processos em tempo real.
O principal objetivo do processamento logístico é otimizar recursos, reduzir erros, aumentar a produtividade e garantir a satisfação do cliente final — seja em operações B2B ou B2C.
Veja também: Gestão da inovação e boas práticas essenciais para os negócios
Etapas: como funciona o processamento logístico
O processamento logístico é composto por etapas que garantem o fluxo eficiente dos produtos, desde o recebimento até a entrega final.
Cada fase tem um papel importante para evitar erros, atrasos e garantir a satisfação do cliente. A seguir, veja como esse processo funciona na prática.
1. Recebimento e entrada de dados
Tudo começa com a chegada das mercadorias, sejam elas provenientes de fornecedores, da produção interna ou devoluções.
Nessa etapa, os itens são descarregados e passam por uma conferência rigorosa quanto à quantidade, qualidade e integridade.
As informações dos produtos — como códigos de barras, lote e data de validade — são registradas em sistemas de gestão de suprimentos.
Um exemplo é o Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS), que controla esses dados e inicia a rastreabilidade de cada item dentro do armazém.
2. Armazenamento
Após a conferência, os produtos são direcionados para áreas de armazenamento adequadas, de acordo com critérios como tipo, tamanho, demanda e condições de conservação (ex: refrigeração).
O sistema WMS define e registra a localização exata de cada item no armazém, facilitando sua futura identificação e coleta. O armazenamento estratégico é essencial para otimizar o espaço físico e acelerar as etapas seguintes, como o picking.
3. Processamento de pedidos
Quando um pedido é realizado — por meio de canais online, telefone ou sistemas internos — ele é registrado no sistema e validado.
O sistema então verifica a disponibilidade dos itens no estoque. Caso estejam disponíveis, o pedido é autorizado para seguir para a separação.
Esse controle automatizado evita erros de estoque e garante mais agilidade no atendimento.
4. Separação (Picking)
Com o pedido aprovado, inicia-se a separação dos itens no armazém.
Essa etapa pode ser feita manualmente (com listas impressas ou dispositivos móveis) ou de forma automatizada, com tecnologias como voice picking, pick-to-light ou até mesmo robôs autônomos.
A eficiência do picking é um fator crítico, pois influencia diretamente no tempo de expedição e na acuracidade do pedido.
5. Embalagem (Packing)
Após a separação, os itens passam pela embalagem. O objetivo é garantir que os produtos estejam protegidos contra danos durante o transporte, além de facilitar sua identificação.
Nessa fase, são anexadas etiquetas com informações do destinatário, código de rastreio, dados fiscais e instruções de manuseio, quando necessário.
Uma embalagem bem planejada também contribui para redução de custos com transporte e devoluções.
6. Expedição
Com os pedidos embalados, os volumes são organizados de acordo com seus destinos e preparados para o carregamento nos veículos de transporte.
Documentos como notas fiscais, romaneios e comprovantes de entrega são gerados, conferidos e integrados ao sistema.
A escolha do modal logístico (terrestre, aéreo, marítimo etc.) depende de critérios como urgência, distância, tipo de produto e custo.
7. Transporte
A carga segue do armazém ou centro de distribuição até seu destino final: o cliente, outro centro logístico ou ponto de venda.
Durante o transporte, é comum utilizar sistemas de rastreamento que permitem acompanhar em tempo real a localização da carga, prever horários de entrega e oferecer maior segurança. Isso também facilita a comunicação com o cliente em caso de atrasos ou imprevistos.
8. Entrega
O produto chega ao seu destino final e é entregue ao receptor.
A entrega pode exigir confirmação por meio de assinatura digital, foto ou leitura de código QR. Essa etapa é crucial para a experiência do cliente, pois representa o “ponto de contato final” com a operação logística.
9. Logística reversa (quando aplicável)
Quando há devoluções, trocas, recolhimento de produtos com defeito ou vencidos, entra em cena a logística reversa.
Esse processo busca trazer os produtos de volta ao armazém ou para um ponto específico de descarte, reaproveitamento ou conserto.
Trata-se de uma etapa essencial para a inovação nas empresas, a responsabilidade ambiental, satisfação do cliente e economia circular.
10. Fluxo de informação
Todas as etapas acima são sustentadas por um fluxo contínuo de informações.
Sistemas de gestão, plataformas de rastreamento e canais de comunicação garantem que os dados circulem de forma segura. Esse fluxo abrange todos os envolvidos: fornecedores, transportadoras, operadores logísticos, equipe interna e clientes.
Esse fluxo de informação é fundamental para:
- Visibilidade das operações;
- Controle de desempenho;
- Tomada de decisão com base em dados;
- Alinhamento entre as partes.
Como a tecnologia impulsiona a otimização do processamento logístico?
Não é novidade dizer que a tecnologia em logística desempenha um papel fundamental para a transformação digital do setor, trazendo ganhos significativos em eficiência, rastreabilidade, precisão e redução de custos.
O uso de sistemas inteligentes e automações impulsionadas pela Indústria 4.0 permite que os processos deixem de ser manuais e reativos para se tornarem ágeis, integrados e baseados em dados.
A seguir, veja as principais inovações tecnológicas que impulsionam o desenvolvimento ágil do processamento logístico.
Dica de leitura: Como estabelecer uma cultura de inovação na sua organização
Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS): otimização inteligente do estoque
O WMS é essencial para o controle eficiente do armazém. Ele permite a gestão em tempo real de entradas, saídas e movimentações internas, garantindo rastreabilidade e melhor aproveitamento do espaço.
Além disso, esse tipo de sistema organiza a disposição dos produtos com base em critérios como giro, volume e categoria, promovendo a otimização de tempo no que diz respeito ao picking e reduzindo erros operacionais.
Sistemas de Gerenciamento de Transporte (TMS): planejamento e rastreamento eficientes
O TMS é voltado para o planejamento, execução e monitoramento do transporte de cargas. Ele permite comparar modais, calcular fretes, consolidar cargas e acompanhar entregas em tempo real.
Com ele, é possível reduzir custos logísticos, melhorar prazos e aumentar a visibilidade sobre a movimentação de mercadorias, o que é crucial para o controle de SLA e satisfação do cliente.
Vale destacar, porém, que mais do que usar sistemas isolados, a integração entre plataformas é essencial para uma logística realmente otimizada.
Afinal, ela evita retrabalho, reduz falhas de comunicação entre setores e melhora a visão holística da operação, desde a compra até a entrega final.
Internet das Coisas (IoT) na logística: visibilidade e monitoramento em tempo real
A internet das coisas (IoT) está impulsionando a logística, tecnologia que possibilita acompanhar temperatura, umidade, localização, vibração e até violações de carga em tempo real.
Isso aumenta o controle sobre o transporte, especialmente em operações que exigem condições específicas, como alimentos perecíveis, medicamentos e eletrônicos sensíveis.
Inteligência Artificial e Machine Learning: decisões inteligentes na cadeia de suprimentos
A aplicação de IA e Machine Learning na logística permite prever demandas, identificar padrões, sugerir melhorias e tomar decisões em tempo real com base em dados históricos e atuais.
Essas tecnologias ajudam a otimizar o uso de recursos, reduzir desperdícios, evitar rupturas de estoque e ajustar rotas ou volumes com base em previsões precisas.
Robótica e automação logística: aumento da velocidade e redução de erros
Sistemas automatizados e robôs são cada vez mais comuns em centros de distribuição modernos. Este recurso é utilizado em separação de pedidos (picking), transporte interno, embalagem e movimentação de carga.
A automação reduz o esforço manual, aumenta a produtividade, padroniza processos e diminui erros, além de operar com alta precisão em ambientes de alta demanda.
Blockchain na logística: segurança e transparência na cadeia de suprimentos
O uso de blockchain possibilita registros imutáveis e confiáveis de todas as transações e movimentações de mercadorias. Isso é especialmente útil em cadeias complexas com múltiplos participantes.
A tecnologia garante transparência, rastreabilidade e segurança de informações, ajudando a combater fraudes, reduzir disputas e garantir conformidade regulatória.
Softwares de roteirização: otimizando rotas e entregas
Plataformas de roteirização utilizam algoritmos para definir as rotas mais eficientes, levando em consideração fatores como tráfego, janelas de entrega, distância e restrições de veículos.
Esses softwares contribuem diretamente para a redução do tempo de entrega, economia de combustível e aumento da produtividade da frota — fatores que impactam tanto os custos quanto a experiência do cliente.
Leia também: Uma tendência logística (ainda) secreta.
Superando gargalos e maximizando a eficiência processamento logístico
Mesmo com a inovação de processos, o processamento logístico pode enfrentar gargalos que comprometem a produtividade, geram custos desnecessários e afetam diretamente a experiência do cliente.
Esses obstáculos são comuns em empresas que ainda operam com baixa visibilidade, tarefas manuais ou sistemas isolados.
Para superá-los, é essencial adotar uma abordagem estratégica, baseada em tecnologia, capacitação e integração entre metodologias e equipes.
Abaixo, explicamos os gargalos mais frequentes do processamento logístico e o que pode ser feito para resolvê-los de forma eficaz.
Falta de visibilidade do estoque
A ausência de informações precisas sobre o nível real de estoque pode gerar rupturas de produtos (levando a perdas de vendas) ou excesso de itens parados, que ocupam espaço e geram custos.
Solução:
- Implementar um WMS integrado com o ERP da empresa.
- Utilizar tecnologias como códigos de barras e RFID para registrar movimentações em tempo real.
- Estabelecer rotinas de inventário cíclico para manter a acuracidade dos dados.
Processos manuais
Tarefas realizadas manualmente são mais lentas, sujeitas a erros e difíceis de escalar à medida que a operação cresce.
Solução:
- Investir em automação logística, com leitores de código de barras, esteiras automatizadas e sistemas de picking guiado.
- Adotar softwares de gestão que automatizam tarefas repetitivas, como emissão de notas fiscais, roteirização e conferência.
- Avaliar o uso de robótica em centros de distribuição de maior volume.
Comunicação ineficiente
A falta de alinhamento entre setores (compras, estoque, vendas, transporte) ou com parceiros logísticos gera erros, atrasos e retrabalho.
Solução:
- Estabelecer fluxos de comunicação padronizados e claros.
- Utilizar plataformas colaborativas que permitam a troca de informações em tempo real.
- Promover reuniões regulares entre as áreas envolvidas na cadeia logística.
Falta de integração de sistemas
Quando os sistemas de gestão da empresa (ERP, WMS, TMS, etc.) não “conversam” entre si, há quebra no fluxo de informações, dificultando a tomada de decisões rápidas e confiáveis.
Solução:
- Investir em integrações via APIs ou plataformas middleware que conectem os sistemas.
- Garantir que todos os dados estejam centralizados e acessíveis em um painel unificado.
- Escolher fornecedores de software que ofereçam soluções compatíveis e escaláveis.
Ineficiência no picking e embalagem
Erros ou lentidão nas etapas de separação e embalagem aumentam o tempo de processamento do pedido, comprometendo os prazos de entrega.
Solução:
- Aplicar técnicas como picking por onda, zona ou batch, conforme o perfil dos pedidos.
- Usar coletores de dados, voice picking ou RFID para acelerar e validar o processo.
- Padronizar embalagens e treinar a equipe para garantir velocidade e proteção adequada dos produtos.
Problemas no transporte
Atrasos, avarias e altos custos de frete são sintomas de falhas no planejamento e execução da etapa de transporte.
Solução:
- Utilizar um Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS) para planejar rotas, consolidar cargas e acompanhar entregas.
- Trabalhar com KPIs logísticos, como OTIF (On Time, In Full), para medir desempenho.
- Estabelecer parcerias estratégicas com transportadoras confiáveis e criar canais de comunicação eficientes.
Estratégia integrada para superar gargalos
Além das soluções específicas para cada gargalo, algumas ações são fundamentais para otimizar o processamento logístico como um todo:
- Integração de sistemas: facilita a fluidez de informações e melhora a tomada de decisões.
- Automação de processos: aumenta a eficiência e reduz falhas humanas.
- Capacitação da equipe: garante o uso correto das tecnologias e adoção dos novos processos.
- Análise de dados e KPIs: permite identificar gargalos com antecedência e corrigir desvios.
- Colaboração com parceiros logísticos: fortalece a cadeia como um todo e garante alinhamento operacional.
O impacto do processamento logístico na satisfação do cliente
Em um mercado cada vez mais competitivo, a logística deixou de ser apenas uma área operacional e passou a ser um diferencial estratégico de atendimento e fidelização.
Justamente por isso, o processamento logístico tem um papel fundamental na experiência do cliente.
Quando bem executado, ele garante entregas rápidas, produtos corretos e em perfeitas condições, além de oferecer informações claras e atualizadas durante toda a jornada do pedido.
Cumprimento de prazos
A pontualidade na entrega é um dos principais fatores de avaliação do cliente. Um processamento logístico eficiente evita atrasos, garante o abastecimento correto do estoque e assegura que cada etapa — da separação ao transporte — ocorra dentro do prazo.
Isso aumenta a confiança e reduz frustrações, especialmente em compras com prazos específicos (datas comemorativas, necessidades urgentes etc.).
Precisão nos pedidos
Erros na separação ou na expedição geram retrabalho, devoluções e insatisfação. Quando o sistema de picking é bem estruturado e o controle de estoque é preciso, o índice de acertos nos pedidos aumenta significativamente.
Dessa forma, o cliente recebe exatamente o que comprou, sem surpresas negativas ou necessidade de contato com o SAC.
Conservação e qualidade do produto
A forma como o item é armazenado e embalado influencia diretamente na sua integridade durante o transporte.
Processos logísticos bem planejados evitam avarias, extravios e contaminações. Logo, reduzem reclamações, evitam trocas e preservam a boa reputação da empresa.
Rastreamento e transparência
A integração entre sistemas logísticos e canais de atendimento dá ao cliente a possibilidade de acompanhar o status de sua compra em tempo real.
Isso gera segurança, reduz o número de dúvidas e melhora a comunicação entre empresa e consumidor.
Facilidade em devoluções (logística reversa)
Oferecer um processo ágil e descomplicado para devoluções, trocas ou consertos é parte fundamental da experiência pós-compra.
Uma logística reversa bem estruturada mostra comprometimento com o cliente e com a qualidade do serviço.
E mais do que isso: aumenta a percepção de cuidado e respeito, incentivando a recompra.
Consistência e confiabilidade
Quando o processamento logístico é padronizado e confiável, os clientes sabem o que esperar da empresa. Isso cria uma experiência previsível e positiva, reforça a reputação da marca e contribui para avaliações positivas e indicações.
Métricas e KPIs para monitorar a eficiência do processamento logístico
Mensurar o processamento logístico é essencial para garantir entregas rápidas, precisas e com o menor custo possível. Mas para isso, é preciso acompanhar uma série de métricas importantes.
Juntas, elas oferecem dados concretos sobre a eficiência dos processos logísticos, ajudam a identificar gargalos e embasam decisões estratégicas.
A seguir, você confere os principais indicadores que ajudam a monitorar e melhorar a eficiência do processamento logístico.
Taxa de precisão do picking: percentual de itens corretamente separados
Esse indicador mede a eficácia da separação de produtos no armazém. Ele mostra quantos pedidos foram separados corretamente, sem erros de item, quantidade ou especificações.
Uma alta taxa de precisão é essencial para evitar retrabalho, devoluções e insatisfação do cliente, além de reduzir custos com logística reversa.
Para melhorar esse índice, é possível adotar estratégias como a automatização do picking, uso de coletores de dados, conferência dupla e treinamento constante da equipe.
Taxa de ocupação do armazém: utilização do espaço de armazenamento
Esse indicador mede o percentual de ocupação do espaço disponível no armazém, considerando áreas de estocagem, circulação e operação.
Uma ocupação muito alta pode causar desorganização e dificultar a separação de pedidos, enquanto uma taxa muito baixa sinaliza subutilização e desperdício de recursos.
Para otimizar essa métrica, é possível revisar o layout do armazém, aplicar estratégias como o slotting (organização estratégica do estoque) e utilizar sistemas WMS para uma gestão mais inteligente do espaço.
Custo logístico por pedido: custo total das atividades logísticas dividido pelo número de pedidos
Esse indicador mostra quanto a empresa gasta, em média, para processar e entregar cada pedido, considerando armazenagem, mão de obra, transporte, embalagem, sistemas, entre outros.
Ele é importante porque ajuda a entender a rentabilidade das operações logísticas e a identificar oportunidades de redução de despesas sem comprometer o nível de serviço.
Para otimizar esse custo, é possível investir em automação, renegociar contratos logísticos, otimizar rotas de transporte e melhorar a acuracidade do estoque.
Taxa de entrega no prazo: percentual de pedidos entregues dentro do prazo acordado
Esse indicador revela quantos pedidos foram entregues no tempo prometido ao cliente, e é um dos mais relevantes para a experiência de compra.
Cumprir prazos fortalece a confiança do cliente e contribui para a diferenciação da empresa no mercado, enquanto atrasos frequentes podem sinalizar falhas operacionais ou logísticas.
Para melhorar essa métrica, é essencial realizar o mapeamento dos processos logísticos e garantir previsibilidade no planejamento logístico. Também é importante acompanhar as entregas em tempo real e integrar os sistemas utilizados ao longo da cadeia.
Nível de serviço logístico: capacidade de atender às demandas dos clientes
Esse KPI mede o quão bem a operação logística consegue entregar o que foi prometido em termos de prazo, qualidade e disponibilidade.
Trata-se de uma medida global da eficiência logística e impacta diretamente na fidelização dos clientes e na reputação da marca.
Para aprimorá-la, é fundamental estabelecer SLAs claros, acompanhar métricas em tempo real, manter uma comunicação eficaz com todos os envolvidos e investir na capacitação da equipe.
Dica de leitura: Chatbot para a Cadeia de Suprimentos e Logística
Taxa de avarias e perdas: percentual de produtos danificados ou perdidos durante o processo logístico
Esse indicador representa o percentual de produtos que são danificados, extraviados ou perdidos durante o processo logístico, desde o recebimento até a entrega.
Ele é importante porque prejuízos com perdas afetam diretamente o resultado financeiro da empresa, exigem retrabalho e impactam negativamente a satisfação do cliente.
Para reduzi-lo, é essencial adotar processos padronizados de manuseio, utilizar embalagens adequadas, reforçar o treinamento da equipe e aplicar tecnologias de rastreamento ao longo da cadeia logística.
Como reduzir custos operacionais através da otimização do processamento logístico
Conforme falamos, o processamento logístico tem impacto direto nos custos operacionais de uma empresa.
Quando mal estruturado, ele gera desperdícios, retrabalho, atrasos e ineficiências que encarecem toda a operação.
Confira, a seguir, as principais estratégias para otimizar todas as atividades e, com isso, diminuir as despesas envolvidas.
1. Automatize processos repetitivos
Tarefas manuais, como conferência de pedidos, emissão de documentos ou separação de itens, tomam tempo e estão mais sujeitas a erros.
Automatizar essas atividades com o uso de WMS, coletores de dados, esteiras automatizadas e robôs de picking reduz a necessidade de retrabalho e melhora a acuracidade.
Dessa forma, sua empresa acelera o ciclo operacional, diminui erros e reduz a demanda por mão de obra em tarefas operacionais.
2. Faça a integração entre sistemas logísticos (WMS, TMS, ERP)
Quando os sistemas de gestão não se comunicam entre si, as informações precisam ser transferidas manualmente — o que gera duplicidade de esforços e riscos de erro.
A integração entre WMS (armazenagem), TMS (transporte) e ERP (gestão geral) garante um fluxo de dados fluido, decisões mais rápidas, menos falhas de comunicação, mais controle em tempo real e redução de perdas financeiras.
3. Invista na otimização do layout do armazém
Um layout ineficiente aumenta o tempo de deslocamento dos operadores e dificulta a localização dos itens.
Ao analisar estrategicamente a estrutura interna, organizando os produtos pela frequência de saída ou tamanho, é possível diminuir o tempo de picking e aumentar a produtividade da equipe.
Essa otimização leva a uma separação de pedidos mais rápida e a um maior número de pedidos processados por hora.
4. Acompanhe dados e indicadores (KPIs)
Acompanhar métricas como custo logístico por pedido, taxa de ocupação do armazém, nível de serviço e índice de perdas é fundamental para identificar os maiores custos.
Com esses dados, é possível tomar decisões baseadas em informações concretas, e não em suposições.
Todo esse monitoramento traz mais eficiência na alocação de recursos e direciona o foco para as áreas que mais impactam o custo.
5. Invista em roteirização inteligente e consolidação de cargas
No transporte, um dos grandes vilões do custo é o envio de veículos com baixa ocupação ou rotas mal planejadas.
Softwares de roteirização ajudam a traçar os caminhos mais econômicos, agrupar entregas por região e aumentar a taxa de aproveitamento dos veículos. Isso resulta na redução de combustível, frete, avarias e tempo de entrega.
6. Ofereça treinamento contínuo para a equipe
Processos logísticos só funcionam se forem bem executados.
Investir na capacitação dos colaboradores garante que eles usem os sistemas corretamente, sigam os fluxos com precisão e atuem de forma proativa para resolver problemas. Isso resulta em menos erros operacionais, menos retrabalho e maior produtividade.
7. Faça o monitoramento e prevenção de perdas
Produtos danificados, extraviados ou com validade vencida representam custos diretos.
A rastreabilidade e o controle rigoroso das mercadorias — com o apoio de tecnologias como RFID ou sensores de IoT (Internet das Coisas) — ajudam a evitar perdas e garantir qualidade até a entrega final, reduzindo prejuízos e custos com logística reversa.
Nesse contexto, a FCamara atua como parceira estratégica ao oferecer soluções tecnológicas que ampliam a visibilidade da operação, automatizam processos e integram sistemas de ponta a ponta.
Com foco em eficiência e personalização, contribuímos diretamente para a redução de perdas e otimização de custos em toda a cadeia logística. Transforme sua logística com tecnologia de verdade!
Comments (0)